sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Professores de Educação Especial contestam listas de colocação

Dezenas de professores de Educação Especial, no desemprego, vão tentar impugnar as listas de colocação. Os docentes queixam-se de discriminação. Os sindicatos acusam o ministério de incompetência.

Há centenas de professores de Educação Especial à beira de um ataque de nervos: não só ficaram excluídos das listas de colocação como agora receiam que docentes sem qualquer especialização ou experiência na área façam a formação de 50 horas, anteontem anunciada pela ministra da Educação, e possam ficar à sua frente em futuras colocações.

Os sindicatos prometem "estar atentos" a esta situação. Dezenas de professores, de todo o país, vão reunir-se amanhã, à tarde, no Café Velasquez, no Porto, para definirem "uma estratégia concertada". Para já, o objectivo é impugnar as listas de colocação.

Sofia Barcelos, Sónia Pinheiro, Carla Caetano e Ana Cristina Silva ficaram excluídas das listas de colocação. Por esse motivo não poderão, no próximo ano, candidatar-se ao concurso de quadros. Neste momento recebem 315 euros de subsídio de desemprego e esperam por uma oferta de escola para poderem voltar a dar aulas.

As quatro foram excluídas porque quando se inscreveram na pós-graduação não tinham cinco anos de serviço efectivo. A lei assim o exige mas esse requisito legal, alegam, não é aplicado a todos os candidatos: à semelhança do ano passado, este ano, mais de quarenta docentes com zero dias de serviço ficaram colocados. As exclusões funcionam por denúncia e a Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE), reclamam, não justifica porque exclui uns e aceita a candidatura de outros.

"A lei não está a ser igual para todos", queixou-se Sónia Pinheiro. O secretário-geral da FNE argumentou que por vezes a exclusão passa "pelo tipo de declaração passada pela instituição de ensino superior" onde os professores se especializaram - quando é generalista é validada pela DGHRE.

"É um motivo discricionário reprovável", classifica João Dias da Silva. Enquanto Mário Nogueira, da Fenprof, atribui à "incompetência" do ministério esses erros administrativos. "Não posso acreditar que o ME tenha uma política de favorecimento".

Há três anos, Sónia Pinheiro acabou por ficar colocada pelo ME, "sem qualquer explicação", depois de ter sido excluída das listas. Há dois anos, Carla Caetano viajou do Porto para Lisboa - ficou colocada numa escola com horário completo; no último ano lectivo a escola renovou-lhe o contrato. O mesmo aconteceu com Ana Cristina Silva desde 2006. Todas se questionam por que os mesmos documentos são aceites num ano e depois recusados.

"Não andámos a estudar para nada", desabafa, revoltada, Sofia Barcelos. As quatro professoras manifestam-se discriminadas e ultrajadas e garantiram que este ano não desistirão da batalha legal.

ALEXANDRA INÁCIO

Objectivos Individuais 1



Link: Objectivos Individuais 1

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Grandes municípios sem educação

Nenhum dos grandes municípios - como Lisboa, Porto e Gaia - vai aceitar receber, este ano lectivo, as competências de Educação que o Estado pretendia transferir até Dezembro. Ainda assim serão "largas dezenas", refere Governo.

Não há condições para que os maiores municípios aceitem as transferência de competências na área da Educação, definidas pelo decreto-lei. Lisboa seguramente não será abrangida, nem o Porto ou Gaia. "As maiores dificilmente terão condições para avançar já", disse fonte governamental ligada ao processo.

O secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, afirmou, contudo, que "há um número significativo de municípios da Região Norte que já manifestaram intenção de aderir". Ao fim de dois anos de conversações entre os representantes do Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e passado um mês da publicação do diploma, não houve ainda qualquer contratualização entre uma única autarquia e o Ministério da Educação.

Mas Cabrita acredita que até Dezembro serão assinados "largas dezenas" de contratos. Porque os desta primeira etapa começarão a funcionar em Janeiro.

"Não temos a preocupação de que sejam todas as câmaras ou a maioria a aderir já", referiu ainda, tendo em conta que se trata de 900 estabelecimentos do 5.º ano ao 9.º ano, e da maior transferência de competências desde 1984, quando a gestão das escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico passou para as autarquias.

Na reunião de anteontem com o Governo, a ANMP apresentou várias dúvidas sobre quem paga os salários do pessoal não-docente e as obras do parque escolar.

Definido o rácio de pessoal não docente de cada escola em função do número de alunos e das salas de aulas, se a Autarquia tiver mais funcionários que o rácio, o Poder Central promete transferir as verbas correspondentes aos salários dos que estão em falta.

Se houver excesso e ficarem, o Governo assegura os salários de todos os que estão a trabalhar. Os dispensados não têm remuneração assegurada.

António José Ganhão, vice-presidente e representante da ANMP na reunião com Cabrita; a ministra da tutela, Maria de Lurdes Rodrigues, e o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos disse que "havendo novos elementos", a ANMP vai analisar e dirá o que pensa após a reunião da ANMP, na próxima terça-feira.

ALEXANDRA MARQUES

Curso de Formação em Educação Especial

Curso de Formação em Educação Especial - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS COM MULTIDEFICIÊNCIA E INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO

Curso de Formação: 50 horas
Destinatários: professores e educadores a exercer funções de docência ou de direcção de escola, psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvam a sua actividade no âmbito da educação especial em estabelecimentos públicos ou privados
Locais: Norte; Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve
Calendário e Horário: a publicar


Curso de Formação em Educação Especial - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS SURDOS
Curso de Formação: 50 horas
Destinatários: professores e educadores a exercer funções de docência ou de direcção de escola, psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvam a sua actividade no âmbito da educação especial em estabelecimentos públicos ou privados
Locais: Norte; Centro, Lisboa e Vale do Tejo
Calendário e Horário: a publicar

Curso de Formação em Educação Especial - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS CEGOS E COM BAIXA VISÃO
Curso de Formação: 50 horas
Destinatários: professores e educadores a exercer funções de docência ou de direcção de escola, psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvam a sua actividade no âmbito da educação especial em estabelecimentos públicos ou privados
Locais: Lisboa e Vale do Tejo
Calendário e Horário: a publicar


Inscrições:

O formulário de pré-inscrição encontra-se disponível para preenchimento online em http://area.dgidc.min-edu.pt/formacao, devendo ser enviado até ao dia 19 de Setembro. Os resultados das candidaturas serão publicados no site da DGIDC, no dia 25 de Setembro.

Selecção dos candidatos

A selecção dos candidatos será feita por ordem de chegada das inscrições, atendendo às prioridades abaixo indicadas.
1º prioridade: docentes sem formação especializada a exercerem funções na educação especial, em unidades especializadas ou escolas de referência;
2ª prioridade: docentes sem formação especializada, a exercerem funções na educação especial em estabelecimentos públicos ou privados;
3ª prioridade: docentes titulares de turma ou de disciplina ou com funções de direcção de escola, a exercerem funções em estabelecimentos públicos ou privados;
4ª prioridade: psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvem a sua actividade no âmbito da educação especial, em estabelecimentos públicos ou privados;
5ª prioridade: docentes com formação especializada a exercerem funções na educação especial, em unidades especializadas ou escolas de referência;
6ª prioridade: docentes com formação especializada, a exercerem funções na educação especial em estabelecimentos públicos ou privados.

Não serão admitidos os candidatos que já frequentaram este curso de formação.

Contactos: e-mail - dseease@dgidc.min-edu.pt; tel. 21 393 45 32.


1ª Ciclica - Colocações já disponíveis

As colocações referentes à 1ª Ciclica já estão disponíveis no site do Ministério da Educação.

1ª Ciclica - 500



Link: 1ª Ciclica - 500

Pelosiros

Enquanto esperam pela publicação das listas de colocação podem descontrair um pouco visitando o Blog Pelosiros

1ª Ciclica - 510



Link: 1ª Ciclica - 510

1ª Ciclica - 230



Link: 1ª Ciclica - 230

1ª Ciclica - 1ºCiclo



Link: 1ª Ciclica - 1ºCiclo

1ª Ciclica - 300



Link: 1ª Ciclica - 300

1ª Ciclica - 330



Link: 1ª Ciclica - 330

1ª Ciclica - 520



Link: 1ª Ciclica - 520

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Link para as colocações da 1ªCiclica

http://www.dgrhe.min-edu.pt/Portal/WebForms/Docentes/Listas_Contratacao_Ciclica2008.aspx

Mais de um milhão e meio de alunos regressam hoje à escola

Nos próximos cinco dias cerca de 1,5 milhões de alunos começam as aulas, depois de um ano em que a taxa de chumbos no ensino básico e secundário atingiu o valor mais baixo da última década.
Para marcar o arranque do ano lectivo 2008/2009, a ministra da Educação vai visitar uma escola de Miragaia, dois dias após terem sido divulgados dados ministeriais que indicam que os alunos portugueses estão a chumbar cada vez menos.

No passado ano lectivo, os números da retenção no secundário desceram até aos 22,4 por cento e no básico até aos 8,3 por cento. Preocupado com a transição dos meninos para o 5º ano, ministério da Educação decidiu que agora os alunos do 2º ciclo vão passar a ter menos professores por turma.

Também novidade é a obrigatoriedade de todas as escolas oferecerem Inglês como Actividade de Enriquecimento Curricular aos alunos dos 1º e 2º anos do básico. Já mais preocupante é a revelação do dinheiro gasto pelas famílias portuguesas em material escolar.

Ao longo deste mês, os portugueses deverão comprar cerca de dez milhões de manuais «obrigatórios», que representam um custo de 80 milhões de euros. Além destes manuais, os encarregados de educação têm ainda de gastar outro tanto em compêndios de apoio.

Mas nem todos: 400 mil alunos carenciados vão ter livros gratuitos e cerca de 300 mil vão receber apoio de 50 por cento. De acordo com uma tabela da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico divulgada esta semana, Portugal investe em média cerca de 4200 euros por estudante, o que coloca o país na 22ª posição numa tabela com 33 países.

Esta semana, as organizações que trabalham com crianças com necessidades educativas especiais criticaram precisamente o financiamento atribuído pelo ministério da Educação, considerando que a «falta de verbas» pode pôr em causa os apoios prestados aos alunos.

Lusa

UM TOQUE DE BRAILLE

Os docentes de Apoio à Deficiência Visual da EB 2,3 Silva Gaio vão levar a cabo uma acção de formação de carácter prático sobre o alfabeto Braille.

Estão abertas inscrições para a acção de carácter prático acima referida, destinada a docentes que queiram conhecer o alfabeto braille, iniciar-se na leitura e experimentar a escrita por meio deste sistema.
LOCAL: Escola Poeta Manuel da Silva Gaio em Coimbra.
DATA: Dia 12 de Setembro de 2008.
HORÁRIO: Das 9.30 às 12.30 e das 14 às 17 horas.
RESPONSÁVEL: Ana Maria Fontes
Quem estiver interessado em usufruir desta oferta educativa deverá inscrever-se via e-mail para:
dv.coimbra@gmail.com
ou pelo telefone: 239 80 11 80

Ensino de Português no Estrangeiro

Foram publicadas as listas definitivas de colocação, de não colocação, de ordenação e de exclusão de Ensino de Português no Estrangeiro. Pode consultá-las no link do Ministério da Educação.

Crianças deviam ter jogos de PlayStation nas escolas

Jogos de "playstation" nas escolas para as crianças brincarem e descansarem do trabalho da "sala de aula" é uma proposta para as Actividades de Enriquecimento Curricular de uma especialista em Educação para evitar o "risco de acabar com a infância"

"É urgente respeitar o brincar das crianças e reabilitar o sentido da actividade lúdica" na Escola a Tempo Inteiro, disse à agência Lusa Maria José Araújo, investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Educativa da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.

Para Maria José Araújo, o prolongamento do horário das escolas primárias em vigor desde 2006, é "inegavelmente" uma medida "socialmente útil", mas se houver "condições físicas e humanas para o fazer" e garantia de que as actividades que se fazem com as crianças vão ao encontro dos seus interesses.

O horário pós-escolar deve apostar em actividades lúdicas e culturais, em vez de "ser só actividades programadas e organizadas em função da aprendizagem escolar", afirmou a investigadora, que está a fazer uma tese de doutoramento sobre a relação entre tempo livre e tempo de trabalho escolar em espaços educativos frequentados por crianças entre os 6 e os 12 anos.

"Os adultos querem as crianças ocupadas e esquecem-se de que as crianças que frequentam o 1º ciclo são muito pequenas, que estiveram toda a manhã ou toda a tarde a trabalhar na sala de aula, cumprindo o seu ofício de estudantes, e que precisam de descansar", sublinhou.

Para a investigadora, é preciso apostar no que as crianças gostam, como jogar "playstation" e ter computadores com acesso à Internet.

"Os bons jogos de vídeo (as consolas) tanto do agrado das crianças têm imensas potencialidades que os adultos, que não jogam, não conhecem e desprezam", comentou Maria João Araújo, que tem vindo a trabalhar nas vantagens deste tipo de jogo e a tentar perceber por que é que os pais tanto resistem a deixar os miúdos jogar.

Apostar em material interessante
As escolas deviam apostar também em "boas" bibliotecas com materiais interessantes para que as crianças possam escolher, como livros, jogos e revistas, disse à Lusa, reconhecendo que já há algumas instituições a fazer isso.

Maria José Araújo defendeu ainda a reabilitação de jardins da cidade, para que os educadores possam para lá ir com as crianças, e actividades ligadas ao cinema, teatro e música para os mais pequenos descobrirem estas formas de arte.

"Muitos professores de música e de expressão plástica têm-se queixado, nas entrevistas que faço, que não têm condições de trabalho na escola ou neste programa da escola a tempo inteiro", contou

As queixas vão para a falta de instrumentos e para as salas, que "não estão preparadas para que eles possam trabalhar com as crianças".

"Como as crianças já estão muito cansadas é o caos e isto é verbalizado por estes professores e até por muitos directores das escolas que dizem que tudo funciona pela boa vontade dos educadores e que o Ministério da Educação não sabe o que se passa", acrescentou.

Maria José Araújo salientou que os adultos têm de começar a acreditar que as crianças sabem, muito bem, entreter-se e que precisam somente que lhes seja criado o ambiente e as condições para que o possam fazer em segurança.

"Estas medidas não podem partir só das necessidades dos pais. Têm de partir das necessidades e da felicidade das próprias crianças para que não se corra o risco de acabar de uma vez por todas com a infância", rematou.


Lusa

Ano Internacional da Astronomia

O Ano Internacional da Astronomia decorrerá em 2009

Esta celebração poderá ser uma excelente oportunidade para falar de Ciência e da sua ligação à Sociedade. Por outro lado, pode, igualmente, ser um útil instrumento para professores e alunos. O documento em anexo descreve as motivações e propósitos do Ano Internacional da Astronomia e serve também como convite à Escola para participar.

No caso da Escola desejar associar-se ao Ano Internacional da
Astronomia, deve ser enviado (por mail para aia2009@mat.uc.pt) a indicação do site internet da Escola (que será colocado na página do AIA2009 - www.astronomia2009.org) e o nome e email de um professor que possa desempenhar o papel de contacto entre a Comissão Nacional e a Escola.

Em Portugal, o Ano Internacional da Astronomia é organizado pela Sociedade Portuguesa de Astronomia e tem o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Agência Nacional Ciência Viva e Fundação Calouste Gulbenkian.

Link: Ano Internacional da Astronomia
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Ministra destaca alargamento da Acção Social Escolar

O Governo aprovou na quinta-feira dia 4 de Setembro, o novo regime da Acção Social Escolar, medida que a ministra da Educação afirmou tratar-se do maior alargamento de sempre no universo de alunos beneficiários de apoios, que irá triplicar.


O decreto do executivo, já anunciado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no debate mensal de Julho da Assembleia da República, foi apresentado no final do Conselho de Ministros por Maria de Lurdes Rodrigues.

“Para o acesso à acção social escolar, passa a ser válida a classificação do rendimento das famílias na Segurança Social para efeitos de abono de família. Além de uma simplificação e de uma maior transparência, esta mudança terá como consequência um enorme alargamento de um universo maior de alunos beneficiários da acção social escolar”, defendeu a titular da pasta da Educação, em conferência de imprensa.

Assim, os alunos que estão integrados no Nível 1 do abono de família – escalão 1 da Acção Social Escolar – terão apoio em relação à totalidade dos manuais, nas refeições, assim como apoios em bolsas de mérito, em material escolar e outras actividades desenvolvidas ao nível da escola.

Para os alunos do Nível 2 do abono de família, os apoios serão idênticos aos do Nível 1, mas com um financiamento de 50 por cento dos volumes envolvidos nestas áreas.

E relação ao terceiro escalão da Acção Social Escolar, Nível 3 do Abono de Família, o Estado dará condições especiais de acesso ao programa e-computadores.