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domingo, 23 de agosto de 2015
sábado, 22 de agosto de 2015
Notícia - Viagem a Marte só em 39 dias
Uma missão tripulada a Marte é um desafio avassalador que se situa quase no limite das capacidades tecnológicas actuais.
Utilizando os foguetes químicos tradicionais, uma eventual viagem até Marte leva cerca de seis meses, na melhor das hipóteses, o que no total de ida e volta se traduz em dois anos, a maior parte do tempo reservada para esperar por um alinhamento planetário correcto para regressar.
E para que seres humanos viajem com segurança a Marte, e mais além, será importante fazê-la o mais rapidamente possível, reduzindo assim a exposição da tripulação à imponderabilidade e à radiação espacial (o factor mais limitante, para além do económico).
A solução, depois de cinquenta anos a utilizar comburentes químicos, parece estar num motor a plasma desenvolvido pela empresa Ad Astra Rocket, da Costa Rica, que promete uma viagem rápida a Marte em apenas 39 dias.
A empresa conseguiu já um contrato com a NASA para testar o propulsor de 200 kW VASIMR engine na Estação Espacial Internacional (ISS) em 2013.
Os testes na ISS levam impulsos periódicos à estação espacial, que perde gradualmente altitude devido ao arrasto atmosférico (atrito com o ar). Actualmente, os impulsos são realizados por uma nave com motores convencionais, que consomem 7,5 toneladas de combustível por ano. O motor VASIMR proporcionará à NASA uma economia de milhões de euros: necessitará apenas de 0,3 toneladas de árgon.
Os foguetes actuais queimam o combustível e os gases são expelidos para trás em grandes quantidades. Isto provoca uma aceleração muito forte, mas em poucos minutos são consumidas toneladas de combustível. No entanto, o motor de plasma tem uma aceleração muito pequena, a ponto de o tornar inútil para descolar de um planeta. Ao contrário, é ideal para uma viagem interplanetária, a partir da órbita de um corpo celeste e onde já não exista fricção atmosférica.
PRÓXIMOS LANÇAMENTOS
- JUNO País: EUALançamento: Julho 2010-Objectivo: Orbitador polarde Júpiter
-VENUS CLIMATEORBITER – PLANET CPaís: JapãoLançamento: Maio 2010Objectivo: Orbitador de Vénus
-MARS SCIENCE LABORATORYPaís: EUALançamento: 2011Objectivo: Robô laboratório marciano
-PHOBOS-GRUNTPaís: RússiaLançamento: Novembro 2011Objectivo: Aterragem e recolha de amostras da lua Fobos de Marte
-YINGHUO-1País: ChinaLançamento: Novembro 2011Objectivo: Orbitador marciano
-BEPICOMBOPaís: Europa/JapãoLançamento: Setembro 2012Objectivo: Orbitador duplode Mercúrio
-MAVENPaís: EUALançamento: Dezembro 2013Objectivo: Orbitador marciano
-SOLAR ORBITERPaís: EuropaLançamento: 2015Objectivo: Orbitador solar
NASA DEVE DEIXAR A LUA
Um painel especial independente, nomeado pelo presidente norte-americano, Barack Obama, para examinar o programa de exploração espacial tripulado, afirmou que o plano da NASA para revisitar a Lua é uma missão errada com o foguetão errado.
No relatório, o presidente da comissão, Norman Augustine, antigo patrão do grupo Lockheed Martin, sustenta que faz mais sentido para a NASA considerar aterrar num asteróide ou numa das duas luas de Marte.
DATAS DA CIÊNCIA
1984. 26 Outubro
Uma recém-nascida americana, Baby Fae, recebeu um transplante de coração de um babuíno. Faleceu três semanas depois, e este caso desencadeou problemas éticos que ainda hoje são discutidos.
1937. 27 Outubro
O físico e inventor norte--americano Chester Carlson apresenta a patente correspondente ao seu invento, o chamado processo Xerox, que permitiu a fabricação de copiadoras a seco por um processo electrostático traduzido em aplicações que vão desde cópias de escritório a reprodução de livros.
1925. 30 Outubro
John Baird, engenheiro escocês, consegue a primeira transmissão televisiva de um objecto em movimento. O seu sistema de 240 linhas de varrimento mecânico foi adoptado de modo experimental pela BBC até ser substituído pelo sistema de 405 linhas da Marconi.
CM RESPONDE: Radicais livres
O que são e como podem ser evitados?: Jorge Alves, Castelo Branco
Os radicais livres são moléculas libertadas pelo metabolismo do corpo com electrões altamente instáveis que podem causar doenças degenerativas de envelhecimento e morte celular. Em geral, os radicais livres combinam-se com outras moléculas e são aniquilados em milésimos de segundo. O problema é quando há um aumento da produção que não é absorvido pelo organismo. Para inibir a superprodução, o ser humano conta com a ajuda da enzima superóxido dismutase, produzida pelo organismo. Com o passar dos anos, o corpo diminui a produção dessa enzima e os radicais livres atacam as células.
MARTE UM POUCO MAIS ACESSÍVEL
Passados 50 anos sobre o início da conquista espacial, continuamos a utilizar a mesma tecnologia nos foguetes. Começa-se, a dar tímidos passos noutras direcções. É o caso do motor VASIMR, que promete reduzir o tempo de uma viagem tripulada a Marte.
VASIMR
(Motor de Magnetoplasma de Impulso Específico Variável)
O sistema VASIMR é um sistema de propulsão a plasma composto por três células magnéticas. A “fonte de plasma” é constituída pela injecção de gás neutro (hidrogénio ou outros gases leves) para ser convertido em plasma. O “sobrealimentador de RF” utiliza ondas electromagnéticas como um amplificador para energizar ainda mais o plasma e alcançar a energia desejada. O “bocal magnético” converte finalmente a energia
do plasma num impulso útil.
PARTÍCULAS DE PRATA EM PAINÉIS SOLARES
As nanopartículas de prata podem desempenhar um novo e revolucionário papel na utilização da energia solar. Investigadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, estão a experimentar polímeros semicondutores que incluem pequenos fragmentos de prata capazes de absorver a energia do Sol e gerar electricidade de um modo mais eficiente e económico do que nas tradicionais células solares ou painéis fotovoltaicos, o que equivale a um aumento de quase 12% na geração eléctrica.
Segundo explicam os especialistas, a adição de nanopartículas de prata permitirá que os polímeros semicondutores capturem uma ampla gama de comprimentos de onda da luz solar que, de outra maneira, não se aproveitam. Ao mesmo tempo, a introdução da prata aumenta a corrente de saída.
Para chegar aos resultados que permitem comprovar a efectividade das nanopartículas de prata, os cientistas mediram a quantidade de luz absorvida e a densidade de corrente, ou seja, a quantidade de corrente eléctrica gerada por centímetro quadrado, num polímero experimental de células solares com e sem nanopartículas.
BATERIAS NUCLEARES SUPERAM LÍTIO
O professor Jae Kwon, da Universidade de Missouri, nos EUA, está a desenvolver baterias nucleares, pequenos dispositivos que, segundo o pesquisador, serão menores, mais leves, seguros e mais eficientes do que as baterias de lítio.
O protótipo da bateria nuclear tem o tamanho de uma moeda. A inovação não está apenas na miniaturização desse pequeno gerador nuclear, mas também no seu semicondutor. A bateria nuclear portátil usa um semicondutor líquido, quando o normal das fontes nucleares é utilizar sólidos.
MECANISMO POUCO COMUM DE TERRAMOTO
Usando GPS e dados de radar de movimentos de solo, cientistas da Universidade de Pequim analisaram como o terramoto de 2008, responsável pela morte de mais de 80 mil pessoas, se propagou numa zona de falhas geológicas, paralelas, que se estendem por cerca de 3200 quilómetros.
Normalmente as barreiras impedem a propagação de um terramoto de um segmento a outro. Porém, o de 2008 foi tão poderoso que as barreiras colapsaram em dominó.
NOTAS
FLORESTA: DESTRUIÇÃO
O ritmo de destruição das florestas mundiais equivale actualmente a 36 campos de futebol por minuto, ou seja, 13 milhões de hectares por ano
FOCAS: BIGODE E ARQUIVO
Os bigodes das focas, como o cabelohumano, são feitos de queratina, mas na foca pode ser um arquivo de informação sobre os hábitos de busca de alimento
DROSÓFILAS: MEMÓRIA
Para compreender de que maneira o cérebro aprende, biólogos inscreveram lembranças, através de um raio de luz, nas células cerebrais de uma mosca da fruta
COLIBRI: OVOS LEVES
0,25 gramas pesa o mais pequeno ovode ave, que é o do colibri. Só 240, com menos de um centímetro, igualam o peso do ovo de uma galinha
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Notícia - Desaparecimento de mamíferos no Sul da Florida associado a pitão-da-Birmânia
A pitão-da-Birmânia pode ser a responsável pela queda abrupta do número de mamíferos de um dos parques naturais mais emblemáticos dos Estados Unidos, mostra um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Science. Os cientistas não sabem o que o futuro reserva ao ecossistema do parque.
Algumas das espécies de mamíferos, como o coelho e o coiote, diminuíram a ocorrência em cerca de 99% em pouco mais de dez anos. “Descrevemos um aparente declínio severo que coincide temporalmente e espacialmente com a proliferação da pitão-da-Birmânia, no Parque Nacional Everglade”, escreve no artigo a equipa norte-americana.
Há mais de 30 anos que no Sul da Florida a Python molurus bivittatus é avistada, uma cobra constritora (animal que mata as suas vítimas apertando-as) que atinge os seis metros de comprimento, original do sudeste Asiático. Mas só em 2000 é que foi dada como estabelecida no Parque Nacional Everglade.
O réptil tem sido importado para os Estados Unidos como animal de estimação. O mais provável é ter acabado na natureza por fuga, por libertação feita por donos, ou ainda por algum acontecimento que permitiu que um número de espécimes tenha fugido de lojas de animais.
Em apenas uma década, os técnicos passaram do zero para retirar cerca de 380 pitões do parque, ao longo do ano de 2009. “Em qualquer população de serpentes só se encontra uma pequena fracção do número de espécimes que realmente existe”, disse Michael Dorcas, à BBC News. O cientista é um dos autores do estudo e pertence ao Davidson College, da Carolina do Norte, EUA. Esta espécie “é o novo predador de topo do Parque Nacional de Everglades – um predador que não deveria estar lá”.
Ao mesmo tempo que o número de serpentes foi aumentando, o número de mamíferos foi diminuindo. Os cientistas verificaram esta queda ao percorrerem as estradas do parque à procura de animais mortos durante a última década, e comparando com dados anteriores a 2000.
“Antes de 2000, os mamíferos eram encontrados frequentemente durante inspecções nocturnas feitas nas estradas dentro do Parque Nacional de Everglade. Por oposição, em inspecções feitas às estradas que totalizaram 56.971 quilómetros entre 2003 e 2011 documentou-se uma diminuição de 99,3% na observação de guaxinis, uma diminuição de 98,9% e 87,5% nos Didelphimorphia [marsupiais que existem no continente Americano] e no lince-pardo, respectivamente, e falhámos em detectar coelhos”, lê-se no artigo.
O Parque Nacional Everglade é um dos mais importantes dos Estados Unidos, tem pouco mais de 2000 quilómetros quadrados, em comparação o distrito de Lisboa tem 2700 quilómetros quadrados. É um quarto da área total dos Everglades, uma zona húmida, sub-tropical, com muitos pântanos alimentados pelo rio Kissimmee.
O parque é Património da Humanidade, pela UNESCO, e tem inúmeras espécies animais, como roedores, aligatores, veados, e outros mamíferos e aves. Muitas correm risco de extinção.
Segundo o artigo, muitos dos mamíferos que diminuíram abruptamente de número, como o coelho, guaxinis, veados, ou o lince-pardo foram já documentados como tendo servido de refeição a pitões. Por outro lado, a diminuição de certas espécies que são alimento ou predam outras tem consequências na cadeia alimentar do parque.
Os cientistas andaram por estradas de regiões onde o réptil estava estabelecido há anos, outras em que tinha aparecido há pouco tempo, e outras ainda onde não tinha sido documentado, e foi nestas última que a equipa encontrou mais mamíferos.
“Não é pouco razoável assumir que sempre que há quedas maiores nos mamíferos, como acontece neste caso, vai haver um impacto global no ecossistema. Quais os impactos específicos que vão ocorrer, não sabemos. Mas é possível que sejam bastante profundos”, disse Dorcas.
Notícia - Cientistas avisam que nível do mar pode subir mais do que o previsto
O nível do mar poderá subir mais do que se previa, alertaram ontem cientistas reunidos em Copenhaga. Segundo vários especialistas, os últimos cenários do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) são conservadores, não levando em conta factores agora melhor estudados.O IPCC previa que o nível do mar poderia subir entre 18 e 59 centímetros, até 2100. Mas agora apontam-
-se valores maiores. "O limite superior do aumento do nível do mar até 2100 poderá ser de um metro acima da média global", disse Konrad Stef-fen, investigador da Universidade de Colorado, Estados Unidos.
Há, por exemplo, dados novos sobre a Gronelândia, cuja temperatura aumentou quatro graus Celsius desde 1991, segundo um artigo de Steffen - um dos 1600 que foram submetidos à conferência de Copenhaga. A área gelada que se funde no Oeste do continente aumentou em 30 por cento entre 1979 e 2008.
Dados recentes de satélites indicam que o nível do mar tem subido cerca de três milímetros por ano desde 1993. É um ritmo "muito acima da média do século XX", afirmou John Church, do Centro para Investigação Meteorológica e do Clima da Austrália, citado num comunicado.
A conferência de Copenhaga é organizada por de dez universidades da Dinamarca, Suíça, Austrália, Singapura, China, EUA, Reino Unido e Japão. O objectivo é produzir uma síntese do que há de novo, em termos de investigação, desde o último relatório do IPCC, divulgado em 2007 mas baseado na produção científica até 2005.
Uma das áreas em que o conhecimento avançou é precisamente a da subida do nível do mar. O programa da conferência inclui 39 trabalhos sobre o assunto. Segundo Eric Rignot, da Universidade Irvine na Califórnia, acredita-se hoje que a Gronelândia e a Antárctida estão a contribuir mais e mais rapidamente para a subida dos oceanos do que se imaginava.
Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, uma outra conferência reúne cerca de 700 pessoas - incluindo cientistas, economistas e analistas políticos - em torno da tese de que não existe uma crise climática global. É a segunda reunião do género dos "cépticos" do aquecimento global, promovida pelo Instituto Heartland - que se define como defensor do mercado livre.
Para os cépticos, as alterações climáticas não são um problema, nem têm origem humana. Muitos defendem que a actividade do Sol é que comanda as variações climáticas ou que o aquecimento recente resulta da recuperação da "Pequena Idade do Gelo", que terminou em 1850. Os seus argumentos, até agora, não conseguiram convencer a maior parte da comunidade científica mundial.
Ricardo Garcia
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
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