sexta-feira, 17 de julho de 2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Notícia - Aumento de chuvas no hemisfério Norte só é explicado pelas alterações climáticas

“Factor humano” é o título da capa da Nature, e põe o dedo na ferida com uma fotografia de casas inundadas pelas chuvas. Dois estudos publicados na edição desta quinta-feira da revista relacionam pela primeira vez o aumento de precipitação que está a acontecer na Terra com as alterações climáticas derivadas da actividade humana.

Um estudo de uma equipa do Canadá analisou a precipitação de chuva e queda de neve diárias em 6000 estações meteorológicas entre 1951 e 1999 no hemisfério Norte. “O nosso estudo mostra que os fenómenos de [precipitação mais forte] aumentaram em magnitude, o que quer dizer que fenómenos raros estão a tornar-se menos raros”, explicou Francis Zwiers, um dos autores do primeiro artigo, o investigador pertence à Divisão de Investigação Climatérica do instituto Environment Canada, no Ontário.

“Existem padrões característicos de aumento ou diminuição [destes fenómenos], como por exemplo o fenómeno do El niño”, disse citado pela revista norte-americana Scientific American, que faz parte do grupo da Nature. Mas não foram estes tipos de padrões que a equipa encontrou. Segundo os autores a variabilidade intrínseca do clima não explica estas variações.

“Os indícios levam-nos em outra direcção, a um fenómeno que esta a influenciar as precipitações a uma escala global – e a única coisa que nos lembramos é a mudança da composição da atmosfera”, explicou o cientista à BBC News.

Um dos impactos directos do aumento de temperatura do mundo, causados pelos gases de efeito de estufa, é a capacidade de a atmosfera reter mais água. Esta investigação é primeira “identificação formal” da ligação entre os fenómenos das alterações climáticas e a precipitação. O estudo mostra também que os modelos que existem estão a subestimar os verdadeiros efeitos do aumento de temperatura.

As simulações não podem concluir se um fenómeno particular foi causado devido às alterações climáticas. O que os cientistas fazem através de observações meteorológicas, modelos climáticos e com a ajuda da teoria das probabilidades, é determinar como é que as alterações climáticas influenciam as probabilidades de fenómenos extremos acontecerem.

Foi o que a equipa de cientistas da Universidade de Oxford, responsável pelo segundo artigo, fez. Olharam para as inundações que ocorreram em 2000, na Inglaterra e no país de Gales, com os modelos climáticos, e quantificaram o papel das alterações climáticas no risco das cheias.

Entre Setembro e Novembro de 2000, choveu mais de 500 milímetros de chuva no Reino Unido. Segundo os dados do jornal britânico Guardian, este foi o Outono mais húmido desde que há registo, ou seja, desde o ano de 1766. Mais de 10.000 casas ficaram inundadas e os seguros tiveram que pagar 4,16 mil milhões de euros pela destruição.

A equipa utilizou os computadores pessoais de 300000 mil voluntários para, através do programa Climateprediction.net, correrem modelos de climáticos. Os modelos comparam as probabilidades deste fenómeno acontecer no caso de termos um clima com alterações climáticas e no caso de não termos.

Os resultados mostram que o aquecimento global tem uma alta probabilidade de ter duplicado as hipóteses de se registar um fenómeno idêntico ao de 2000. Mas, uma em cada dez vezes, o aquecimento global pode ter aumentado este risco em 700 por cento ou tê-lo baixado para 20 por cento.

Ambas as equipas defendem a necessidade de mais investigação para aprimorar os resultados. Um factor importante é haver medições dos factores meteorológicos em locais do mundo que hoje são mal seguidos. Segundo a equipa de Oxford, é necessário distinguir quais os fenómenos que vão tornar-se mais frequentes e quais os que vão ser menos frequentes.

“Estes dois estudos mostram que o impacto humano na intensificação das chuvas e inundações já é detectável agora”, disse citado pela Reuters Richard Allan, do departamento de meteorologia, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

O ambientalista dinamarquês Bjorn Bloomberg, um dos cépticos das alterações climáticas disse à BBC News que os modelos informáticos são a única forma que os cientistas têm para fazer previsões do clima no futuro. No entanto, a forma como devemos reagir e evitar as catástrofes não é gastando enormes quantidades de dinheiro para reverter o efeito das alterações climáticas.

“Temos que nos focar em formas mais simples – fazer protecções melhores, assegurar que as pessoas não habitem em planícies de cheias, e garantir espaços para que as cheias dos rios se dêem naturalmente, como acontecia no passado”, explicou.

Mas a secretária-executiva da convenção do clima das Nações Unidas, Christina Figueres, defende a redução das emissões de gás com efeito de estufa. “É alarmante admitir que a comunidade das nações é incapaz de estabelizar completamente as alterações climáticas, isto vai ameaçar os locais onde vivemos, onde e como podemos fazer crescer alimentos e onde podemos encontrar água”, disse recentemente ao parlamento espanhol, citada pela BBC News.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Vídeo - Inês de Castro - História que a História arquitectou

Professores de todas as disciplinas - Explicolândia Lisboa-Alvalade

A Explicolândia Lisboa-Alvalade pretende recrutar colaboradores de várias disciplinas para reforçar a sua equipa de trabalho para o ano letivo de 2015/2016. 

Os interessados deverão enviar CV com fotografia para o seguinte mail:


Deverão ainda indicar as disciplinas a que se candidatam, assim como a disponibilidade horária actual e a partir de setembro. 

Damos total preferência a: 
1) Professores em formação académica; 
2) Professores sem colocação. 

Disciplinas: 
- Matemática, Português, Inglês, História, História e Cultura das Artes, Geometria Descritiva, Física-Química, Biologia e Geologia, Francês, Filosofia, Economia, 1º Ciclo, 2º Ciclo; 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Notícia - A Terra estará a viver a sexta extinção em massa por causa das alterações do clima

Qual vai ser o impacto das alterações climáticas na árvore da vida, no final do século XXI? Pela primeira vez, um artigo, publicado amanhã, quinta-feira, pela equipa do biólogo Miguel Araújo na revista Nature, avaliou os efeitos das alterações do clima na árvore da vida. A Terra pode estar a viver a sexta extinção em massa, desta vez pela mão humana, se não forem travadas as emissões de gases com efeito de estufa.

Já houve cinco momentos de desaparecimento maciço de biodiversidade, causados por fenómenos geológicos catastróficos — como a colisão de um asteróide com a Terra há 65 milhões de anos, que ficou famosa porque, entre os desaparecidos, estavam os dinossauros. Agora, devido às alterações do clima pela acção humana, há a tese de que a Terra estará a viver a sexta extinção em massa.

Mas uma vaga de desaparecimentos tem de cumprir quatro condições para ser uma extinção em massa, explica Miguel Araújo, coordenador do pólo na Universidade de Évora do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos: tem de ocorrer de forma generalizada em todo o mundo; num período de tempo geológico curto; envolver grandes quantidades de espécies; e afectar espécies de um leque vasto de grupos biológicos.

Por exemplo, se as extinções afectarem muitas espécies só de algumas partes da árvore da vida, as extinções serão dramáticas, com impacto nos ecossistemas, mas não será a sexta extinção em massa, diz Araújo, titular da cátedra Rui Nabeiro em Biodiversidade, a primeira criada em Portugal com fundos privados (cem mil euros anuais, por cinco anos).

À procura de resposta, a equipa do biólogo, que inclui Wilfried Thuiller, entre outros cientistas da Universidade Joseph Fourier, em França, reconstruiu as relações evolutivas de grande número de espécies de aves, mamíferos e plantas, estudando o caso da Europa. Nestas relações evolutivas, a equipa projectou depois as conclusões para o risco de extinção das espécies. Teve em conta quatro cenários de alterações climáticas, consoante estimativas distintas de emissões de gases de estufa, até 2080, e usando modelos que reproduzem o clima da Terra.

Para estudar como as alterações climáticas actuais poderiam afectar a evolução da árvore da vida, foi ainda necessário distinguir as extinções causadas pelas mudanças do clima das que ocorreriam ao acaso. Para tal, a equipa removeu aleatoriamente “ramos” exteriores da actual árvore da vida, para ver até que ponto as extinções modeladas na sequência das alterações climáticas seriam diferentes de aleatórias. “Se não diferisse — é o nosso resultado —, estaríamos perante um padrão de extinções não selectivo, que afectaria a totalidade da árvore”, explica Araújo, também do Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid. “As alterações climáticas previstas afectam os ramos da vida de forma uniforme, tornando-os menos densos e farfalhudos com o tempo”, diz.

“Outros estudos têm demonstrado que as ameaças humanas afectam determinados ramos concretos da árvore da vida, por exemplo espécies grandes, especializadas em determinados tipos de comida ou habitats, ou anfíbios”, diz. “O nosso artigo demonstra que as alterações climáticas terão tendência a afectar todos os ramos da árvore.”

O estudo não permite dizer, porém, qual o número de espécies que irá desaparecer. E a estes impactos há que juntar outros de origem humana, como a destruição de habitats, a caça e pesca excessivas, a propagação de espécies invasoras e de agentes patogénicos, que afectam mais uns troncos da árvore do que outros. “Como os impactos se adicionam uns aos outros, o futuro poderá reservar-nos um aumento generalizado de espécies ameaçadas que afectará quase todos os ramos da árvore da vida.”

Portanto, as alterações climáticas poderão alterar as contas actuais sobre a extinção das espécies. A Terra está então viver a sexta extinção em massa? “No caso de haver impactes de grande magnitude que afectem um grande número de espécies, o padrão de extinções modelado por nós assemelha-se ao que se esperaria numa extinção em massa, já que estas não afectaram ramos particulares da árvore da vida, mas a sua quase totalidade”, responde Miguel Araújo.

Outra conclusão é que as espécies do Sul da Europa, que perde biodiversidade, deverão deslocar-se para o Norte. Já hoje, aliás, as alterações do clima estão a empurrar mais para norte espécies de aves e borboletas.

É também provável que espécies do Norte de África entrem no Sul da Europa — “o que já está a verificar-se com algumas aves e insectos”. Os recém-chegados tanto podem trazer mais biodiversidade, como acentuar a perda de espécies por competição ou novas doenças. “É difícil prever as consequências destas colonizações. Mas, havendo um mar entre os dois continentes, só espécies capazes de o atravessar podem colonizar a margem Norte, o que limita a diversidade de colonizadores.”

Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Ergonomia


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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Vídeo - O coração de D. Pedro I, do Brasil, IV de Portugal

Notícia - Invenção poupa combustível

Ajudar o condutor a poupar combustível é o objectivo de um mecanismo inventado por um português de origem indiana, que conquistou a medalha de prata da Feira Internacional de Invenções de Genebra, na Suíça. O Green Pai Driving (GPD) funciona no velocímetro do carro e consiste na sinalização da velocidade ideal para gastar menos combustível e fazer mais quilómetros.




"Serve para poupar dinheiro e proteger o ambiente", garante Rajesh Pai, um contabilista, de 43 anos, e que há 20 anos se instalou em Vila Praia de Âncora, Caminha. Casado com Paula e com dois filhos, a vertente de inventor é uma actividade secundária. Ainda assim, mostra-se esperançado em vender o sistema a fabricantes de automóveis.

M.F.

domingo, 12 de julho de 2015

Notícia - Gelo no Ártico baixa para perto de mínimos históricos

A capa de gelo no Ártico diminuiu para perto dos mínimos históricos devido às altas temperaturas registadas nos últimos meses, segundo o Centro Meteorológico da Rússia (CMR).
Neste momento, o gelo do Ártico ocupa uma área de 6,8 milhões de quilómetros quadrados, próximo do mínimo registado em 2007, segundo o site da CMR.
Todos os mares do Ártico encontram-se abaixo do padrão em relação à sua superfície gelada das águas da parte europeia da Rússia. Especificamente, a superfície de gelo no sudoeste do mar de Kara é de 56 por cento abaixo da norma, enquanto no caso do Mar de Chukotka essa percentagem é de 35 por cento.
Por esta razão, as condições para a navegação através das águas do Ártico são consideradas "muito boas", uma tendência que se manterá..
A redução da capa de gelo que cobre o Oceano Ártico, devido ao aquecimento global, já permitiu que em 2010 um petroleiro russo reabrisse a rota marítima árctica, uma alternativa ao canal de Suez que estava encerrada ao tráfego comercial.

Higiene e Segurança no Trabalho - Segurança e Saúde na Indústria Cimenteira: Exemplos de boas práticas



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sábado, 11 de julho de 2015

Notícia - David Attenborough junta-se a organização que defende diminuição da população mundial

Chama-se Optimum Population Trust e são uma organização britânica que, contra a corrente, se preocupa não com o envelhecimento da população mundial, mas com o apelo para que nasçam mais bebés. Até têm uma petição para que as pessoas entendam as vantagens de não ter mais de dois filhos. Agora ganharam um adepto de peso, chamado David Attenborough.

“O crescimento da população mundial é assustador. E nunca vi um problema tão simples de resolver com menos pessoas e tão difícil ou mesmo impossível de resolver com mais”, disse o naturalista e voz paradigmática, há mais de 50 anos, dos documentários da vida selvagem, citado pela BBC News, referindo-se à ameaça que paira sobre a conservação da natureza. Attenborough já tinha várias vezes defendido a necessidade de se travar o aumento da população mundial para proteger a vida selvagem.

A Optimum Population Trust, fundada em 19901, acusa as autoridades britânicas, incluindo o governo, de encarar a discussão sobre os aspectos negativos do crescimento populacional como um tabu. Segundo os responsáveis do grupo, o reino Unido teria de ter um decréscimo populacional de0,25 por cento ao ano para se atingir um nível de desenvolvimento sustentável.

Entre outros apoiantes de peso da organização está a primatóloga Jane Goodall.


Vídeo - Álvaro Cunhal e Mário Soares

sexta-feira, 10 de julho de 2015

2ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Avaliação


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Notícia - O buraco na camada de ozono chegou ao Árctico

O chamado “buraco” na camada de ozono, que normalmente se forma sobre a Antárctida, está agora a ser observado também sobre o Árctico. Uma investigação publicada este domingo online pela revista Nature revela que, pela primeira vez desde que há medições do ozono, houve sobre o Pólo Norte uma rarefação da camada de ozono comparável à que há normalmente no Pólo Sul.

A camada de ozono protege a Terra da radiação ultra-violeta. Mas determinados gases – especialmente compostos sintetizados industrialmente contendo cloro e bromo – destroem as moléculas de ozono na alta atmosfera. Este fenómeno é mais acentuado na Primavera polar na Antárctida, entre Setembro e Novembro.

Dados analisados por uma equipa liderada por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jacto, do Insituto de Tecnologia da Califórnia, revelam que, no princípio deste ano, a redução na concentração de ozono estratosférico sobre o Árctico – a 18-20 quilómetros de altitude – superou os 80 por cento.

“Os nossos resultados mostram que buracos no ozono Árctico são possíveis mesmo com temperaturas mais amenas do que na Antárctida”, diz o resumo do estudo, referindo-se ao facto de as temperaturas polares no Sul serem normalmente mais baixas do que no Norte.

O estudo associa as baixas concentrações de ozono a longos períodos de frio no Árctico. “Os invernos na estratosfera do Árctico são muito variáveis, alguns são quentes, outros são frios. Mas nas últimas décadas, os invernos frios têm-se tornado cada vez mais frios”, disse Michelle Santee, uma das autoras principais do estudo, citada pela BBC.

A causa principal do buraco na camada de ozono tem vindo a ser combatida desde o final da década de 1980, com tratados internacionais que baniram o uso de determinados compostos clorados, utilizados, por exemplo, em frigoríficos e extintores de incêndio. Mas apesar da sua fabricação e uso terem caído a níveis irrisórios, as suas concentrações históricas na estratosfera ainda não baixaram o suficiente.

Na Antárctida, estima-se que a camada de ozono regressará aos seus níveis pré-industriais apenas por volta de 2050.

Higiene e Segurança no Trabalho - Ficha de Identificação e Avaliação de Riscos


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Planificação - Objetivos Gerais para o Grupo Etário dos 3 anos


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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Notícia - Habitação "low-cost"

Construir uma casa, mudá-la à medida das necessidades, acrescentar quartos ou eliminá-los, sem necessidade de obras, sem os inconvenientes do tijolo e do betão, sem sujidades e incómodos, respeitando o ambiente e com toda a segurança, a um preço baixo. Um sonho longínquo? Talvez não! As casas acessíveis estão aí e prometem dar resposta a tudo isto.

O desafio da ArcelorMittal, o maior grupo mundial da indústria do aço, foi lançado aos 16 grupos de investigação que constituem a Rede Científica Internacional de Estruturas Metálicas, uma organização que reúne as universidades líderes em investigação nesta área, do Brasil, da China, da Índia, da Polónia, de Portugal, da República Checa, da Roménia e da Suécia. Os investigadores das 16 instituições aceitaram-no e responderam com projectos de fácil implementação no mercado dos respectivos países.

Em Portugal, a tarefa foi entregue a doze investigadores de diversas áreas, da engenharia à arquitectura, liderados pelo professor Luís Simões da Silva, do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia Estrutural da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que apresentaram um novo conceito de habitação construída com recurso a aço leve. A solução desenvolvida assenta na definição de uma configuração de base que permite uma boa organização funcional a partir de um número limitado de formas originais, como no popular jogo de computadores Tetris. A utilização de aço leve, nome popular para a utilização de perfis em aço enformado a frio, permite materializar facilmente uma combinação muito versátil das várias formas originais. "Os objectivos a responder eram a modularidade, a adaptabilidade, a sustentabilidade, o conforto, a segurança das pessoas e a eficiência energética", refere o coordenador do projecto, adiantando que o custo das novas casas "é muito baixo: são cerca de 550 euros por cada metro quadrado construído, o que equivale a uma redução de 28 por cento dos custos de construção".

Simões da Silva frisa também que o projecto da FCTUC responde ao critério da evolução familiar. "É fácil de construir e de desconstruir. À medida que a família aumenta, pode-se sempre acrescentar mais um módulo. Num dia, as pessoas podem reformular a casa e passar de dois quartos para um, ou aumentar um, porque todo o processo é modular e é muito fácil ampliar a casa e mudar a tipologia, sem ter de sair de casa."

"As casas tradicionais perdem muito espaço em áreas não utilizáveis, como é o caso dos corredores. Percebendo o transtorno causado em obras de adaptação, há uma aposta em novos modelos de espaço utilizável e em módulos facilmente desmontáveis e manipuláveis", afirma o docente. Sobre a arquitectura, afiança que se mantém a traça original da casa portuguesa.

Bons isolamentos

Simões da Silva garante também que os testes desenvolvidos às novas construções, "em termos de conforto térmico e isolamento acústico, entre outros, revelaram performances muito melhores do que as da construção convencional". No Verão, estas casas não têm praticamente requisitos de arrefecimento, e, de Inverno, a necessidade de aquecimento é muito inferior à de uma construção comum. Os testes às condições funcionais das habitações evidenciaram ganhos significativos na eficiência energética e no conforto térmico, e as simulações numéricas dinâmicas validaram estes resultados.

A facilidade de transporte e a rapidez de execução da obra são outro lado positivo destas novas casas: "Uma vez construídas, cabem num contentor. Podemos produzi-las em Portugal e construí-las na Austrália com a mesma qualidade de estética e conforto para os utilizadores. São casas que estão imediatamente prontas a habitar e respondem a todas as exigências, incluindo as climatéricas." O conceito é extensível a blocos de apartamentos até quatro andares, respondendo assim a mais de 90 por cento das necessidades do país. A apresentação mundial da solução para blocos de apartamentos será feita em Setembro, em Istambul (Turquia).

Luís Simões da Silva explica que, para a casa ser viável em qualquer região do país e obedecer às regras de construção em vigor, foi projectada para a pior região sísmica, o Algarve, para ter neve correspondente à zona da Serra da Estrela e vento correspondente à zona costeira. Quer isto dizer que, com sol ou com neve, com vento ou com chuva, nada prejudica estas casas, que deixam ainda de ter, quando devidamente montadas, os inconvenientes da construção tradicional, incluindo o que se refere a infiltrações de água, humidades, bolores, etc.

Por outro lado, os perfis em aço leve são extremamente resistentes, o que se traduz em construções mais ligeiras e com menores emissões de dióxido de carbono (cerca de um terço quando comparadas com soluções arquitectónica e funcionalmente equivalentes com recurso à construção tradicional). Assim, a solução desenvolvida vai também ao encontro de lógicas mais amigas do ambiente, já que, "pela sua natureza construtiva, foi uma preocupação inicial a possibilidade de reciclagem e de reutilização exaustiva das matérias-primas usadas". "Ao optar por uma estrutura de utilização de aço intensiva, é possível ter o mesmo grau de isolamento térmico com paredes mais finas, ou seja, numa mesma área de construção, temos mais espaço útil, sem aumentar os custos", explica o investigador.

Talvez, afinal de contas, a tal casa de sonho esteja prestes a chegar a uma grande superfície perto de si. Sim, porque estas serão casas de comprar e montar. Fique atento!

M.M.

Torre transportável representa Portugal na Expo Xangai 2010

A presença portuguesa na Exposição Mundial de Xangai, a maior de sempre desde 1865, tem um segundo espaço, para além do pavilhão nacional forrado a cortiça. É a Torre Turística Transportável (TTT), um projecto com tecnologia e desenvolvimento cem por cento portugueses.

Com nove metros de altura, três de largura e outros tantos de profundidade, a TTT, que se integra no tema da Expo Xangai 2010, Melhor Cidade, Vida Melhor, possui três pisos na sua posição vertical. Funcionando como espaço autónomo, divide-se em cozinha e espaço de refeições, zona de estar e escritório, quarto, varanda exterior e duas instalações sanitárias.

O projecto português é potencialmente auto-suficiente e, dado o reduzido impacto construtivo, vocaciona-se para o turismo de Natureza, podendo ser incluído em cenários naturais e ambientes diversos onde não haja infraestruturas, como é o caso de praias, florestas ou campos.

A torre pode ainda ser colocada na posição horizontal, como é transportada, dando resposta simultânea ao mercado residencial, incluindo em contexto urbano.

A TTT foi concebida pelo arquitecto José Pequeno, com o apoio da empresa DST (Domingos da Silva Teixeira) e da Universidade do Minho, e assume-se como um projecto multifuncional de arquitectura sustentável que privilegia simultaneamente a evolutividade urbana, a modularidade, a integração ambiental e a mobilidade turística.

Além de poder ser visitado, este segundo pavilhão português em Xanghai pode ser visto a partir de um ecrã instalado no pavilhão de Portugal. Existe ainda uma réplica à escala 1:3 na Área de Boas Práticas Urbanas, um espaço da exposição reservado aos melhores exemplo no âmbito da arquitectura sustentável e das soluções urbanas.

José Teixeira, CEO do grupo DST, que pretende iniciar a produção em série da TTT já em 2011, explica que este projecto vai estar patente diante de cerca de 70 milhões de pessoas, pelo que "a empresa está bastante confiante de que irão surgir novas oportunidades de negócio para um produto industrializado e pré-fabricado que representa um novo conceito turístico e habitacional".

Definida como tendo "design minimal e forte imagem expressiva, audaz ao nível da solução estrutural", a TTT combina iluminação natural e potencial energético, tendo também sido estudada para evitar dissonâncias com o ambiente, optimizar os processos de construção, reduzir os resíduos resultantes e diminuir os consumos energéticos do edifício.

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Vídeo - Apresentação oficial do Apple iPad

Notícia - Açores: Expedição científica estuda ilha de Santa Maria em Julho


Saber mais sobre a vida e o Ambiente da ilha de Santa Maria, nos Açores, é o principal objectivo de uma expedição científica de 76 pessoas, marcada de 12 a 19 de Julho, revelou o Departamento de Biologia da Universidade dos Açores.

Os cientistas pretendem actualizar o catálogo das plantas vasculares, recolher sementes e imagens para o Herbário virtual dos Açores, actualizar as listas de vertebrados terrestres, das pragas agrícolas (como a lagarta-das-pastagens e mosca-da-fruta) e da biodiversidade marinha e de água-doce.

Mas não só. Faz parte do pacote de iniciativas da expedição a caracterização dos trilhos pedestres da ilha e a promoção da sua diversidade geológica.

A expedição ficará sedeada no Parque de Campismo da Praia Formosa e contará com 76 pessoas, repartidas por 13 equipas: 19 docentes/investigadores, dois bolseiros de pós-doutoramento, quatro bolseiros de doutoramento, três bolseiros de investigação, dois bolseiros do programa Eurodisseia, oito técnicos superiores, dez alunos de licenciatura, 13 alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do secundário, sete técnicos, um Assistente Administrativa, dois motoristas e um fotógrafo.

Os primeiros resultados deverão ser conhecidos durante o primeiro trimestre de 2010, segundo João Tavares, investigador coordenador.

Estas expedições, consideradas de interesse público, são um dos projectos mais antigos da Universidade dos Açores, ocorrendo em períodos de pausa lectiva como forma de levar a actividade de investigação universitária a todas as ilhas do arquipélago.

Vídeo - Grandes Portugueses - D.João II