sábado, 5 de setembro de 2015

Notícia - Sondas procuram água em solo lunar


A agência espacial norte-americana NASA vai procurar provas definitivas da existência de água na Lua já este mês com o lançamento de duas novas missões.



No próximo dia 17, um foguete Atlas V será lançado do Cabo Canaveral, levando a bordo as missões ‘LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter’ – Sonda de Reconhecimento Lunar) e ‘LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite’ – Satélite de Observação e Sensoriamento de Crateras Lunares).

Em conjunto, as duas missões permitirão o mapeamento de altíssima resolução da Lua, com precisão até um metro, o conhecimento da sua mineralogia, além da esperada resposta a uma pergunta que permanece no ar há décadas: existirá de facto água congelada no interior das crateras dos pólos lunares, menos expostas à acção solar?

A existir, a água estará, provavelmente, nas sombras das frias crateras, escondida e congelada.

Nos anos 90, recorde-se, duas sondas espaciais, a ‘Lunar Prospector’ e a ‘Clementine’, encontraram sinais de gelo nas crateras escuras, próximas dos pólos lunares – sensivelmente um quilómetro cúbico de gelo. Mas os dados não foram conclusivos.

A primeira descoberta ocorreu em 1996, quando a sonda ‘Clementine’ encontrou sinais de gelo em regiões escuras perto dos pólos lunares. A NASA, porém, não desiste de procurar provas definitivas da existência de água no satélite terrestre e investiu numa missão específica para este fim.

Utilizando sete instrumentos científicos diferentes, a missão ‘LRO’ ajudará a identificar locais de pouso seguros para as futuras missões tripuladas à Lua. Além do mapeamento da superfície lunar no espectro ultravioleta, as câmaras da ‘LRO’ construirão um mapa a três dimensões, em alta resolução, da superfície da Lua.

A sonda ‘LCROSS’ irá lutar por uma resposta definitiva sobre a presença ou não de água congelada nos pólos lunares. A missão usará o segundo estágio do foguete Atlas de uma forma inédita, culminando com dois impactos espectaculares sobre a superfície lunar.

Estas missões constituem um primeiro passo para o regresso do homem à Lua, mas também servem de trampolim para voos espaciais mais arrojados, como a exploração do planeta Marte.

CORRIDA MUNDIAL PARA O SATÉLITE

China, Japão, Rússia, Estados Unidos e Índia estão numa corrida intensa e todos têm planos para enviar satélites em direcção à Lua. O objectivo é olhar bem de perto o nosso satélite, e até pousar nele, em busca de novas descobertas geológicas e recursos naturais.

A proximidade torna esse desafio mais do que possível. A Lua é atingível e até mesmo países com programas espaciais ainda na sua fase infantil podem lá chegar, o que representa um grande salto tecnológico para esses países.

Os japoneses, recorde-se, rodearam a Lua com a missão ‘Kaguya’ e os chineses, com a missão ‘Chang’e-1’, também já marcaram presença e recolheram dados. Até a Índia tem planos para uma viagem especial em 2010, com seu veículo Chandrayaan, e os russos, um pouco mais devagar, planeiam regressar.

A primeira missão à Lua iniciou--se em 1958 com o Programa Luna, da União Soviética.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

2ºAno - Estudo do Meio - Sopa de Letras


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Jogo - Batalha Naval / Latitude e Longitude


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

 

Powerpoint - O Turismo Mundial - Tendências do sector e posicionamento de Portugal


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Higiene e Segurança no Trabalho - Orientações para a elaboração de um manual de boas práticas em bacteriologia


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

Powerpoint - Equações


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Notícia - A Vida Secreta e Surpreendentemente Fascinante dos Anfíbios

Muitas vezes esquecidos, os anfíbios possuem das mais espantosas e interessantes adaptações do reino animal, tornando a realidade frequentemente bem mais surpreendente do que a ficção que poderíamos criar sobre eles.

Os anfíbios, tal como os répteis, foram sempre vistos como formas de vida inferiores e desinteressantes, por muito tempo incapazes de entusiasmar até as maiores personalidades da comunidade científica. Felizmente a Ciência moderna trouxe à luz a verdadeira essência destes animais excepcionais, dando a conhecer alguns dos seus comportamentos e capacidades extraordinariamente complexas, bizarras e até enternecedoras.

Os primeiros colonizadores
A classe Amphibia é uma classe de vertebrados incrivelmente diversa que existe há mais de 230 milhões de anos, composta pelos descendentes directos dos primeiros vertebrados a conquistar o meio terrestre. Os anfíbios dividem-se em três ordens: Anura (anfíbios sem cauda, como as rãs e os sapos), Caudata (anfíbios com cauda, como as salamandras e os tritões) e Gymnophiona (anfíbios ápodes, como as cecílias e que não ocorrem em Portugal).

Apesar de não serem capazes de produzir calor corporal e de possuírem ciclos de vida complexos, os anfíbios conseguiram conquistar o meio terrestre, colonizando todos os continentes à excepção da Antárctida. Uma vez que não despendem energia a manter a temperatura corporal, têm menores necessidades alimentares, o que lhes permite sobreviver em habitats muito pobres e passar por grandes períodos de inactividade.

A rã-dos-bosques (Rana sylvatica) consegue sobreviver aos Invernos do Canadá e Alasca enterrando-se na manta morta e deixando congelar até 65% da água do seu corpo. O sucesso desta estratégia deve-se à produção de glucose que actua como anti-congelante nas suas células e não permite a formação de cristais que danificariam os tecidos. Na Primavera, quando as temperaturas começam a subir, as rãs-dos-bosques saem da hibernação - descongelam - e reproduzem-se. Já os sapos do género Cyclorana habitam algumas das regiões mais áridas do continente Australiano, enterrando-se em esconderijos por si criados, onde podem permanecer inactivos durante anos. Têm a capacidade de armazenar grandes quantidades de água na bexiga e de produzir um “casulo” que reduz as perdas de água. Emergem do subsolo apenas quando há chuvadas intensas para se alimentarem e, claro, rapidamente se reproduzirem. Graças à capacidade de armazenar água em pleno deserto Australiano, estas espécies sempre foram muito utilizadas pelos Aborígenes.

A sedução a sangue frio
Quando as condições ambientais se tornam mais favoráveis, muitos anfíbios começam a despertar dos períodos de inactividade, emergindo dos seus esconderijos terrestres ou aquáticos para se reproduzirem.

O início da época de reprodução dos anuros (rãs, relas, sapos) é imediatamente denunciada pelos coros que se iniciam ao fim da tarde e se prolongam noite dentro. Estas autênticas serenatas, audíveis até 1 km de distância, são produzidas pelos machos para tentar atrair as fêmeas, que elegem o futuro pai da sua descendência apenas com base no seu canto. Há, no entanto, espécies de anuros que não valorizam tanto o romantismo, caso do macho de uma rã nativa da Papua-Nova Guiné (Liophryne schlaginhaufeni) que segrega e excreta uma hormona sobre a fêmea, pondo-a inconsciente para depois proceder à cópula.

A corte dos urodelos (tritões, salamandras) não passa pela produção de vocalizações atractivas, mas pela segregação e transmissão de feromonas por parte do macho. A corte do tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai) é particularmente complexa. Em meio aquático, o macho coloca-se diante da fêmea, dobra a cauda para a frente de modo a ficar paralela ao corpo, realizando com ela movimentos ondulatórios regulares que se destinam a transmitir partículas odoríferas à fêmea. No caso da fêmea não se sentir atraída, o macho pode realizar novos movimentos, entre os quais se destaca o “flamenco”, alçando a cauda e oscilando a sua ponta de um lado para o outro.

Não existe entre os vertebrados classe com maior variedade de estratégias reprodutivas e formas de cuidados parentais do que a classe Amphibia. Apesar de muitos anfíbios não exibirem qualquer cuidado parental, limitando-se a colocar as posturas em meios aquáticos, há espécies que dedicam muita da sua energia a cuidar da descendência de formas por vezes inacreditáveis.

A face terna dos anfíbios
A evolução dos cuidados parentais representa uma enorme mudança na história natural dos animais, promovendo a sobrevivência da descendência perante condições ambientais adversas.

A maioria dos anfíbios é ovípara, depositando os ovos em meio terrestre ou aquático onde as larvas se desenvolvem autonomamente. No entanto, existem espécies vivíparas capazes de alimentar os seus fetos com uma mucoproteína (leite uterino) depois das reservas vitelinas já se terem esgotado, caso dos sapos do género Nectophrynoides, da rã-coqui (Eleutherodactylus jasperi) actualmente considerada extinta, ou da cecília recentemente descoberta na Índia, Gegeneophis seshachari. Além das diferenças inter-específicas, pode ainda existir variação nas estratégias reprodutivas de populações da mesma espécie como resultado de diferentes condições ambientais: a salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra) que habitualmente é ovovivípara e deposita as suas larvas em meio aquático, em regiões montanhosas dá à luz indivíduos completamente metamorfoseados.

Quando presente, o cuidado parental característico das salamandras e dos tritões consiste na assistência às posturas. Nas salamandras aquáticas, a fêmea (Família Proteidae) ou o macho (Cryptobranchus alleganiensis) prestam assistência às posturas para promover essencialmente as trocas gasosas, movimentando rapidamente as brânquias ou o próprio corpo. No caso dos tritões europeus (p.ex. Triturus marmoratus), a fêmea passa muito tempo a colocar criteriosamente cada ovo na vegetação para que esteja mais protegido de predadores e dos efeitos nefastos da radiação ultravioleta.

Cerca de 75% das cecílias são vivíparas, alimentando os fetos com células do oviducto e dando à luz larvas totalmente metamorfoseadas. Os cuidados prestados pela cecília africana Boulengerula taitanus às suas larvas após a eclosão são únicos entre os anfíbios. A progenitora desenvolve uma camada dérmica rica em gorduras e nutrientes que assegura a nutrição das larvas. Estas possuem dentes especializados para raspar e consumir a pele da mãe durante as primeiras 4 semanas de vida.

Os anuros apresentam a maior diversidade de cuidados parentais na classe Amphibia. A assistência às posturas é a forma mais comum de prestação de cuidados, sendo frequentemente feita pelo macho, fenómeno raro no mundo animal. Em algumas espécies um dos progenitores carrega os ovos fertilizados durante o desenvolvimento larvar no dorso ou mesmo em bolsas especializadas.

Os sapos-parteiros, Alytes spp., carregam os cordões de ovos enrolados nos membros posteriores, colocando-os em meio aquático apenas quando já estão prontos para eclodir. O macho da rã marsupial australiana (Assa darlingtoni) possui bolsas ao longo dos seus flancos onde os girinos podem completar o desenvolvimento larvar até à metamorfose.

Os cuidados parentais mais complexos encontram-se frequentemente em habitats tropicais húmidos. Algumas rãs-flecha (família Dendrobatidae), transportam os girinos no seu dorso e depositam-nos em pequenas bolsas de água que se formam em plantas epífitas como as bromélias. A larva completa então o seu desenvolvimento nestes minúsculos meios livres de predadores, alimentando-se de invertebrados e dos ovos não fertilizados que a progenitora lhe fornece periodicamente.

Há espécies que apresentam cuidados parentais ainda mais impressionantes, como as rãs australianas do género Rheobatrachus, em que a fêmea engole cerca de 20 ovos fertilizados que se desenvolvem no seu estômago. Durante o período de desenvolvimento larvar a progenitora não só não se alimenta como fica com o sistema digestivo inibido, suspendendo a produção de ácido e os movimentos peristálticos. Terminado o desenvolvimento larvar, a progenitora regurgita os indivíduos recém-metamorfoseados. Infelizmente as duas espécies que compõem este género, R. vitelinus e R. silus, descobertas na década de 70, foram dadas como extintas na década seguinte, ficando muito por desvendar acerca das capacidades únicas destes anuros.

O estranho mundo das armas anfíbias
Os anfíbios são uma parte essencial da cadeia trófica, constituindo presas habituais para uma vasta gama de predadores. Essa pressão deu origem a uma série de características fisiológicas, morfológicas e comportamentais que, isoladas ou em sinergia, podem potenciar a sua sobrevivência a ataques predatórios.

As formas mais comuns de defesa anti-predatória em adultos são os comportamentos de fuga (saltar ou enterrar-se) e a produção de secreções cutâneas nocivas. No entanto, muitos anfíbios adoptam estratégias mais curiosas, fazendo-se de mortos, empolando o seu tamanho ou atraindo o predador para partes do corpo menos essenciais e/ou tóxicas. É muito frequente que anuros menos ágeis invistam em aparentar estar mortos, caso de espécies como o Stereocyclops parkeri, que estica totalmente os seus membros, ficando hirto, ou da Acanthixalus spinosus, que encolhe os seus membros e coloca a língua cor-de-laranja de fora.

De uma forma geral há entre as salamandras e os tritões um claro investimento na produção de toxinas e na exploração de comportamentos que podem maximizar a eficácia dessas secreções. A salamandra-de-pintas-amarelas possui, na parte de trás da cabeça, glândulas que segregam toxinas capazes de provocar ardor e cegueira temporária. Quando atacada, é capaz de produzir um esguicho de intensidade de direcção controladas, preferencialmente para os olhos do atacante. Já as salamandras da família Plethodontidae agitam a cauda verticalmente enquanto mantêm o resto do corpo rígido, procurando atrair o predador para a parte do seu corpo mais dispensável e tóxica.

Os anfíbios capazes de produzir toxinas são frequentemente espectaculares, apresentando padrões corporais acentuados por cores fortes (laranja, vermelho, amarelo) que servem como sinalizadores da sua perigosidade. Certas espécies exploram o carácter dissuasor dessas cores e, apesar de serem absolutamente inofensivas, apresentam padrões semelhantes aos das espécies mais tóxicas.

Os géneros Pleurodeles e Echinotriton apresentam capacidades únicas para reduzir a sua palatibilidade e aumentar a sua probabilidade de sobrevivência. A salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodeles waltl), endemismo ibérico que se pode encontrar no Sul e Centro de Portugal, tem a capacidade de, perante um ataque, projectar as pontas das suas costelas para fora do seu corpo. Apesar da projecção não se fazer através de poros especializados, as pontas expostas das costelas ficam posicionadas imediatamente abaixo das manchas alaranjadas dos flancos, aumentando o impacto visual deste comportamento. Como se não bastasse, estas espécies são também tóxicas, pelo que as pontas das costelas podem injectar toxinas na corrente sanguínea do predador.

Se a estratégia defensiva da salamandra-de-costelas-salientes pode parecer bizarra, a utilizada por alguns sapos africanos (Géneros Astylosternus e Trichobatrachus) prova que a realidade é muitas vezes bem mais impressionante do que a ficção. Estes anuros têm a capacidade de projectar a parte terminal das falanges de alguns dedos através da pele. Estas estruturas ósseas de forma semelhante à das garras de alguns mamíferos, causam feridas profundas em quem tentar pegar ou abocanhar estes sapos. Não se conhece mais nenhum vertebrado com uma estrutura semelhante a uma garra sem queratina, composta apenas por massa óssea, que tem de se libertar da estrutura esquelética e perfurar a pele para se tornar funcional.

No século XVIII, o famoso cientista sueco Carl von Linné, responsável pela criação do actual sistema de nomeação científica das espécies referiu-se aos anfíbios como criaturas “feias e asquerosas”, reforçando que Deus não se havia esmerado na sua criação. Agora, depois de conhecer uma parte da vida secreta destes vertebrados, cabe ao leitor decidir se estas criaturas tão menosprezadas não podem de facto integrar orgulhosamente o grupo dos animais mais interessantes e inspiradores deste planeta.

Joana Teixeira Ribeiro

Vídeo - Trailer do filme "Um Sonho Possível"

Conteúdo - Lista de Canções


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

Conteúdo - A Demografia no Antigo Regime


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Powerpoint - Como fazer o auto-exame da mama


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Powerpoint - Iniciação ao Microsoft Excel


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box



Notícia - Terra e Marte poderão ser parecidos no futuro



Marte é um planeta parecido com a Terra em vários aspectos: está relativamente próximo dela, a duração do seu dia é apenas um pouco mais do que as 24 horas da Terra, o seu tamanho é cerca de metade do da Terra (6800 km de diâmetro), possui uma pequena atmosfera e assemelha-se a um deserto. Mas não só já foi comprovada a existência de água por lá, como já se sabe que o planeta vermelho era habitável. Esse corpo celeste frio, seco e com uma atmosfera muito fina, tinha no passado um clima muito diferente.

As conclusões devem-se à descoberta da presença de minerais hidratados, que só podem ter sido formados a partir de água em estado líquido ou pela evaporação de depósitos de água salgada, como descobriram os robôs ‘Opportunity’ e ‘Spirit’ ao calcorrearem e analisarem Marte há cinco anos e meio. Reforçam a tese de que havia depósitos de água, lagos ou, quem sabe até, oceanos.

A existência de água – componente-chave dos processos climáticos, geológicos e geoquímicos na atmosfera, superfície e interior dos planetas – é fundamental para definir se um planeta é habitável ou não.

Hoje, a água em Marte está escondida na forma de gelo sob a camada superficial, como mostrou a sonda ‘Phoenix Lander’. E já se prevê que, dentro de milhares de milhões de anos, esse gelo vá derreter e o planeta vá ficar muito parecido com a Terra.

A NASA anunciou que está a preparar uma missão a Marte que inclui passageiros humanos lá para 2031. Uma viagem a Marte demora cerca de 180 dias.

TERRA
gravidade: 9,78 m/s2
Diâmetro: 12 756,34 km
ano: 365,242 dias
TEMP. MÉDIA: 14º C
SATÉLITES: 1 (Lua)

Características: Com uma composição atmosférica onde dominam o azoto (78%) e o oxigénio (21%), este planeta dinâmico, com 70% de água, essencial à existência de vida, que abriga vida desde há 3,5 mil milhões de anos, ficará um dia saturado em termos populacionais.

MARTE
Gravidade: 3,69 m/s2
Diâmetro: 6794 km
Ano: 686,98 dias
Temp. média: -63º C
Satélites: 2

Características: A atmosfera é constituída por dióxido de carbono (95%), azoto (3%) e árgon ( 2%), sendo o oxigénio apenas residual – o que não é surpreendente, dado que o oxigénio da Terra é essencialmente um produto da vida e não a sua causa.

A NASA estuda a possibilidade de criar uma biosfera planetária que imite a Terra noutro planeta. Porém, ainda precisará de ser muito estudada, já que não se conhece os efeitos das mudanças atmosféricas e de temperatura na geologia, na geodinâmica e na morfologia de um planeta. Marte é o candidato mais provável para as primeiras experiências em terraformação. A NASA estuda maneiras de aquecer o planeta e de alterar a sua atmosfera, de modo a poder albergar a vida humana logo que necessário, muito embora a tendência natural de Marte seja essa... mas só dentro de milhares de milhões de anos!

As tempestades de areia marcianas são provocadas por um processo semelhante às terrestres. No planeta vermelho são periódicas e envolvem grandes regiões do planeta.

Permafrost é o tipo de solo encontrado no Árctico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados. Em Marte, os índices de radiação são maiores.

Mário Gil

EFA - CMA - Ficha de Apoio - Do Autoritarismo à Democracia - Cidadania e Mundo Atual


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box


Notícia - Voltar à Lua e ficar por lá


Nunca mais houve um acontecimento na história da conquista espacial de impacto comparável ao da conquista da Lua. É até possível que a aventura da Apolo 11, a 20 de Julho de 1969, pelos padrões actuais de segurança nos voos ao espaço, não fosse hoje autorizada.

Quarenta anos se passaram e a NASA – a agência espacial americana – diz que está pronta para percorrer de novo os 400 mil quilómetros e voltar mais uma vez à Lua, mas desta vez para ficar! É que na agenda dos projectos da NASA encontra-se a possibilidade de ali instalar uma base permanente que possa, entre outros objectivos, servir de eventual entreposto para missões tripuladas a Marte. A deslocação, porém, só está pensada para 2020.

Desde 1969 até Dezembro de 1972, um total de 12 astronautas, todos norte-americanos, pousaram no satélite terrestre. Os primeiros foram Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.

"Este é um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade", disse, emocionado, Neil Armstrong, numa frase que, inevitavelmente, ecoou pelo Mundo. Quem estava de olhos postos na televisão, naquele preciso momento, não deve ter esquecido a sua figura fantasmagórica movendo-se desajeitadamente devido à ínfima gravidade – um sexto da que existe na Terra.

A viagem começou dia 16 e demorou quatro dias. Armstrong e Aldrin são as estrelas desta inesquecível epopeia, que não seria possível sem a destreza de Michael Collins. O piloto do módulo lunar não chegou a pisar a Lua.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

2ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - O regresso às Aulas


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Teste Diagnóstico - 7ºAno


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

Trabalho - Produto Turístico



Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Higiene e Segurança no Trabalho - Conselhos de Segurança - Manuseamento seguro de garrafas de gás sob pressão


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box


Notícia - Vampiros – os mitos e a história real

Quem não ouviu já falar de vampiros, criaturas que buscam o sangue das suas presas na noite? Contudo, nem tudo o que se diz corresponde à verdade e muitos são os factos deturpados pela associação destes mamíferos a criaturas míticas milenares.

Os vampiros são morcegos, cuja imagem está impregnada de informações distorcidas por séculos de ignorância, mitos e superstição. O enraizamento cultural destes conhecimentos condiciona os esforços empreendidos no sentido de clarificar o papel destes animais nos ecossistemas e de contrariar o declínio de outras espécies de morcegos que acabam por ser afectadas. A maior parte das pessoas desconhece que apenas três das cerca de mil espécies de morcegos que existem actualmente alimentam-se de sangue, encontrando-se restringidas às regiões tropicais da América Latina, desde o seu aparecimento, há cerca de sete milhões de anos.

Os mitos com vampiros remontam há milhares de anos. Os mais antigos provêem da Europa, mas estudos etnológicos revelam que praticamente nenhuma cultura está isenta de conter no seu espólio criaturas medonhas sugadoras de sangue, às quais se associou a imagem dos morcegos. Estas criaturas míticas foram responsabilizadas, ao longo dos tempos, por mortes pouco claras e por devastadoras epidemias, como a peste negra e a varíola. Mas este folclore que liga os morcegos aos vampiros é particularmente intrigante, na medida em que os mitos surgiram em locais onde estas espécies de morcegos nunca existiram. Apesar de se assumir que esta associação remonta às tradições antigas, a história indica que ela é uma invenção humana recente.

Os europeus desconheceram a existência destes animais até ao século XVI, altura em que os exploradores espanhóis regressaram das Índias com a primeira descrição de seres que se alimentavam de sangue e que mordiam as pessoas durante a noite, comportamento que associaram ao das criaturas das fábulas a que chamavam vampiros. Mas esta designação de origem eslava, que significa “bêbado de sangue”, não foi prontamente atribuída aos morcegos vampiros e só no final do século XIX as três espécies foram descritas para a Ciência. Contudo, esta associação só foi completada em 1897, quando Bram Stocker publicou “O Drácula”, uma obra onde os vampiros se transformavam em morcegos, conjugando a mitologia europeia com uma personagem histórica real – Vlad Tepes – um príncipe da Valáquia (actual Roménia), com fama de sanguinário, que viveu entre 1430 e 1476. Não existem evidências que este príncipe tivesse o hábito de beber o sangue das vítimas, mas sabem-se duas coisas – que no castelo de Vlad Tepes não existiam vampiros e que estes mamíferos não são a fonte dos mitos de vampiros do Velho Mundo.

Mas vamos conhecer um pouco melhor estes animais. A forma como os vampiros evoluíram permanece um mistério. Os registos fósseis mostram que há muitos milhares de anos eles habitavam as florestas tropicais, onde se alimentavam essencialmente de aves e pequenos mamíferos. A chegada dos colonizadores europeus ao continente americano, e especialmente do gado que com eles trouxeram, providenciou aos vampiros uma nova e praticamente ilimitada fonte de alimento, permitindo que as suas populações crescessem exponencialmente. A sem precedente desflorestação da América Latina, na tentativa de aumentar a área para explorações de gado, permitiu que esta tendência se intensificasse, até ao ponto dos vampiros se tornarem numa séria praga agrícola em muitas áreas. Todavia, em nichos não perturbados de floresta, eles vivem actualmente como os seus antepassados – em reduzidos grupos, alimentando-se do sangue de pequenos animais.

Das três espécies de morcegos vampiros que existem actualmente, apenas uma (a mais comum - Desmodus rotundus) preda exclusivamente mamíferos. As outras duas – Diaemus youngi e Diphylla ecaudata – alimentam-se de diversos vertebrados, preferencialmente aves. Ao contrário do que a indústria cinematográfica nos levou a acreditar, os vampiros são animais muito pequenos e leves. Vivem em grutas, minas, buracos de árvores e em edifícios abandonados, em colónias com cerca de 100 animais, mas que podem chegar aos 2000 indivíduos.

São voadores rasos e fazem manobras espantosas, devido às suas longas e estreitas membranas alares. Contrariamente aos outros morcegos, os vampiros são grandes adeptos da locomoção no solo, sendo capazes de correr com grande velocidade e dar grandes saltos, assumindo uma postura bípede. Eles procuram as suas vítimas durante a noite, podendo voar mais de 10 km nas suas buscas. Exactamente como localizam e seleccionam presas individuais é desconhecido, mas certamente diversos factores estão envolvidos, nomeadamente a sua excepcional visão. Adicionalmente, as fossas nasais sensíveis ao calor permitem-lhes detectar as presas através da radiação infravermelha por elas emitida e escolher as áreas do corpo com melhor irrigação superficial e, por isso, mais “apetitosas”.

A especialização alimentar condicionou a anatomia e fisiologia dos vampiros. Eles possuem um estômago fino, capaz de se distender e um intestino rodeado de grandes capilares que aumentam a taxa de absorção. Mas a adaptação mais espantosa prende-se com a composição da saliva, constituída por três ingredientes activos, que mantêm o sangue fluído - um anticoagulante, uma substância química que previne a aglutinação dos glóbulos vermelhos e uma última que inibe a constrição dos vasos sanguíneos sob a ferida. A mordedura é rápida, de modo a não alertar as presas, e o sangue é lambido (e não sugado) através de movimentos rápidos e contínuos da língua, durante cerca de 30 minutos. Durante este período, os morcegos ingerem o equivalente a duas colheres de sopa de sangue. Porque o sangue tem cerca de 80% de água, à medida que se alimentam os vampiros urinam, removendo o excesso deste líquido.

Vivem numa cultura fortemente social, onde o reconhecimento individual é muito importante. Uma vez que não podem sobreviver mais de dois dias sem uma refeição, estes laços são fundamentais para lhes garantir a sobrevivência, pois um vampiro pode alimentar outro com regurgitações de sangue, quando solicitado. Este comportamento é bastante vantajoso em termos adaptativos, tal como acontece com a sua capacidade de adoptar crias órfãs. É um altruísmo recíproco, muito raro entre os mamíferos, conhecido apenas nos cães selvagens, nas hienas, nos chimpanzés e nos humanos.

Os hábitos alimentares dos vampiros, que à primeira vista nos parecem repulsivos, podem de facto resolver ou atenuar alguns dos nossos problemas. Descobertas recentes acerca das propriedades anticoagulantes da saliva dos vampiros demonstram que esta possui um ingrediente vinte vezes mais poderoso que qualquer anticoagulante actualmente conhecido, o que promete o desenvolvimento de novos medicamentos de prevenção e combate de doenças cardiovasculares.

Mas apesar de serem animais verdadeiramente fascinantes, os vampiros podem criar alguns problemas, nomeadamente quando existem em grandes densidades junto de pessoas e animais domésticos. Mordeduras ocasionais raramente prejudicam as vítimas, mas mordeduras repetidas, especialmente em animais jovens, podem enfraquecê-los, enquanto as feridas podem tornar-se focos de infecção. Para além deste aspecto, tal como outros animais, é possível que os vampiros contraiam raiva. Apesar da maior parte dos morcegos infectados acabar por morrer da doença, alguns poderão sobreviver o tempo suficiente para infectar as suas presas. Em muitas regiões da América Latina as perdas económicas dos agricultores provocadas, anualmente, por surtos desta doença nos bovinos, são imputadas aos ataques dos vampiros.

Quando os vampiros não encontram o seu alimento de eleição, podem utilizar presas alternativas, como os humanos, embora isto só aconteça a pessoas que dormem ao relento. Estes episódios, embora esporádicos, e na maior parte das vezes sem consequências, são suficientes para criar um clima de histeria colectiva, despoletando verdadeiras “caças aos vampiros”, que acabam por atingir todos os morcegos da área. Ao longo das últimas três ou quatro décadas, foram iniciados na América Latina programas de controlo de vampiros. Infelizmente, os resultados resumem-se à perda incalculável de insectos altamente benéficos para a agricultura, devido à utilização de venenos, e de morcegos inofensivos, que se alimentam de frutos e néctar, muitos dos quais já se encontram em perigo de extinção.

Será apenas através de programas educativos que a atitude pública perante os morcegos poderá ser alterada. Quanto aos conflitos entre o ser humano e os vampiros, para além de acções educativas, restam-nos campanhas de controlo bem planeadas. No entanto é importante lembrar que o actual comportamento alimentar dos vampiros é apenas uma adaptação às alterações dos seus habitat provocadas pelo Homem.

Maria Carlos Reis