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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Biografia - André de Resende
Nasceu por volta de 1495/8-1506 em Évora.
Morreu em 1573
Humanista do século XVI, a quem se ficaram a dever os primeiros estudos sobre arqueologia de Évora, e veio a morrer, já septuagenário, depois de uma existência que não foi sem brilho social e cultural.
Filho da família eborense Resende, educou-o sua mãe, fazendo-o ingressar na ordem dominicana, em que os seus talentos ganharam a confiança dos superiores, que o mandaram completar os estudos superiores em universidades estrangeiras, de Espanha e de França. Passou assim pelas Universidades de Alcalá de Henares e de Salamanca, na qual foi discípulo de Nebrija, do português Ayres Barbosa e do flamengo Clenardo.
Depois do doutoramento em Salamanca, seguiu para Paris, em cujos meios universitários tanta evidência tiveram seus talentos, que o diplomata D. Pedro de Mascarenhas, embaixador de Portugal junto de Carlos V, em Bruxelas, o chamou para o imperador o conhecer.
Pouco demorou, porém, na capital brabantina e desconhece-se‑lhe a causa da brusca partida inesperada, em 1534, de regresso ao Reino.
Falecimento da mãe estremecida? Chamada de D. João III, já então ocupado com a reforma e restauração da Universidade em Coimbra, que havia de realizar‑se em 1537?
Importa muito menos penetrar este mistério do que saber-se ter‑lhe sido confiada a Oratio pro rostris, sua obra mais citada, que pronunciou, como Oração de Sapiência, na abertura do ano electivo da Universidade, ainda em Lisboa.
Já veremos que o humanista se desempenhou admiravelmente do encargo, animado do espírito do século, que nele haviam avivado as relações com seus velhos mestres e com o próprio Erasmo.
Nomeado, por D. João III, mestre do infante D. Duarte, seu irmão, e regendo ao mesmo tempo a cadeira de Humanidades na Universidade, com a qual seguiu para Coimbra, quando da transferência e sua reforma em 1537, obteve do papa a secularização, que lhe dava a maior liberdade.
Em 1551, ainda teve a seu cargo a Oração de Sapiência, mas quatro anos depois era demitido do professorado, depois do que regressou enfim, cerca dos cinquenta anos de idade, à cidade natal, onde se fixou e abriu para ensino particular um curso para Humanidades.
Porque teria sido demitido de Coimbra?
Ignora-se o motivo. Talvez iniciativa dos colégios universitários. Não seria difícil de invocar, para determinar-lhe a demissão, certo destempero de temperamento, demonstrado em sua primeira «Oratio pro Rostris». Aquela sua invectiva contra a crassa minerva canonistarum que comprometem as litteras humaniores que ele próprio professava; aquela exaltação das letras acima das armas, porque, pela indagação da verdade, conferiam a imortalidade e a fama, invejadas dos próprios reis; aquela veemência com que, depois de exaltar o valor da Gramática, que tem maior conteúdo do que o aparenta o aspecto (quae plus habet in recessu quarn in fronte) porque é anais do desenvolvimento da razão, increpa as sórdidas, ignorantes criaturas que dão pelo nome de gramáticos; o mesmo despejo de linguagem contra os que, por seu turno, ignorando as línguas clássicas grega e latina, chave da poesia, da eloquência e da dialéctica, a estas comprometem, pois que à maneira de porcalhões, mais asnos do que homens, com estentórea voz, silogismos mentirosos e palavras de monstruosa invenção, espalhafatosamente debateram sobre o que não sabem - tudo isso patenteia um ímpeto que dificulta a sociabilidade. O mestre em artes era, ao menos quando jovem, um rude fundibulário...
Regressado, pois, à sua cidade natal, ali vai regendo sua aula de Humanidades, continuando pela pregação o seu múnus sacerdotal, e teria já começado a interessar-se por investigações arqueológicas da terra eborense, as quais, no fim da vida, foram sua exclusiva forma de actividade de espírito, quando o cardeal-infante D. Henrique fundou a sua Universidade católica de Évora.
São então proibidas as escolas particulares que pudessem desviar alunos dos cursos nelas professados, mas excluía-se da lei a de André de Resende -que, aliás, não aceita o regime de excepção.
E é então que, até à morte, se consagra intensivamente à Arqueologia. Como historiógrafo legou-nos, além de crónicas manuscritas, a obra De Antiquitatibus Lusitaniae, por que entre nós se inicia o estudo documentado do domínio romano na Lusitânia, e a História da Antiguidade da Cidade de Évora; como agiólogo, A Santa Vida e Religiosa Conversão de frei Pedro, porteiro do Convento de S. Domingos, e a Vida de S. Domingos de Cuba; como poeta, foram várias as poesias em português e latim, dentre as quais alguns poemas, um dedicado a São Vicente, impresso com mais composições, orações e cartas em Colónia, em 1545.
Finalmente, ao gramático ficou-se devendo um Comentário da conjugação dos Verbos, e até o compositor deixou em seu espólio o Ofício de São Gonçalo e o Ofício de Santa Isabel. São numerosas as suas cartas.
Falecido em Évora, em 1573, o túmulo que lhe guarda os restos mortais está na Sé Catedral.
Fontes:
Carlos Selvagem e Hernâni Cidade, Cultura Portuguesa, 5, Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade, 1971, págs. 42-46
Notícia - Turismo em Portugal - Monsaraz
A vila de Monsaraz, ainda hoje envolta pelas suas muralhas medievais, ergue-se sobre urna pedregosa escarpa dominadora de uma vasta região que inclui o vale do Guadiana e albufeira do Alqueva, no Alentejo, situação privilegiada propícia a uma presença humana muito remota, embora não haja certeza acerca de uma ocupação castreja ou mesmo romana.
Informação retirada daqui
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Conteúdo - Disciplinas filosóficas
A filosofia é geralmente dividida em áreas de investigação específica. Em cada área, a pesquisa filosófica dedica-se à elucidação de problemas próprios, embora sejam muito comuns as interconexões. As áreas tradicionais da filosofia são as seguintes:
- Metafísica: ocupa-se da elaboração de teorias sobre a realidade e sobre natureza fundamental de todas as coisas. O objetivo da metafísica é fornecer uma visão abrangente do mundo – uma visão sinóptica que reúna em si os diversos aspectos da realidade. Uma das subáreas da metafísica é a ontologia (literalmente, a ciência do "ser"), cujo tema principal é a elaboração de escalas de realidade. Nesse sentido, a ontologia buscaria identificar as entidades básicas ou elementares da realidade e mostrar como essas se relacionam com os demais objetos ou indivíduos - de existência dependente ou derivada.
- Epistemologia ou teoria do conhecimento: é a área da filosofia que estuda a natureza do conhecimento, sua origem e seus limites. Dessa forma, entre as questões típicas da epistemologia estão: “O que diferencia o conhecimento de outras formas de crença?”, “O que podemos conhecer?”, “Como chegamos a ter conhecimento de algo?”.
- Lógica: é a área que trata das estruturas formais do raciocínio perfeito – ou seja, daqueles raciocínios cuja conclusão preserva a verdade das premissas. Na lógica são estudados, portanto, os métodos e princípios que permitem distinguir os raciocínios corretos dos raciocínios incorretos.
- Ética ou filosofia moral: é a área da filosofia que trata das distinções entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Procura identificar os meios mais adequados para aprimorar a vida moral e para alcançar uma vida moralmente boa. Também no campo da ética dão-se as discussões a respeito dos princípios e das regras morais que norteiam a vida em sociedade, e sobre quais seriam as justificativas racionais para adotar essas regras e princípios.
- Filosofia política: é o ramo da filosofia que investiga os fundamentos da organização sociopolítica e do Estado. São tradicionais nessa área, as hipóteses sobre o contrato original que teria dado início à vida em sociedade, instituído o governo, os deveres e os direitos dos cidadãos. Muitas dessas situações hipotéticas são elaboradas no intuito de recomendar mudanças ou reformas políticas aptas a aproximar as sociedades concretas de um determinado ideal político.
- Estética ou filosofia da arte: entre as investigações dessa área, encontram-se aquelas sobre a natureza da arte e da experiência estética, sobre como a experiência estética se diferencia de outras formas de experiência, e sobre o próprio conceito de belo.
- Metafilosofia: é a "filosofia da filosofia". Procura determinar, entre outras coisas, o que é, suas limitações e o objetivo da filosofia enquanto ramo do saber humano.
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