quarta-feira, 18 de junho de 2008

Cobrança de matrícula é ilegal!

Informa-se que a cobrança de qualquer quantia pela papelada do acto de matrícula de alunos na escolaridade obrigatória é ilegal.

A renovação de mtrícula, é um processo simplificado que visa apenas actualizar os dados na ficha/processo do aluno e não deverão ser pedidos mais documentos (repetidos) do que aqueles que a escola já dispõe (salvo alterações), ou quaisquer taxas.

Despacho 13 468 / 2006 - II Série (Aqui) —Considerando que a renovação de matrícula dos alunos dos ensinos básico e secundário oficial deve ser organizada no sentido de evitar que seja solicitada aos encarregados de educação informação já existente nos serviços administrativos dos estabelecimentos de ensino;
Tendo presente que a renovação de matrícula diz respeito tão-somente a um processo de eventual actualização de dados e que importa, sempre que possível, facultar aos encarregados de educação a informação disponível que lhes permita verificar a sua correcção ou a efectivação de alterações correspondentes a opções de matrícula adequadas:


Transcrevemos o ofício-circular da DREL n.º 47/2006:

'Cobranças indevidas efectuadas no acto da matrícula a alunos sujeitos à escolaridade obrigatória.

- Não podem ser cobradas quaisquer importâncias que não estejam previstas na Lei.

- Deve ser publicitada a admissibilidade das contribuições voluntárias nos termos seguintes:

- A cobrança, no acto da matrícula, de importâncias que não as legalmente estabelecidas pode ser efectuada, desde que seja objecto de concordância por parte dos eventuais contribuintes e se destine a objectivos educativos e pedagógicos, devidamente publicitados, fixados e registados no orçamento de receitas própria da escola.'

Ou seja, o ofício é claro em dizer que:

1.º - São indevidas cobranças de matrícula, pois as mesmas não estão previstas na Lei;

2.º - A cobrança de qualquer importância é voluntária (e isso tem de se dizer aos encarregados de educação e estar escrito na informação que publicita a eventual cobrança) e, essa importância, não se destina aos papéis da matrícula (o tal 'saco de matrícula' que algumas escolas vendem), mas sim, a 'objectivos educativos e pedagógicos' e desde que esta receita esteja prevista no orçamento da escola, devendo, sempre, nestes casos, ser passado recibo (para efeitos de dedução em IRS).

As escolas devem informar os pais, de forma clara e correcta!

A CONFAP entende que cabe às Direcções Regionais notificar as escolas para a prática da legalidade nesta matéria.

As escolas, tal como os municípios, são entidades públicas que se regem pela Lei da República e pelos normativos da Administração Pública.

Lançamento do Projecto aLer+


A sessão de lançamento do projecto aLer+, decorre na sexta-feira, dia 20 de Junho, a partir das 10:00 horas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.Este projecto é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura (http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/), da Rede de Bibliotecas Escolares ( http://www.rbe.min-edu.pt/) e da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.O projecto aLeR+ é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, da Rede de Bibliotecas Escolares e da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, concebido com base no projecto Reading Connnects, do National Reading Trust, do Reino Unido.

O Projecto Reading Connects integra uma rede de escolas em todo o Reino Unido e tem ido um impacto significativo na elevação dos níveis de literacia e na consolidação dos hábitos de leitura da população escolar. www.literacytrust.org.uk/readingconnects/

Consiste na criação de uma cultura de escola em que o prazer de ler e a leitura são elementos centrais e transversais a todas as actividades curriculares e extracurriculares, envolvendo todos os elementos da comunidade educativa: alunos, docentes, não docentes, bibliotecários, famílias, voluntários, autarcas e todos os cidadãos e organizações da sociedade civil.

O projecto que será agora lançado tem o apoio da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e da Fundação Calouste Gulbenkian.

O encontro de lançamento do Projecto realiza-se no dia 20 de Junho, entre as 10.00h as 17.00h, na Fundação Calouste Gulbenkian com o seguinte programa:

Agenda do Encontro

20 de Junho –Fundação Calouste Gulbenkian - salas 1 e 2

10.00 - Sessão de Abertura
Manuel Carmelo Rosa - Fundação Calouste Gulbenkian
Luís Capucha – DGIDC
Isabel Alçada – PNL
Paula Morão – PNL /DGLB

10.30 - Comunicação
Sarah Osborne - National Reading Trust, UK
Developing a whole-school reading culture
Apresentação proj. Reading Connects e Reading Champions

11.00 - Comunicação
Louise Kanolik - Loxford School, UK e Chris Lamb - Uphall
Primary School, UK
A whole school reading culture in practice
(Apresentação de práticas em duas escolas de Londres)

12.00 Pausa – café

12.30 Perguntas e debate
Sarah Osborne, Louise Kanolik e Chris Lamb
Moderação- Maria Emília Brederode Santos

13.15 - Almoço

14.45 – Simon Richey - Education Director Gulbenkian Foundation,
UK branch
- Projectos Educativos no Reino Unido – a contribuição da
avaliação: O que resulta e o que deve ser evitado.

15.30 - Alexandra Marques (PNL) Anabela Martins (RBE)
Estratégia de desenvolvimento do projecto A LER+
Definição da Agenda para o ano lectivo 2008/2009

16.30 - Perguntas e debate.

17.00 – Encerramento

Associação de Professores de Português questiona algumas das perguntas da prova do 12.º ano

A Associação de Professores de Português (APP) considera que o exame nacional da disciplina no 12.º ano, realizado ontem por mais de 60 mil alunos, “está globalmente de acordo com o programa em vigor”, mas a direcção da APP questiona as opções tomadas para colocar algumas perguntas.

Em comunicado, a APP considera que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.

No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.

Este problema já tinha sido assinalado ontem por, Edviges Ferreira, vice-presidente da APP, em declarações ao PÚBLICO, “O compromisso de que não sairiam referências da TLBES não foi cumprido”, diz Edviges Ferreira. “O termo 'verbo auxiliar modal’ apareceu na prova”, exemplificou.

No Grupo III, onde é pedida “uma reflexão sobre a temática da dignidade humana e do respeito pelos direitos humanos”, a APP sustenta que o texto que antecede a questão “não está estreitamente relacionado com o tema a desenvolver”, além de que o autor referido, Padre António Vieira, “faz parte do programa do 11º ano, que não é objecto de exame”.

Ainda nas explicações de ontem ao PÚBLICO, Edviges Ferreira, admitiu que “não houve acordo entre os professores que estavam a olhar para a prova em relação a algumas questões de escolha múltipla”. Essas dúvidas mantiveram-se durante quase todo o dia de ontem, já que o Ministério da Educação demorou mais de dez horas após a conclusão do teste para divulgar os critérios de correcção, fundamentais para os docentes se basearem para a classificação das provas.

Professores lamentam predomínio de matéria do 2º ciclo na prova do 9.º ano

Tal como no exame nacional do 12.º ano, a APP fez algumas considerações sobre a prova de aferição de Português do 9.º ano. A associação lamenta que a prova de aferição de Português do 9.º ano tenha tido perguntas de gramática do 2º ciclo, referindo-se às perguntas sobre "tempos verbais simples, todos do modo indicativo" que são ensinados no 2º ciclo de ensino básico (5º e 6º anos).

"Lamentamos que a parte da gramática tivesse matéria do 2º ciclo", disse à Lusa o presidente da APP, Paulo Feytor Pinto, explicando que esta opção pode ser "excessivamente fácil para os alunos porque é matéria antiga, mas também pode ser difícil porque agora os alunos só conseguem decorar a matéria do próprio ano".

A prova incidia também, segundo a associação, sobre matérias do programa do 7º ano (subordinação causal e discurso indirecto) e do 8º (subordinação condicional).

Tal como nos anos anteriores, a APP voltou a criticar a presença de "orientações" e "ajudas excessivas" na prova que facilitam a sua realização e dificultam o trabalho dos professores no sentido de perceber os reais conhecimentos dos alunos.

Feytor Pinto admite que a opção por uma crónica de José Saramago, autor com uma "escrita mais difícil", possa ter levantado maiores dificuldades aos alunos a quem era feito um "apelo ao sentido crítico e autonomia", mas diz "não ficar chocado" com esta opção que considera importante e só lamenta que não seja feita habitualmente no ensino português.

Ministra diz que críticas da APP sobre prova de Português do 12.º ano são "um erro"

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou hoje "um erro" as críticas da Associação de Professores de Português (APP) ao exame nacional da disciplina do 12.º ano, realizado ontem por 60 mil alunos.

Em comunicado, a APP considerou que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.

No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.

Confrontada com estas críticas durante a apresentação dos resultados das provas de aferição do 4º e 6º ano, a ministra limitou-se a dizer que as considerações da APP "são um erro", sem especificar.

Os exames nacionais do ensino básico e do secundário são da responsabilidade do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação. A organização e gestão do processo de realização das provas, assim como o controlo da sua qualidade, é da responsabilidade directa do director deste gabinete do ministério de Maria de Lurdes Rodrigues.

Devido a dois erros verificados nas provas do ano passado e no sentido de garantir "mais rigor e mais qualidade", o ministério decidiu que a partir deste ano as competências e responsabilidades do Conselho Científico do GAVE seriam alargadas, envolvendo ainda as associações de professores e sociedades científicas na auditoria das provas de exame.

Menos negativas a Matemática


Quase dois em cada dez alunos obtiveram classificação negativa na prova de aferição de Matemática do 6.º ano, um resultado mesmo assim melhor do que o registado em 2007, quando 41 por cento não alcançou os objectivos mínimos.


Os dados do Ministério da Educação divulgados esta quarta-feira revelam que 18,3 por cento dos alunos obteve “Não Satisfaz”, menos 22 por cento do que em 2007.

Este ano, 8,9 por cento dos alunos obteve a classificação “Muito Bom”, enquanto em 2007 apenas 2,7 por cento alcançou esse nível.

Quanto à classificação “Bom”, a percentagem passou de 12,9 para 24 por cento e no “Satisfaz” subiu de 43,3 para 48,9 por cento.

O 4º ano de escolaridade seguiu a tendência do 6º, com apenas 8,8 por cento dos alunos a obter nota negativa nas provas de aferição, contra os 19,7 por cento do ano anterior.

Das notas positivas, 40,9 por cento dos alunos obteve “Satisfaz”, 34,5 por cento “Bom” e 15,4 por cento “Muito Bom”.

Resultados de Português melhoram


Os resultados na prova de aferição de Língua de Portuguesa do 6.º ano melhoraram, passando de 85,4 para 93,4 por cento relativamente ao ano de 2007. Quanto ao 4.º ano, registou-se também uma melhoria, mas apenas de 0,4 pontos percentuais.


De acordo com os resultados divulgados esta quarta-feira pelo Ministério da Educação, dos alunos do 6.º ano de escolaridade que obtiveram um resultado positivo, 4,6 por cento tiveram “Muito Bom”, contra apenas 1,1 por cento em 2007.

Os resultados foram também melhores na nota “Bom”, alcançada por 34,2 por cento dos estudantes, sendo que em 2007 este valor foi de 16,8 por cento. Com a melhoria de resultados globais, o “Satisfaz” passou de 67,5 para 54,6 por cento e as negativas desceram para 6,5 por cento, menos 8,1 por cento do que no ano anterior.

Os bons resultados do 6.º ano foram acompanhados pelos alunos do 4.º, onde os resultados positivos subiram 0,4 pontos percentuais, impulsionados pela melhoria na nota “Satisfaz”, que subiu de 44,5 para 50,6 pontos percentuais, sendo que a de “Bom” caiu de 34,6 para 33,3 por cento.

Este ano, menos 4,4 por cento dos alunos obteve a classificação de “Muito Bom”. Também menos 0,3 por cento dos alunos obteve nota negativa, sendo que apenas 10,6 por cento não conseguiu os objectivos mínimos na disciplina.

Mais de 230 mil alunos dos 4.º e 6.º anos de escolaridade realizaram as provas de aferição, em 6.883 estabelecimentos de ensino. As classificações não contam para a nota final, servindo apenas para testar a adequação das práticas lectivas.

Ninguém contava com ‘Os Lusíadas’

A obra de Camões, ‘Os Lusíadas’, foi a surpresa para os alunos do Secundário que realizaram a prova de Português. "Não estava à espera que saísse." A frase foi comum a quase todos os alunos com quem o CM falou na Escola Padre António Vieira, em Lisboa, após o exame nacional do 12º ano.


'Faz agora dez anos que o Saramago ganhou o Nobel. Por isso, pensava que saía o ‘Memorial do Convento’. Mas foi fácil, para o ano há eleições e as boas notas dão jeito a todos. Só estudei no fim-de-semana e acho que chegou', explica Mário Carvalho, de 19 anos, muito confiante na entrada em Engenharia Informática, no Técnico.

A obra de Saramago também saiu no exame, mas não como tema principal. Mário confessa que não leu o ‘Memorial’: 'Tentei, mas não consegui, aquilo não é português. Aliás, não li nenhum, estudei tudo pelo livro de preparação.'

Ana Correia, de 19 anos, tenta melhoria de nota e garante que leu a obra de Saramago. ' Correu mais ou menos, ‘Os Lusíadas’ foi inesperado e a parte da gramática difícil.' O objectivo é entrar em Psicologia, mas prefere uma privada, ISPA, porque 'é melhor'.

A prova de Português, que marcou o arranque dos exames nacionais, é aquela para a qual estavam inscritos mais alunos (71 135) mas cerca de dez mil faltaram. José Redinha, de 17 anos, saiu confiante da prova. 'Correu bem, apesar de estar à espera de Fernando Pessoa, que não saiu', diz este candidato a economista no ISEG.

Inês Silva, 24 anos, estava eufórica. 'Foi ‘bué’ fácil. Não esperava Camões mas estudei tudo. Fiz uma directa, funciono de véspera. A gramática e os excertos de Saramago também eram muito fáceis', diz a aluna que tenta entrar em Psicologia Criminal.

Menossatisfeita estava Sandra Oliveira, que pretende cursar Relações Públicas e Comunicação Empresarial. 'Podia ter corrido melhor. Esperava que saísse a comparação entre ‘Os Lusíadas’ e a ‘Mensagem’. A parte de gramática foi mais complicada', considera.

SINDICATOS CONTRA 'FACILITISMO' DAS PROVAS NACIONAIS

A Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI) criticou ontem o 'facilitismo' dos exames nacionais que considera ser uma avaliação ‘faz-de-conta’. A organização sindical sublinha, em comunicado, que 'os próprios especialistas na matéria afirmam que os exames têm vindo a revelar um nível de dificuldade menor face a anos transactos'. A introdução, este ano, de meia hora de tolerância para a realização dos exames é também criticada.

'O Ministério da Educação pretende, com esta política, desinformar a opinião pública, ao apresentar o sucesso (ilusório) dos resultados dos exames e provas de aferição. O País pagará esta factura num futuro muito próximo', pode ler-se no comunicado desta organização sindical.

HOJE É A VEZ DOS ALUNOS DO 9.º ANO IREM A EXAME

O segundo dia dos exames nacionais de 2008 inicia-se com a prova de Língua Portuguesa para os alunos do 9º ano de escolaridade. Da parte da tarde, realizam-se as provas do Secundário de Desenho A, Biologia/Geologia, História, Alemão, Espanhol. Francês e Inglês. Os leitores podem solicitar por e-mail as propostas de correcção que as associações de professores vão elaborando para o endereço examesnacionais@correiomanha.pt . No site www.correiomanha.pt também serão disponibilizadas as propostas de correcção. A Associação de Professores de Português, ao contrário dos últimos anos, decidiu não elaborar correcção da prova do 12º ano.

DEPOIMENTOS

'FIZ UM EXAME RAZOÁVEL, PARA 13/14', João Coelho 17 anos, Escola Filipa Lencastre (Lisboa)

Português não é o meu forte e saiu o que não esperava, mas fiz um exame razoável, para 13 ou 14. O objectivo é Biotecnologia, no Técnico. Tenho média de 17. Deve dar.'

'FOI BOM TER SAÍDO A 'ILHA DOS AMORES'', Filipa Spínola, 17 anos, Escola Padre António Vieira (Lisboa)

Correu bem. Não esperava ‘Os Lusíadas’, mas foi bom ter saído a parte da ‘Ilha dos Amores’ porque é nessa que estou mais à vontade. Quero tirar Desporto na FMH e acho que tenho média.

'PREPAREI-ME COM SARAMGO E PESSOA', Amanda Pereira, 18 anos, Escola Homem Cristo (Aveiro)

Todas as preparações que fizemos com os professores foram entre José Saramago e Fernando Pessoa. ‘Os Lusíadas’ até é fácil. Acho que a redacção final na prova é muito subjectiva.

NOTAS

ESTRANGEIROS: 522 FAZEM EXAME

Realizaram-se também ontem, e pela primeira vez, as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12.º e 9.º anos. Houve 552 alunos estrangeiros a fazer as provas

AÇORES: EXAME BEM CEDO

Devido à diferença horária de uma hora para o Continente, os alunos açorianos começaram a fazer o exame às 08h00, já que as provas têm de ser feitas em simultâneo

HOJE: BIOLOGIA E GEOLOGIA

Hoje, às 14h00, realizam-se os exame de Biologia e Geologia e História do secundário. Para as 17h00 estão marcados os exames de Alemão, Espanhol, Francês e Inglês

CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Prova Escrita de Português, 12.º Ano de Escolaridade, Prova 639/1.ª Fase

GRUPO I

A

1.

Cenário de resposta

A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:

- A «Ilha» (incluindo as Ninfas e Tétis) é o prémio, a recompensa dada aos marinheiros; os «deleites» são os triunfos, os louros (1.ª estância);

- os prémios concedidos pela antiguidade eram atribuídos a quem fazia o difícil percurso da virtude (2.ª estância);

- os deuses não passam de humanos que praticaram feitos de grande valor; daí terem recebido o prémio da imortalidade (3.ª estância);

2.

Cenário de resposta

A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:

- é a «Fama» que, sobre as suas «asas ínclitas», faz subir ao «estelante Olimpo» os varões;

- é a «Fama» que, «trombeta de obras tais», dá a conhecer os «feitos imortais e soberanos»;

- é a «Fama» que atribui os nomes que patenteiam a imortalidade dos humanos: «(…) Lhe deu no mundo nomes (…) / De Deuses, Semideuses, Imortais, / (…)»;

3.

Cenário de resposta

– Identificação da apóstrofe: «ó vós que as famas estimais,»;

– Explicitação do sentido: interpelação directa aos portugueses, alertando-os para o esforço que necessitam de fazer para despertarem do «ócio ignavo» e perseguirem o seu objectivo (a Fama);

4.

Cenário de resposta

A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:

– As formas verbais «Despertai» e «ponde» desenvolvem e completam a exortação começada na estância 92;

– apontam as acções principais para os que desejam a fama (despertar do ócio, refrear a cobiça, a ambição e a tirania);

– o modo imperativo não exprime uma ordem, neste caso, mas uma exortação, um apelo;

B

Cenário de resposta

Dada a natureza deste item – de resposta aberta –, a resposta deve incidir nos conteúdos programáticos

«Reflexões do Poeta: críticas e conselhos aos portugueses».

Factor específico de desvalorização relativo ao desvio dos limites de extensão

Sempre que o examinando não respeite os limites relativos ao número de palavras indicados na instrução do item, deve ser descontado um (1) ponto por cada palavra (a mais ou a menos), até ao máximo de cinco (1 x 5) pontos, depois de aplicados todos os critérios definidos para o item. (Situação representada pela alínea a) na grelha de classificação).

Nos casos em que, da aplicação deste factor de desvalorização, resultar uma classificação inferior a zero (0) pontos, é atribuída à resposta a classificação de zero (0) pontos.

GRUPO II

Deve ser considerada, para efeitos de classificação, a resposta em que o examinando, embora não respeitando a instrução dada, registe a resposta correcta de forma inequívoca, através de um processo diferente do requerido.

1.

Resposta correcta: C

2.

Resposta correcta: A

3.

Resposta correcta: B

4.

Resposta correcta: C

5.

Resposta correcta: D

6.

Resposta correcta: B

7.

Chave

A B

1) h)

2) a)

3) c)

4) g)

5) f)

GRUPO III

Cenário de resposta

Dada a natureza deste item – de resposta aberta extensa –, não é apresentado cenário de resposta.

Factor específico de desvalorização relativo ao desvio dos limites de extensão

Sempre que o examinando não respeite os limites relativos ao número de palavras indicados na instrução do item, deve ser descontado um (1) ponto por cada palavra (a mais ou a menos), até ao máximo de cinco (1 x 5) pontos, depois de aplicados todos os critérios definidos para o item. (Situação representada pela alínea a) na grelha de classificação.)

Nos casos em que, da aplicação deste factor de desvalorização, resultar uma classificação inferior a zero (0) pontos, é atribuída a esse item a classificação de zero (0) pontos.

CALENDÁRIO

ENSINO SECUNDÁRIO (1.ª FASE)

18 de Junho

14h00 Desenho A (12.º)

14h00 Biologia e Geologia (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

14h00 História A (12.º)

14h00 História B (11.º/12.º)

17h00 Alemão (12.º)

17h00 Espanhol (12.º)

17h00 Francês(12.º)

17h00 Inglês (12.º)

19 de Junho

0900 Economia A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

0900 História da Cultura das Artes (11.º/12.º)

14h00 Aplicações Informáticas B (11.º/12.º)

17h00 Geometria Descritiva A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

20 de Junho

09h00 Literatura Portuguesa (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

14h00 Física e Química A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

14h00 Geografia A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

17h00 Alemão (11.º/12.º)

17h00 Espanhol (11.º/12.º)

17h00 Francês (11.º/12.º)

17h00 Inglês (11.º/12.º)

23 de Junho

09h00 Matemática B (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

09h00 Matemática Aplic. Ciências Sociais (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

09h00 Latim A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)

09h00 Matemática A (12.º)

Ensino Básico (fase única)

18 de Junho

09h00 Língua Portuguesa

20 de Junho

09h00 Matemática

terça-feira, 17 de junho de 2008

Alunos acordam mais cedo nos Açores


Luís de Camões, Fernando Pessoa, Saramago e Sttau Monteiro dominavam esta terça-feira as conversas dos 200 alunos que esta manhã se preparavam para fazer o exame nacional de Português do 12º ano na Escola Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, escreve a Lusa.

Por causa da diferença horária, os alunos açorianos começaram a fazer o exame às 8h locais, já que as provas têm de ser feitas em simultâneo em todas as escolas.

De bilhete de identidade e esferográfica na mão, grande parte dos jovens manifestou-se à agência Lusa prudente nas expectativas quanto às notas finais.

«Camões é difícil, Pessoa complicado, Saramago e Sttau Monteiro são complexos»

«Camões é difícil, Pessoa complicado, Saramago e Sttau Monteiro são complexos», afirmaram alguns dos estudantes junto à escola secundária da ilha Terceira.

Enquanto uns tiravam dúvidas de última hora, outros desejavam entre si «boa sorte», «felicidades» ou «que tudo corra bem» gerando, como dizia uma jovem, «uma onda de energias positivas» que, assegurava, «bem precisamos».

Quanto ao futuro, em grande parte dos jovens subsiste a dúvida do curso superior que pretendem frequentar, ainda que outros adiantem que querem Direito ou Educação Física, no caso dos rapazes, e Biologia, Medicina ou Design no caso da raparigas.

Nos Açores, segundo os dados da Direcção Regional de Educação, estão inscritos, para as diversas provas nacionais, 3.351 alunos, menos 277 que no ano passado. Para os exames da primeira fase, vão ser utilizados duas dezenas de estabelecimentos de ensino em oito das nove ilhas do arquipélago, excepto no Corvo, a mais pequena das ilhas.

A primeira fase de exames decorre até 23 de Junho, encerrando com o exame de Matemática, e a segunda fase entre 14 e 18 de Julho.

A época de exames nacionais obrigatórios para a conclusão do ensino básico e secundário arranca com a prova de português do 12º ano, na qual estão inscritos mais de 70 mil alunos em todo o país.

Além deste exame, realizam-se também as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12º e 9º anos. No total, 71.135 alunos estão inscritos para fazer exames esta terça-feira.

Segundo dados oficiais do Ministério da Educação (ME), entre os 326.245 exames nacionais a realizar até 18 de Julho, os que registam mais inscrições são os de Português, na terça-feira (71.135), Biologia e Geologia na quarta-feira (58.040), Física e Química na sexta-feira (54.910) e Matemática a 23 de Junho (48.427).

Atropelamento mortal: motorista da Carris inocente

O inquérito ao atropelamento mortal de uma aluna da escola D. José I, na Musgueira, concluiu que o motorista da Carris está inocente. Segundo o Diário de Notícias, o acidente ficou a dever-se à «imprudência do peão que, infelizmente, atravessou a rua sem as cautelas necessárias».

Segundo o Diário de Notícias, a investigação determinou que o «acidente não se deveu a falhas mecânicas no veículo, nem a deficiências na conduta e na condução do motorista (...), não se verificando, assim, qualquer responsabilidade por parte do motorista».

Recorde-se que a Carris mandou abrir um inquérito urgente ao atropelamento que provocou a morte a uma aluna de 12 anos, no início deste mês.

iol

Prova de Português do 12º ano "foi fácil"


A generalidade dos alunos do 12º ano ouvidos hoje pela Lusa acharam o exame nacional de Português do 12º "fácil" e dizem que o completaram sem problemas. À saída das provas, um misto de apreensão e esperança dominava os sentiments dos estudantes.

"Não tive tantas dificuldades quanto esperava. Pensei que ia ser mais difícil, mas conseguia responder a tudo e até acho que acertei na maioria das perguntas", disse uma aluna do 12º ano da escola secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa.

"Achei que para o programa que é dado o exame foi razoável. Não foi complicado de todo", explicou.

Na escola Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, Açores, à saída da prova os alunos dividiam-se entre as suas preferências pela "Ilha dos Amores" de Luís de Camões e uma análise ao "Memorial do Convento" de José Saramago.

Para Miguel Medeiros, 18 anos, candidato a uma entrada na universidade em Educação Física e Desporto, a prova "correu bem, mas a nota pode ser má", enquanto Carolina Toste não compreendia porque tinha estudado tanto, uma vez que "o teste foi fácil".

Para Duarte Leonardo, 17 anos, que pretende frequentar a Escola Naval, "a prova correu mais para o menos", sublinhando que "as escolhas múltiplas foram mais fáceis que o tema de desenvolvimento", que abordava, genericamente, a questão dos Direitos Humanos.

André Parreira, 19 anos e aspirante a um curso de Enfermagem, afirmou convicto que já fez "coisas mais difíceis", no que é corroborado por Carla Santos, 17 anos, que quer tirar Gestão de Empresas, e Joana Silva, 17 anos, e candidata a um curso de Direito, que confessou "não gostar dos Lusíadas".

A época de exames nacionais obrigatórios para a conclusão do ensino básico e secundário arrancou hoje com a prova de português do 12º ano, na qual estavam inscritos mais de 70 mil alunos.

Além deste exame, realizaram-se também hoje as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12º e 9º anos. No total, no ensino secundário 1.135 alunos estão inscritos para fazer exames esta terça-feira.

Mais de 326 mil a exame até 18 de Julho
Segundo dados oficiais do Ministério da Educação (ME), entre os 326.245 exames nacionais a realizar até 18 de Julho, os que registam mais inscrições são os de Português (71.135), Biologia e Geologia na quarta-feira (58.040), Física e Química na sexta-feira (54.910) e Matemática a 23 de Junho (48.427).

No básico haverá duas chamadas para os 99.930 alunos inscritos (menos 7.201 do que no ano passado) mostrarem o que sabem de Língua Portuguesa e Matemática ao nível do 9º ano, a primeira na quarta e na sexta-feira, e a segunda na próxima semana, a 26 e 27 de Junho.

Os alunos dispõem de 90 minutos para porem à prova os seus conhecimentos, sendo as pautas das classificações em ambas as chamadas afixadas a 11 de Julho.

Quanto ao secundário, estão inscritos para exame 157.718 alunos (menos 11.849 do que em 2007), dos quais 96.953 são candidatos ao Ensino Superior. "

Luxemburgo: Escola portuguesa sem garantias de instalação

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo defendeu hoje que «a solução» para a integração da comunidade portuguesa no país está na escola pública, limitando-se a considerar «interessante» o projecto da Universidade Lusófona de abrir uma escola.
O chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, realizou hoje uma visita ao Grão Ducado onde se reuniu com as principais autoridades do país para discutir, principalmente, questões do domínio da integração da comunidade portuguesa no Luxemburgo.

Os dois ministros dos Negócios Estrangeiros apresentaram em conferência de imprensa os principais resultados das discussões.

Para Jean Asselborn, o Luxemburgo já fez «muitos esforços» para poder chegar a uma solução que satisfaça todas as comunidades estrangeiras no país quanto ao ensino da sua língua e está disposto a «continuar os esforços» num quadro em que se deve privilegiar a escola pública.

O responsável governamental não afastou a possibilidade de se vir a abrir uma escola portuguesa no país, tendo anunciado a criação de um grupo de trabalho para analisar essa possibilidade.

A Universidade Lusófona anunciou em Abril que gostaria de abrir uma escola portuguesa no Luxemburgo para combater a «lamentável» taxa de insucesso escolar entre as crianças portuguesas residentes naquele país.

Por seu lado, Luís Amado começou por sublinhar a «grande identidade de pontos de vista» entre Portugal e Luxemburgo em matérias de política internacional, tendo em seguida referido a importância da comunidade portuguesa neste país.

O chefe da diplomacia portuguesa referiu que, apesar de Portugal ter comunidades maiores noutros países, é no Luxemburgo que ela é maior percentualmente em relação à população total do país.

No Luxemburgo, residem oficialmente 67.800 portugueses, mas o número real deve ascender a 80 mil.

Os portugueses representam 16 por cento da população do Luxemburgo e 20 por cento da população activa.

Para Jean Asselborn, a comunidade portuguesa está «bem integrada», tendo voltado a assegurar que as autoridades do país irão «muito em breve» tomar uma decisão final sobre uma lei que permitirá a dupla nacionalidade para os residentes no país.

O ministro lembrou que o problema para os portugueses é o desconhecimento que têm da língua luxemburguesa, uma questão intimamente ligada à entidade nacional do país.

Na visita bilateral realizada, Luís Amado também teve encontros com o primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, e o Grão Duque do Luxemburgo, Henri Albert Gabriel Félix Marie Guillaume.

Diário Digital / Lusa

Pais denunciam cobrança de taxas ilegais nas matrículas

A Federação das Associações de Pais de Vila Franca de Xira denunciou hoje que há escolas do concelho que estão a cobrar taxas ilegais na matrícula dos alunos, algumas delas chegando aos oito euros, informa a TSF.
António Castela, da Federação das Associações de Pais, deu como exemplo uma escola de Alverca que está a cobrar oito euros. O responsável revelou ainda que os pais têm contestado a ilegalidade na cobrança das taxas que vai acontecendo em diversas escolas.

«Há várias escolas onde temos referências deste tipo de reclamação por parte dos pais. Por isso, temos vindo a contestar a situação», acrescentou.

Contactado pela TSF, o Ministério da Educação esclareceu que os pais não são obrigados a pagar a referida taxa e no caso em que esta já foi cobrada terão direito a reembolso.


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Escolas exigem saber de doenças


Médicos e pais estão indignados com a obrigatoriedade de apresentação de um atestado de robustez física e de ausência de doenças infecto-contagiosas para efeitos de matrícula nas creches e escolas. Francisco George, director-geral da Saúde, diz mesmo que está disposto a mudar a lei: "Não deve ser exigido nenhum atestado e não pode haver discriminação. Se for preciso retocar elementos legislativos, faremos isso".


Luís Januário, presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, considera serem 'exigências burocráticas absurdas, com base numa circular de 1989, que está desajustada'. Para o clínico 'os pediatras não devem passar esses atestados nem pedir aos médicos de família que o façam. Se a criança sofre de doença infecto-contagiosa aguda no momento da matrícula, não faz sentido informar, porque quando entrar para a escola já a doença passou. Se for uma doença crónica como VIH/Sida, o médico não deve fazer declaração pública dessa situação ou estará a levantar mais problemas'. Januário defende que nas escolas 'deve existir medidas gerais de higiene iguais para todos, que façam a prevenção da transmissão de doenças infecto-contagiosas'.

Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, vai mais longe. 'É um pedido ignóbil com tudo o que pode induzir de segregação de crianças. É sintoma de 5º Mundo'.

OMinistério da Educação responde que 'as escolas públicas não exigem' estas informações e que o despacho em causa apenas respeita às creches privadas.

APONTAMENTOS

DESPACHO DE 1989

Em causa está o Despacho 99/89 do Ministério da Segurança Social.

DECLARAÇÃO

A norma exige 'declaração médica comprovativa de que a criança não sofre de doença infecto-contagiosa'.

Bernardo Esteves

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Rejeição de requalificação de escola em Viseu indigna presidente da Câmara


O projecto de requalificação da escola de S. Salvador, em Viseu, foi rejeitado pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), apesar de estar previsto na carta educativa e de não implicar o encerramento de outras escolas. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, ficou indignado com o parecer desfavorável, por entender que contraria o que foi afirmado pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

"O primeiro-ministro afirmou em quatro ou cinco momentos diferentes, em sessões públicas de assinatura dos primeiros contratos dos centros educativos, que não haverá falta de financiamento para os equipamentos que constem da carta educativa, desde que esta esteja homologada", frisou.

A autarquia tinha enviado àquele organismo do Ministério da Educação três projectos de requalificação de escolas: de S. Salvador, rejeitado, de Oliveira de Baixo, autorizado, e de Vildemoinhos, ao qual ainda não recebeu resposta. "A única diferença dos pareceres (o autorizado e o rejeitado) é que um dá lugar a encerramento de escolas e outro não", explicou aos jornalistas, acrescentando que, por isso, conclui "que o GEPE dá parecer negativo sempre que não se fechem escolas".

Na resposta à proposta de Oliveira de Baixo, o GEPE justificou o parecer favorável com o facto de cumprir "os objectivos previstos para o programa nacional de reordenamento da rede educativa", enquanto o parecer desfavorável à de S. Salvador foi explicado com o facto de não ser "prioritária em matéria de reordenamento escolar".

Segundo o autarca social-democrata, que é também líder da Associação Nacional de Municípios Portugueses, "a existência da carta educativa, pelos vistos já não chega". "Estamos à espera que a proposta de Vildemoinhos também venha rejeitada, porque também não leva o encerramento de escolas", lamentou. Fernando Ruas disse, ainda, que vai tentar saber "se isto eventualmente foi algum engano", porque "não foram estas as condições apresentadas".

"Das propostas que estão na carta educativa não aceito nenhuma rejeição, não foi isso que disse o primeiro-ministro", frisou. O autarca lembrou que a carta educativa foi homologada e, "se não estava bem, havia um momento para verificar, que era no acto da homologação".

Sócrates quer colocar escola pública na "linha da frente" tecnológica

Colocar a escola pública portuguesa na “linha da frente” tecnológica foi um dos objectivos traçados hoje pelo primeiro-ministro José Sócrates e que terá, de acordo com o Governo, resultados já a partir do próximo ano, graças a um investimento global de 400 milhões de euros.

"No desenvolvimento tecnológico de Portugal, a escola ficou sempre um pouco para trás e só se desenvolveu mais tarde. Pois eu quero, com este Plano Tecnológico da Educação (PTE), que a escola pública em Portugal esteja na linha da frente do desenvolvimento tecnológico", assegurou.

O primeiro-ministro falava, em Évora, na Escola Secundária André de Gouveia, com mais de 600 alunos e que é um dos estabelecimentos de ensino nacionais com projectos-piloto no âmbito do PTE. Depois de verificar a concretização de vários desses projectos, como a utilização de mapas digitais num quadro interactivo, numa aula de geografia, José Sócrates apontou a André de Gouveia como um exemplo do que o Governo pretende, para as 1200 escolas do país, na área das novas tecnologias da informação e comunicação.

"Viemos apresentar o vosso exemplo como um exemplo que vai ser replicado em todas as escolas", disse, enumerando os projectos que vão ser implementados, alguns deles já a partir do "início do próximo ano lectivo" e os restantes no início de 2009. "O nosso objectivo é que, em 2009, todas as escola portuguesas tenham cartão electrónico do aluno", referiu, considerando-o como um instrumento que vai permitir aos estudantes fazerem transacções sem dinheiro e uma melhor gestão da escola.

A videovigilância em todo o espaço escolar foi outro dos passos apontados pelo primeiro-ministro como capaz de proporcionar "mais segurança e, portanto, mais liberdade". Outro dos objectivos do PTE passa por instalar ligação à Internet em todos os espaços da escola, "desde as salas de aula aos espaços exteriores", com uma velocidade de 48 megabytes por segundo. Além disso, todas as escolas públicas deverão ter um computador por cada cinco alunos, um videoprojector em todas as salas de aula e um quadro interactivo por cada três salas de aula.

Escola alentejana modelo

"Queremos, naturalmente, um Plano Tecnológico que permita uma maior difusão das tecnologias de informação e comunicação na nossa sociedade e que melhore a inovação e o conhecimento, mas queremos o Plano Tecnológico dentro da escola pública portuguesa", salientou. O primeiro-ministro lembrou que estão a decorrer seis concursos públicos, que devem ser adjudicados "até final de Julho", envolvendo 400 milhões de euros, o que representa, "porventura, o maior investimento público em tecnologias de informação e comunicação". "Justamente para que a escola esteja na linha da frente tecnológica, para que não fique, como ficou no passado, mais uma vez para trás", acrescentou.

Na escola alentejana, onde já existe o cartão electrónico do aluno, o sistema de videovilgância, acesso à Internet em todos os espaços, um computador com ligação à Internet por cada 2,57 alunos, um quadro interactivo por cada duas salas de aula e um videoprojector em todas elas, José Sócrates lembrou ainda o cenário que existia nas escolas portuguesas em 2005, quando tomou posse. "O rácio era de um computador para 16 alunos, muito pouco. Mas vai ser já, no próximo ano lectivo, de um para cinco e não vamos ficar por aqui", disse, insistindo que as escolas vão ser equipadas com um videoprojector em todas as salas de aula e um quadro interactivo por cada três salas de aula.

José Sócrates, que foi recebido com assobios no exterior do estabelecimento por mais de duas dezenas de manifestantes, alguns do Sindicato dos Professores da Zona Sul, lembrou que o seu Governo tem feito "muitas mudanças" na escola pública nos últimos anos e congratulou-se por, "pela primeira vez nos últimos 15 anos", o número de alunos ter aumentado. "Aumentou, no ano passado e este ano, porque fomos capazes de atrair os alunos à escola. Muitos deles já estavam fora da escola e atraímo-los modernizando a nossa escola", realçou, aludindo aos cursos de educação e formação, capazes de dar aos estudantes "equivalência académica", mas também "apetrechamento profissional".

Lançado há quase um ano, o PTE pretende colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados na modernização tecnológica dos estabelecimentos de ensino.

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Pais alertados para "ilegitimidade" de atestados médicos pedidos pelas escolas

A Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) alertou hoje os pais para a "ilegitimidade" de algumas escolas ao exigirem atestados médicos ou informações sobre o aluno no acto da matrícula, como o grupo sanguíneo da criança, recomendando aos médicos que não emitam declarações sem razões "plenamente" justificadas.

A SPP foi informada de que há escolas a exigir no momento da matrícula a informação sobre o grupo sanguíneo da criança, a par com os atestados de robustez física, ausência de doença infecto-contagiosa e o cumprimento do Plano Nacional de Vacinas.

Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Luís Januário, todas estas exigências são "desprovidas de sentido". Em comunicado, a SPP lembra que todos os anos, na época das matrículas, os pais defrontam-se com "uma multiplicidade de exigências burocráticas, certamente respeitáveis, mas cuja finalidade não é imediatamente compreensível". "Alguns estabelecimentos de ensino aumentaram a parada e, sempre invocando um despacho normativo, pedem agora o grupo sanguíneo das crianças a matricular", salienta o organismo.

A SPP esclarece que o conhecimento do grupo sanguíneo não confere qualquer vantagem ao seu portador, mesmo em situação de emergência. "A administração de sangue é de competência hospitalar e os laboratórios administram-no, quando necessário, após provas de compatibilidade, ou, em situações muito raras de extrema urgência, recorrem a sangue compatível", justifica.

Por outro lado, acrescenta, a determinação do grupo exige a colheita de sangue, experiência que deve ser reservada às situações em que haja melhor indicação. "O grupo sanguíneo representa um dado pessoal, que cabe aos pais e à criança decidir quando e em que circunstâncias deve ser conhecido", sublinha a SPP, acrescentando que os pais devem ser responsáveis pela saúde dos filhos e as crianças e adolescentes devem ser examinadas com a periodicidade recomendada pelo Boletim de Saúde Infantil.

A SPP ressalva que o cumprimento do esquema de vacina é "um motivo de orgulho" dos Cuidados Primários de Saúde e que a comunicação dos médicos com as escolas é desejável. "O que se contesta é a utilidade de, periodicamente, os pais terem de entregar para um qualquer depósito escolar uma declaração vazia de conteúdo", frisa o comunicado.

Nesse sentido, a SPP alerta os pais para "a ilegitimidade destes pedidos aquando das matrículas escolares e recomenda aos médicos que não emitam declarações sem razões plenamente justificadas pelo interesse das crianças".

A SPP já se tinha pronunciado em Março sobre a utilidade das declarações médicas exigidas na matrícula escolar das crianças. Na altura, o presidente da secção de pediatria ambulatória da Sociedade Portuguesa de Pediatria afirmou que é inconstitucional a legislação que obriga os pais a apresentarem, no acto de inscrição numa creche ou infantário, uma declaração médica a confirmar que a criança não tem qualquer doença infecto-contagiosa.

"Esta norma enferma de erros grosseiros. É anticonstitucional segregar crianças só porque são portadoras, por exemplo, de uma hepatite B", afirmou José Luís Fonseca. O médico defendeu que esta legislação, que data de 1979, é "arcaica" e precisa de ser revista.

Contactado pela Lusa sobre esta questão, o Ministério da Educação remeteu para mais tarde um eventual comentário.

Resultados excelentes só ao fim de três meses

Educação. Arranca já amanhã a maratona de exames nacionais para mais de 257 mil alunos dos 9.º, 11.º e 12.º ano, mas a afluência às empresas de explicações está longe de abrandar. O mercado tem crescido e os valores praticados variam entre os 30 euros à hora e os 500 euros por 24 horas de explicações
Falta um dia para mais de 257 mil alunos doa 9.º, 11.º e 12.º anos começarem os exames nacionais mas nas empresas de explicações a procura está longe de abrandar. Este ano lectivo em particular, os estudantes - tanto os que aspiram à nota máxima como os que se contentam em passar - parecem apostados em usar todos os trunfos até às provas. E o mercado assegura a oferta, que vai das explicações individuais, em casa, às sessões de revisão em grupo. Os preços variam entre os 30 e os 500 euros.

"Acontece sempre no final das aulas, mas este ano a procura tem sido especial", reconhece Paulo Gonçalves, director do "Ás de Saber", um centro de explicações na zona do Parque das Nações, em Lisboa. "Neste momento, bem mais de 100 alunos continuam a frequentar o nosso centro. "Em anos anteriores, a partir da segunda semana de Junho, tinhamos as salas mais disponíveis. Agora é das 10.00 às 20.00 com lotação máxima a todas as horas".

Paulo Gonçalves sublinha os "níveis de sucesso" que o centro tem registado, mas admite que há outras razões para o aumento da procura: "Creio que com as provas intermédias do Secundário [este ano, à Matemática o Ministério da Educação juntou os testes de Física, Química A, Biologia e Geologia] os alunos estão mais conscientes das próprias dificuldades e o carácter de surpresa que os exames podem ter", diz.

O centro, que só dá apoio nas suas instalações, oferece vários serviços, que vão dos "cursos intensivos" em grupo, com oito a 30 horas de duração e preços entre os 180 e os 250 euros, e as aulas avulsas, por 30 euros. A Matemática e a Física e Química - "áreas nucleares para quem quer entrar em Medicina" - lideram a procura.

Na "Aprender +", uma empresa de explicações com actividade na Grande Lisboa e no Grande Porto, o modelo de apoio é bastante distinto: "Só trabalhamos com explicações individuais, ao domicílio, porque são as mais eficazes", explica Manuel Borges, responsável por um centro que reclama uma taxa de sucesso de 90%, " verificada com relatórios mensais dos explicadores".

Nesta empresa, que abrange estudantes do 1.º ciclo ao superior, estão actualmente a ser acompanhados "cerca de 300 alunos, 200 da área de Lisboa e 100 do Porto". Destes, "perto de um terço" são estudantes do secundário, além de algumas dezenas do 9.º ano, todos à procura de afinar os conhecimentos para as provas. Ciências, Matemática e Português são as mais requisitadas.

Melhores começam mais cedo

"Duas a três semanas antes dos exames, começam a aparecer pedidos adicionais, a que se vai dando resposta", diz o director da "Aprender +". Porém, acrescenta, a estratégia da empresa é mais orientada para o "apoio continuado" do que para o trabalho intensivo nos últimos dias: "Estudos estatísticos mostram que com um apoio de menos de três meses é difícil ter notas de excelência. Para passar dá...". Os apoios da escola, em pacotes de explicações que vão das oito às 24 horas, custam, dependendo do ano de escolaridade, entre cerca de 150 e 477 euros.

Nos últimos anos, segundo um estudo da Universidade de Aveiro divulgado em 2006, as famílias portuguesas têm investido cada vez mais nas explicações gastando cerca de 250 euros mensais. Os responsáveis das duas empresas contactadas pelo DN reconheceram que o negócio continua a crescer, relacionando o fenómeno com o menor tempo livre dos pais para acompanharem os filhos nos estudos e a quebra do "mercado paralelo" das explicações dadas por professores a título particular.

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domingo, 15 de junho de 2008

Estudantes recorrem a estimulantes para exames nacionais

Com a aproximação da época de exames nacionais, aumentam os nervos dos estudantes que inventam «mil e uma» estratégias de estudo, recorrendo muitos deles a estimulantes para aguentar as longas maratonas a «queimar pestanas» em frente aos livros.
«Quase todos os estudantes que têm metas muito altas recorrem a vitaminas para ter maior concentração», disse à agência Lusa Joana, que admitiu já ter tomado vitaminas para estudar.

A aluna do 12º ano que está com os «nervos em franja» com os exames nacionais que vai realizar explicou que «as vitaminas permitem não ir abaixo e dão energia para estudar».

Miguel, também aluno do 12º ano, diz que nunca tomou medicamentos para conseguir maior concentração, mas conhece colegas que o fazem para poder estar «mais horas a estudar».

«Eles dizem que tomam vitaminas porque ajudam a concentrar. Eu não tenho necessidade disso, mas admito que alguns colegas possam ter mais dificuldades e se sintam melhor», contou.

Apesar dos colegas dizerem que «funciona», Miguel considera que «é mais psicológico».

A toma livre deste tipo de medicamentos suscita alguma preocupação de médicos e de pais, que têm receio de consequências para a saúde dos jovens, que dão tudo na época de exames para obter bons resultados.

«O que mais me preocupa é a pressão a que os adolescentes estão sujeitos. Às vezes andam muito agitados - o que não é nada de mais - e recorrem de uma forma pouco razoável, sensata e com muita ligeireza a uma medicação», disse à Lusa o psicólogo Eduardo Sá.

Segundo o psicólogo, esta medicação com efeito estimulante muitas vezes é prescrita pelos médicos de família de «uma forma um bocadinho precipitada» ou então são «os próprios pais e adolescentes que acabam por recorrer a ela vezes de mais».

Eduardo Sá alerta que «alguns tipos de estimulantes que podem dar resultado no imediato, a curto prazo se revertem contra quem os toma» e os jovens têm de estar informados sobre isso.

«Não havendo um controlo anti-doping para os estudantes é bom que haja percepção que a forma mais fácil e imediata de obter resultados não é saudável», frisou o psicólogo, sublinhando que os jovens «vão fazer centenas de exames ao longo da vida e têm de estar preparados para eles».

A preocupação de Eduardo Sá é partilhada pela presidente da comissão instaladora da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Maria José Viseu, que avisa para o facto destes medicamentos serem de venda livre e não passarem por um acompanhamento médico.

«Constato com alguns pais que há estudantes que tomam vitaminas de venda livre para estimular a capacidade de memorização e de raciocínio», adiantou a responsável, que manifesta algumas dúvidas sobre os eventuais riscos que podem acarretar para a saúde dos jovens.

Mas as vitaminas não são tomadas apenas na altura dos exames, mas também nas épocas de «maior pressão», como na penúltima semana antes do final dos períodos escolares, explicou.

Para a presidente da CNIPE, o grande problema reside no facto se serem de venda livre e estarem «à disposição de qualquer um, não passando por um acompanhamento médico que deveria existir, até na própria escola».

Apesar da maioria das escolas do ensino secundário terem psicólogo, estes não têm capacidade de resposta para todos os alunos. Além disso, justificou, «os jovens que tomam estimulantes são bons alunos que querem estimular mais as suas capacidades e não recorrem ao gabinete de psicologia».

Também as quantidades que os estudantes tomam constituem uma «grande preocupação» para a CNIPE: «Não sei até que ponto estes estimulantes poderão eventualmente criar habituação».

«Começa a haver muitos jovens com problemas de cansaço que podem dever-se a toda a pressão a que estão sujeitos, mas também ao facto de tomarem medicamentos e não fazerem os descansos necessários, uma vez que estes reduzem o sono», acrescentou.

O presidente da Confederação Nacional de Associação de Pais (CONFAP), Albino Almeida, lembrou que os estudantes sempre procuraram estratégias para estudar e obter os melhores resultados.

«Como estudante que fui e pai que sou, lembro-me que, em todos os tempos, quando alguém é submetido a uma prova que é decisiva para o seu futuro e para o seu projecto de vida tem tendência a deitar mão de tudo aquilo que possa significar melhoria das condições de desempenho», afirmou.

«Desde uma alimentação mais cuidada, ao abuso da cafeína, aos pés metidos em água para não dar sono não me parece que haja nada de novo», comentou o responsável.

Albino Almeida salientou que «o que há de novo é o aproveitamento de alguma indústria farmacêutica que anuncia produtos que farão um milagre de conseguir em 15 dias aquilo que eventualmente uma escola ou um aluno não tenha conseguido em um ou três anos».

«É o sinal dos tempos mas a regra é a mesma. Quando a aflição é grande temos tendência para encontrar várias formas para superar o desafio».

«A aflição aguça o engenho», concluiu.

Diário Digital / Lusa

7.000 militares da GNR protegem exames nacionais

Cerca de sete mil militares da GNR vão estar mobilizados a partir de terça-feira em todo o país para proteger, guardar e entregar às escolas os exames do ensino básico e secundário.
Considerada uma das maiores operações policiais montadas anualmente em Portugal, a missão da GNR «tem quatro etapas que passam pelo levantamento, transporte, guarda e entrega das provas nas escolas», disse à agência Lusa o tenente-coronel Costa Lima, da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Costa Lima adiantou que as quatro tarefas se repetem igualmente no final de cada exame.

A tarefa de guardar os envelopes com as provas nos cofres dos postos da Guarda e diariamente entregar e recolher os exames nos estabelecimentos de ensino só termina a 18 de Julho, último dia dos exames.

Para a «missão exames nacionais 2008» também está mobilizada a PSP, que terá a seu cargo principalmente as escolas das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

A agência Lusa contactou a Direcção Nacional da PSP para saber quantos agentes vão estar envolvidos, mas PSP considerou inoportuno divulgar os dados.

Todos os anos a operação policial tem um nome de código secreto, mas este ano, segundo a GNR, optou-se apenas por chamar «missão exames nacionais 2008».

Cerca de 258 mil alunos iniciam terça-feira os exames nacionais obrigatórios para a conclusão do ensino básico e secundário, de acordo com dados do Ministério da Educação.

Diário Digital / Lusa

Alunos só podem usar um teste em cada fase


Acesso ao superior. Não houve esclarecimento, mas regras mantêm-se

Dúvidas sobre regras de acesso surgiram por falta de despacho do Ministério

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) veio ontem a esclarecer as regras em vigor para o acesso ao ensino superior. Este esclarecimento surge na sequência da notícia adiantada ontem pelo DN dando conta de uma falha nas regras de acesso para este ano, denunciada pela Associação Exames nacionais e Acesso ao Ensino Superior (AEXAMES).

Segundo esta associação, essa lacuna permitia que um aluno que reprovasse no exame nacional da 1.ª fase repetisse a prova na 2.ª fase e ainda concorresse às primeiras vagas do ensino superior. Uma situação que, de acordo com a AEXAMES se ficaria a dever a "ambiguidades" nas regras de acesso, que este ano, ao contrário do que sucedeu em 2006 e 2007, não terão sido esclarecidas pelo ministério quando foram divulgados os regulamentos e calendário dos exames nacionais.

Independentemente das dúvidas levantadas pela associação, e apesar de este ano não ter havido um despacho a esclarecer as regras de acesso ao ensino superior, o MCTES garante que não foi feita "qualquer alteração" ao sistema.

No essencial, a associação, que enviou um parecer jurídico aos ministério da Educação e do Superior, avisava que a lacuna punha em causa o "princípio da equidade". Isto, porque um aluno que vinha do secundário com média de 10, poderia reprovar a primeira prova com um "8", fazer o 2.ª exame , tirando por exemplo um "15", e concorrer com uma média final do secundário de 12 valores à 1.ª fase de acesso. Por outro lado, o aluno que passasse com "10" à primeira já não poderia melhorar a média para a 1.ª fase.

Em comunicado, o ministério afirma que "quando um estudante faz um exame na 1.ª fase de exames e o repete na 2.ª fase", o resultado obtido "não pode ser utilizado na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior". A tutela adianta ainda que "os exames realizados na 2.ª fase apenas podem ser utilizados na 1.ª fase do concurso nacional quando o estudante, podendo realizá-los na 1.ª fase tenha optado por os fazer na 2.ª". Ou seja, apenas poderá fazer uma prova - quer seja a primeira ou a segunda -, para concorrer às primeiras vagas de acesso ao ensino superior.
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