Espaço de ajuda aos alunos nas várias disciplinas desde a Educação de Infância até ao Ensino Secundário
segunda-feira, 13 de março de 2017
Biografia - Braamcamp Freire
A família Braamcamp é de origem holandesa. O primeira a exercer cargos políticos em Portugal foi Hermano José Braamcamp, embaixador prussiano em Lisboa, no reinado de D. José. O avô de Braamcamp Freire foi Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1882. Seu tio, Anselmo José Braamcamp Freire, desempenhou vários cargos ministeriais, entre os quais o de Primeiro-Ministro em 1878. Era uma família de tradições liberais, que muito influenciou a formação política e humana de Braamcamp Freire.
1849 - 1 de Fevereiro
Anselmo Braamcamp Freire, filho de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º barão de Almeirim e de Luísa Maria Joana Braamcamp, neta do barão do Sobral, nasce no Palácio Azul, na Praça da Alegria, em Lisboa.
1869 - 6 de Fevereiro
Casa com sua prima, Maria Luísa da Cunha Menezes, neta do conde de Lumiares.
1875 - 18 de Abril
Morre o seu filho, em Benfica.
1886 - 22 de Julho
Nomeado Par do Reino pelo rei D. Luís.
1921 - 23 de Dezembro
Morre em Lisboa, na sua casa da Rua do Salitre, nº 146, onde está afixada uma placa alusiva, colocada pela Câmara Municipal de Lisboa.
A obra historiográfica de Braamcamp Freire mantém ainda hoje uma enorme importância para os investigadores. Os medievalistas e os genealogistas não dispensam a consulta dos Brasões da Sala de Sintra. As dezenas de artigos e particularmente os documentos inéditos, publicados no Arquivo Histórico Português, a primeira grande revista portuguesa de História, têm um valor inestimável para os historiadores contemporâneos. A sua obra granjeia-lhe enorme prestígio, que lhe permite tornar-se Presidente da Sociedade de Geografia e da Academia das Ciências de Lisboa.
1867 - Matricula-se no curso de Matemática da Universidade de Coimbra, de que desiste no ano seguinte.
1874 - Estreia literária, no jornal Diário Ilustrado.
1899 - Publica o 1º volume dos Brasões da Sala de Sintra.
1901 - Publica o 2º volume dos Brasões da Sala de Sintra.
1903 - Funda a revista Arquivo Histórico Português.
1905 - Publica o 3º volume dos Brasões da Sala de Sintra.
1910 - Publica Crítica e História / Estudos.
1911 - Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
1912 - Presidente da Grande Comissão das Comemorações dos Centenários de Ceuta e Albuquerque.
1913 - Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa.
1914 - Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa.
1915 - Director dos Portugalie Monumenta Histórica. Vice-Presidente da 2ª Classe da Academia das Ciências de Lisboa.
1917 - Presidente da 2ª Classe da Academia das Ciências de Lisboa.
1918 - Sócio correspondente da Royal Historical Society of England. Presidente da Academia das Ciências de Lisboa.
1921 - Publica A Censura e o Cancioneiro Geral.
Braamcamp Freire foi o 1º Presidente da Câmara Municipal de Loures (1887), onde desempenhou um segundo mandato presidencial (1893). Em 1907 adere ao Partido Republicano, o que lhe permite chefiar uma lista republicana à Câmara Municipal de Lisboa (1908), tornando-se o primeiro presidente de uma vereação republicana da Câmara em 1908-1913, embora o regime monárquico, despeitado com a sua adesão ao Partido Republicano, nunca o tenha investido nessas funções, à margem da própria lei. Só em 1910, após a implantação da República, viria a ser reconhecido como Presidente da Câmara, funções que exercia, de facto, desde 1908.
1887 - 2 de Janeiro
Eleito primeiro Presidente da Câmara Municipal de Loures.
1893
Eleito para novo mandato na presidência da Câmara Municipal de Loures.
1908 - 30 de Novembro
Eleito Vice-Presidente da vereação repu-blicana da Câmara Municipal de Lisboa.
Braamcamp Freire aderiu ao Partido Republicano em 1907, o que originou um movimento nacional de apoio à sua corajosa atitude, visto que era já considerado um conceituado historiador e um poderoso fidalgo, que nada tinha a ganhar pessoalmente com o regime republicano. A população de Sacavém, onde residia, recebeu-o em festa. Estava à frente da Câmara Municipal de Lisboa, quando foi proclamada a República da varanda do edifício camarário. O seu desempenho nesta Câmara muito contribuiu para a implantação da própria República. Em 1911 foi eleito deputado por Lisboa e 1º Presidente do Parlamento - a Assembleia Nacional Constituinte -, cargo que teve que abandonar para assumir a presidência do Senado. Ainda nesse ano, viu o seu nome proposto para 1º Presidente da República, mas recusou candidatar-se, em consequência das intensas lutas partidárias existentes, que envolveram o seu nome numa campanha injuriosa.
1907 - 19 de Novembro
Adere ao Partido Republicano.
1911 - Maio
Recusa nomeação como representante diplo-mático português em Berlim.
1911 - 28 de Maio
Eleito deputado nas listas republicanas de Lisboa, para a Assembleia Nacional Constituinte.
1911 - 20 de Junho
Eleito Presidente da Assembleia Nacional Constituinte.
1911 - 24 de Agosto
Eleito Presidente do Senado.
1912 - 17 de Outubro
Embaixador Extraordinário às Comemora-ções do Centenário da Constituição de Cádis, em Espanha.
Biografia retirada daqui
domingo, 12 de março de 2017
DGAE/DSEEPE aposta na literacia cinematográfica
A DGAE/DSEEPE realizou, em fevereiro último, uma parceria com o Plano Nacional de Cinema (PNC) com o intuito de divulgar produções fílmicas nacionais, junto dos alunos das Escolas Portuguesas do Estrangeiro (EPE).
À adesão deste projeto esteve subjacente a certeza de que facultar aos alunos o contacto com as diferentes manifestações artísticas constitui uma valência relevante no que respeita à difusão da língua e da cultura portuguesas.
Acresce que esta iniciativa permite a realização de práticas pedagógicas que incentivam o aluno a tomar consciência de que o diálogo com todas as expressões da arte é imprescindível para um melhor conhecimento do património cultural. Para uma maior compreensão do mundo.
Informação retirada daqui
Informação retirada daqui
Notícia - Correr 10 km na Falésia para dormir em hotel de luxo
Chama-se Epic Sana Beach Run, esta original corrida que, em vez de ser disputada em estrada, na pista ou em trilhos, terá como cenário o belo e longo areal da praia da Falésia, em Albufeira.
A prova serve para celebrar o quarto aniversário do hotel de cinco estrelas Epic Sana Algarve, que convida corredores e caminhantes a juntarem-se, no domingo pela manhã, a esta festa desportiva. O tiro de partida será dado pelas 10h00 e os participantes podem optar pela corrida, de 10 quilómetros, ou por uma mais calma e contemplativa caminhada à beira-mar, de apenas 5 quilómetros.
O vencedor da prova principal terá como prémio um programa Epic Fitness Weekend, que inclui duas noites de estada no hotel e o direito a usufruir de um plano de fitness personalizado durante esse período.
A inscrição tem um valor de 6,50 euros para a caminhada e de 8 euros para a corrida e, além da tradicional t-shirt, inclui também e já a pensar no verão, uma entrada gratuita para o parque aquático Aquashow. No final da prova, os participantes são convidados a comer uma fatia do bolo de aniversário preparado pelo chef pasteleiro do Epic Sana, recompensa mais do que merecida (e livre de culpas) para quem acabou de fazer uma corrida pela areia. Há que repor as calorias.
Web: aaalgarve.org
Biografia - Jaime Cortesão
Historiador português. Nasceu em Ançã, Cantanhede, em 29 de Abril de 1884; morreu em Lisboa em 14 de Agosto de 1960.
Formou-se em Medicina em 1909, depois de ter estudado em Coimbra, Porto e Lisboa. Foi professor no Porto de 1911 a 1915. Tendo sido eleito deputado em 1915, defendeu a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial onde participou como capitão-médico voluntário do Corpo Expedicionário Português, tendo publicado as memórias dessa experiência.
Com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, fundou em 1907 a revista Nova Silva. Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundação da revista A Águia, e em 1912 dá início à Renascença Portuguesa, que publicava o boletim A Vida Portuguesa. Em 1921, separando-se da Renascença Portuguesa, é um dos fundadores da revista Seara Nova. Em 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional, cargo que exerceu até 1927. Devido a ter participado numa tentativa de derrube da ditadura militar foi demitido, exilou-se acabando por viver em França, donde saiu em 1940, devido à invasão daquele país pelo exército alemão. Foi para o Brasil, passando por Portugal, onde foi detido por um curto espaço de tempo.
No Brasil residiu no Rio de Janeiro, tornando-se professor universitário, especializando-se na história dos descobrimentos portugueses e na formação do Brasil. Em 1952, organizou a Exposição Histórica de São Paulo, para comemorar o 4.º centenário da fundação da cidade.
Regressou a Portugal em 1957.
Fontes:
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, 6.º volume;
António José Saraiva e Óscar Lopes
História da Literatura Portuguesa,
Porto, Porto Editora, 1975
sábado, 11 de março de 2017
Comissão Mista – RAEM: II Reunião da Subcomissão da Língua Portuguesa e Educação
Nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2017, ocorreu, em Lisboa, a II Reunião da Subcomissão da Língua Portuguesa e Educação entre Portugal e a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), criada no âmbito da Comissão Mista Portugal – RAEM, com a seguinte ordem de trabalhos: i) Cooperação nas áreas do Ensino e da Investigação ao nível do ensino superior e não superior; ii) Reconhecimento de habilitações e graus e iii) Língua Portuguesa.
Em representação desta Direção-Geral esteve presente a Dr.ª Paula Teixeira, Diretora de Serviços do Ensino e das Escolas Portuguesas no Estrangeiro.
Esta subcomissão, que se constitui como um fórum privilegiado de debate e consulta, reiterou o propósito de aprofundar a cooperação, reconhecendo a sua importância no contexto das relações bilaterais e as vantagens mútuas que dela decorrem para as instituições e para os cidadãos de Portugal e da RAEM.
Informação retirada daqui
Biografia - Joaquim Pedro de Oliveira Martins
Nasceu em Lisboa em 30 de Abril de 1845, e
morreu em 24 de Agosto de 1894.
Devido à morte do pai, em 1857, não chegou a concluir o curso liceal, que o levaria à Escola Politécnica, para o curso de Engenheiro Militar, tendo que se empregar. Começou a trabalhar em casas comerciais, de 1858 a 1870, mas, nesse ano, devido à falência da empresa onde trabalhava, foi exercer funções de administrador de uma mina na Andaluzia, no Sul de Espanha.
Regressou a Portugal em 1874, para dirigir a construção da linha férrea do Porto à Póvoa de Varzim e Famalicão, tendo sido administrador da respectiva Companhia ferroviária. Em 1878 tornou-se sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, e em 1880 foi eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto, tendo sido nomeado, em 1884, director do Museu Industrial e Comercial do Porto. Exerceu ainda as funções de administrador da Régie dos Tabacos, da Companhia de Moçambique e fez parte da comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa.
A sua vasta obra começa com a publicação, em 1867, do romance Febo Moniz, de intenção política quanto ao federalismo ibérico. Junta-se ao grupo que se reúne na farmácia em que o seu amigo Sousa Martins trabalha, e em que participa Luciano Cordeiro. Por influência de Luciano Cordeiro colaborará no jornal A Revolução de Setembro, onde saem os seus primeiros artigos sobre história e política social. Colaborará também no Jornal do Comércio, escrevendo em Setembro de 1869 uma série de 5 artigos com o título «Do princípio federativo e sua aplicação à Península Hispânica» . É também desta época a publicação do opúsculo Teófilo Braga e o Cancioneiro e o Romanceiro Português (1869), que é fruto da correspondência trocada entre ambos, tendo como tema fundamental o iberismo e as tentativas de Oliveira Martins fazer teatro de intenção social. As peças que acaba por escrever (A Tragédia do Jogral, Afonso VI, O Abade e O Mundo Novo) nunca serão levadas à cena e algumas ainda se mantêm inéditas. Tentará também a poesia com o Traga-Mouros, sendo admitido, em princípios de 1870 no Cenáculo de Antero Quental e José Fontana.
Nesse ano, lança o jornal de feição socialista A República, com Antero, Eça de Queirós, Manuel de Arriaga, Luciano Cordeiro, Batalha Reis e Teófilo Braga, no mesmo ano em que o marechal Saldanha realiza o seu último golpe de estado - a Saldanhada. O jornal desaparece tão rapidamente como o governo do marechal, levando Oliveira Martins a ir viver para Espanha.
Em Espanha escreverá Os Lusíadas - Ensaio sobre Camões e a sua Obra, em relação à Sociedade Portuguesa e ao Movimento da Renascença (1872), que motivou uma larga polémica com Teófilo Braga sobre o moçarabismo, A Teoria do Socialismo - Evolução Política e Económica das Sociedades da Europa (1872), Portugal e o Socialismo - Exame Constitucional da Sociedade Portuguesa e a sua Reorganização pelo Socialismo (1873), colaborando nos jornais socialistas que os amigos de Lisboa vão lançando: Pensamento. Social, Democracia e República Federal.
Em 1874 vai viver para o Porto. Nos dois primeiros anos, entregue à empreitada do caminho de ferro não consegue escrever muito, tirando um ou outro artigo para a Revista Ocidental, publicação iberista que fundara e em que colaboraram Rodrigues de Freitas, Gomes Leal, Antero de Quental, Batalha Reis e onde Eça de Queirós publica a primeira versão de O Crime do Padre Amaro.
Não tendo conseguido ser escolhido pelo Partido Regenerador para ser apresentado às eleições, devido à recusa de Fontes Pereira de Melo, escreve A Reorganização do Banco de Portugal (1877), onde defende a existência de um banco emissor único, e no ano seguinte A Circulação Fiduciária, memória apresentada à Academia das Ciências de Lisboa. Nesse ano de 1878 publica também as Eleições, onde propõe a representação orgânica, e ainda O Helenismo e a Civilização Cristã..
Em 1878 e em 1879 concorre às eleições, no Porto, pelo Partido Socialista, tendo recebido 37 votos no primeiro ano e 40 na segunda tentativa, «numa cidade onde há 2.000 ou 3.000 operários fabris!», como comentaria. A impossibilidade de entrar na vida política, devido à recusa do Partido Regenerador, à debilidade do Partido Socialista e ao corte com o Partido Republicano, levam-no a lançar a Biblioteca das Ciências Sociais. O projecto, anunciado pela firma Viúva Bertrand & Comp. Sucs., destina-se ao público em geral, mas também ao estudantes do ensino secundário, e Oliveira Martins pretende realizá-lo sozinho.
Os primeiros volumes são a História da Civilização Ibérica, publicado em Maio de 1879, com uma tiragem de 500 exemplares, e logo a seguir, em Outubro, a História de Portugal. Até Outubro de 1884 irão seguir-se mais 7 volumes.
Entretanto, a partir de 1880, a sua vida pública progride rapidamente sendo eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto, escolhido para redigir o Relatório da Comissão de Inquérito Industrial do Norte do País e nomeado para a Comissão Reguladora dos Trabalhos dos Operários. Em 1884, António Augusto de Aguiar nomeia-o director da Escola e Museu Industrial e Comercial do Porto, ano em que publica o último livro da Biblioteca, a História da República Romana, em que descreve a vida de Júlio César. Em 1885, colige vários artigos dispersos por órgãos da imprensa nacional e lança, por intermédio do prefácio à compilação, o programa da «Vida Nova», de acordo com o dirigente do Partido Progressista, Anselmo Braamcamp, lançando um jornal - A Província - para divulgar o seu programa político. Mas Braamcamp morre nesse mesmo ano, e é substituído por Luciano de Castro, e o programa é rapidamente esquecido. De facto, em 1886, eleito deputado por Viana do Castelo e chamado Luciano de Castro a formar governo, não entrará no governo progressista porque as Finanças (a «Fazenda») são dadas a Mariano de Carvalho e ele recusa as Obras Públicas, não se criando para ele o ministério da Agricultura. Vinga-se apresentando nas Cortes um «Projecto de Lei sobre o Fomento Rural», mas que é rapidamente esquecido.
Funda a Companhia de Moçambique e passa da Província para a direcção de O Repórter, cargo que ocupa por pouco tempo. Em 1889, Mariano de Carvalho nomeia-o para a Régie dos Tabacos, cargo que ocupará durante dois anos. Tendo recusado a pasta da Fazenda, que lhe foi oferecida pelo novo rei, D. Carlos, representa o governo em diferentes conferências internacionais. Em Fevereiro de 1892 aceita finalmente a pasta das Finanças no ministério de Dias Ferreira. Trabalha afincadamente nos primeiros tempos, mas o presidente do conselho não gosta da sua independência. Entram em conflito e Oliveira Martins é obrigado a demitir-se. Vai para Londres, regressando nesse mesmo ano, tendo sido eleito deputado pelo Porto. Discursará em 6 e 7 de Fevereiro de 1893, explicando a sua passagem pelo governo. É eleito pela Câmara dos Deputados membro da Junta de Crédito Público. Dedica-se a escrever a Vida de Nun'Álvares e a preparar o Príncipe Perfeito. Já doente parte para Espanha, para se documentar sobre a Batalha de Toro, regressando bastante pior. Vai para Setúbal, onde escreve o 1.º capítulo de O Príncipe Perfeito. Morre em 24 de Agosto de 1894.
Tinha casado em 10 de Março de 1865 com Vitória de Mascarenhas Barbosa, não tendo tido descendência.
Fonte:
Joel Serrão (dir.)
Dicionário de História de Portugal,
Lisboa, Iniciativas Editoriais, s.d.
sexta-feira, 10 de março de 2017
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