Espaço de ajuda aos alunos nas várias disciplinas desde a Educação de Infância até ao Ensino Secundário
sábado, 15 de abril de 2017
sexta-feira, 14 de abril de 2017
Notícia - Já foram lidas todas as letras do genoma do orangotango
“Susie” é uma orangotango de Samatra que vive no Jardim Zoológico Gladys Porter, em Brownsville, no Texas. Até aqui nada de mais, só que Susie ficará na história quer da genética, quer da sua espécie: é o primeiro orangotango a ter o genoma lido de uma ponta a outra.
A sequenciação do genoma do parente mais afastado do homem entre os grandes símios — levada a cabo por cientistas de 34 instituições de vários países, incluindo os biólogos portugueses Rui Faria e Olga Fernando — chegou ao fim e amanhã, quinta-feira, é publicada a sua primeira análise na revista Nature.
Sequenciar um genoma significa ler as quatro letras do alfabeto genético ao longo da molécula de ADN. Essas letras — A, T, C, G — são, na realidade, pequenas moléculas dispostas na grande molécula de ADN, enrolada no núcleo de cada célula. Todo o livro da vida é escrito só com quatro letras, que comandam a produção das proteínas.
No caso de Susie, tratou-se de ler por completo os cerca de três mil milhões de pares de letras, um projecto liderado por Richard Wilson, da Universidade de Washington, em Saint Louis, nos Estados Unidos, que custou 20 milhões de dólares (14,6 milhões de euros). Tendo como referência a leitura do genoma deste representante dos orangotangos de Samatra (Pongo abelii), os cientistas partiram para o estudo menos pormenorizado do genoma de outros cinco orangotangos desta espécie e de cinco orangotangos do Bornéu (“Pongo pygmaeus”).
As espécies antepassadas dos orangotangos viveram por todo o Sudoeste da Ásia, mas os seus representantes actuais limitam-se às ilhas indonésias de Samatra e do Bornéu, cada uma albergando uma espécie distinta nas suas florestas tropicais. De facto, eles passam 95 por cento do tempo nas árvores: é aí que comem a sua fruta, que constroem os ninhos para dormir e quando se deslocam, geralmente muito devagar, fazem-no através das árvores.
Entre os resultados divulgados na Nature, a equipa revela que os orangotangos de Samatra e do Bornéu, ambos em risco de extinção, se tornaram espécies distintas há 400 mil anos, enquanto estudos anteriores estimavam que essa separação ocorrera há um milhão de anos.
Com o genoma dos orangotangos, poderá compreender-se melhor a árvore evolutiva dos humanos e dos grandes símios (chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos), que são os nossos parentes mais próximos.
Orangotangos e humanos (cuja sequenciação do genoma ficou concluída por completo em 2003) partilham 97 por cento do ADN, conclui a equipa. Com o genoma dos chimpanzés, lido em 2005, temos uma semelhança de 99 por cento, o que faz deles os nossos parentes mais chegados.
Diversidade genética
Para os orangotangos, estes estudos podem revelar-se valiosos para a conservação das duas espécies. Na natureza, restam cerca de 7500 orangotangos de Samatra e 50.000 do Bornéu, o que leva a União Internacional para a Conservação da Natureza a classificá-los, respectivamente, como “criticamente em perigo” e “em perigo”. Se persistirem os factores que os ameaçam, como a degradação da floresta onde vivem, estima-se que daqui a 30 anos tenham desaparecido das florestas.
A análise do genoma dos orangotangos mostrou que estes nossos parentes de pêlo ruivo têm uma grande diversidade genética — um aspecto importante, pois aumenta a capacidade de se manterem saudáveis e se adaptarem ao ambiente, refere um comunicado de imprensa da Universidade de Washington. Foram catalogadas cerca de 13 milhões de variações do ADN dos orangotangos, o que pode ser usado para avaliar a diversidade genética das populações na natureza e em cativeiro e, com esses dados, traçar planos de conservação consoante a sua saúde genética.
“O orangotango médio tem mais diversidade, geneticamente falando, do que o humano médio”, frisa o principal autor do artigo, Devin Locke, da Universidade de Washington. “Encontrámos grande diversidade tanto nos orangotangos de Samatra como do Bornéu, mas não é claro que este nível de diversidade possa manter-se se a desflorestação continuar ao ritmo actual”, alerta.
“A observação de que a espécie que apresenta actualmente baixos efectivos populacionais ser aquela que tem maior variabilidade genética, e logo a que terá tido um maior efectivo histórico, levanta questões interessantes do ponto de vista evolutivo”, diz-nos por sua vez Rui Faria, de 33 anos, que participou no projecto enquanto estava com uma bolsa de pós-doutoramento na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, onde um grupo foi convidado em 2007 a entrar neste estudo. Rui Faria, que trabalha em formação das espécies, já voltou ao Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto. Olga Fernando, aluna de doutoramento do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, continua na Universidade Pompeu Fabra.
“Pode ser que a variabilidade genética ‘escondida’ nalgumas espécies que actualmente apresentam baixos efectivos seja suficiente para que possam resistir a pressões ambientais — se forem eliminadas a tempo e logo as espécies não continuarem em declínio — e se adaptarem a novos ambientes”, acrescenta Rui Faria, para quem a participação neste mega-projecto foi uma “experiência única” pela sua dimensão. “Ser investigador em biologia evolutiva numa altura em que começamos a desvendar os segredos dos códigos escondidos no genoma é extremamente motivante e sem paralelo no passado.”
Mas o resultado que mais surpreendeu a equipa tem a ver com a lentidão com que o genoma dos orangotangos evoluiu por comparação com o dos humanos e chimpanzés. “Em termos evolutivos, o genoma do orangotango é bastante especial entre os grandes símios, no sentido em que tem sido extraordinariamente estável nos últimos 15 milhões de anos [quando se separaram do ramo que depois deu origem aos gorilas, humanos, chimpanzés e bonobos]”, diz Richard Wilson. “Em comparação, o genoma de chimpanzés e humanos teve rearranjos em larga escala, o que pode ter acelerado a sua evolução.”
E agora desvende-se um pouco como são os orangotangos. De todos os os símios, são os menos sociáveis: a única unidade social estável é entre mãe e filhos, que ficam com a progenitora até por volta dos dez anos. Tal como nós, escolhem os amigos: de alguns indivíduos gostam, de outros nem tanto. E tal como nós, também têm o seu lado aparentemente negro: neste caso é a violação, algo muito banal entre eles, a ponto de contribuir para cerca de metade de todas as relações sexuais dos orangotangos.
Conteúdo - Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade - Critérios
Em vários casos os seguintes critérios também devem estar presentes:
-Alguns sintomas de hiperatividade/impulsividade ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
-Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa).
-Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, académico ou ocupacional.
-Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo transtorno do humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo ou um transtorno da personalidade).
Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.
Pessoas com TDA-H têm problemas para fixar sua atenção pelo mesmo período de tempo que as outras, interessadamente. Crianças com TDA-H não têm problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDA-H prestariam. Crianças com TDA-H se sentem entediadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, conforme o entendimento da psicologia behaviorista.
Essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos, mais rápidos, em troca de uma recompensa imediata, embora menor, em vez de trabalhar por mais tempo em troca de uma recompensa maior que só estaria disponível mais tarde. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDA-H manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforço e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagradáveis e enfadonhas.
Conteúdo - Filosofia do século XIX
Geralmente se considera que depois da filosofia de Kant tem início uma nova etapa da filosofia, que se caracterizaria por ser uma continuação e, simultaneamente, uma reação à filosofia kantiana. Nesse período desenvolve-se o idealismo alemão (Fichte, Schelling e Hegel), que leva as ideias kantianas às últimas consequências.
A noção de que há um universo inteiro (a realidade em si mesma) inalcançável ao conhecimento humano, levou os idealistas alemães a assimilar a realidade objetiva ao próprio sujeito no intuito de resolver o problema da separação fundamental entre sujeito e objeto. Assim, por exemplo, Hegel postulou que o universo é espírito.
O conjunto dos seres humanos, sua história, sua arte, sua ciência e sua religião são apenas manifestações desse espírito absoluto em sua marcha dinâmica rumo ao autoconhecimento. Enquanto na Alemanha, o idealismo apoderava-se do debate filosófico, na França, Auguste Comte retomava uma orientação mais próxima das ciências e inaugurava o positivismo e a sociologia. Na visão de Comte, a humanidade progride por três estágios: o estágio teológico, o estágio metafísico e, por fim, o estágio positivo. No primeiro estágio, as explicações são dadas em termos mitológicos ou religiosos; no segundo, as explicações tornam-se abstratas, mas ainda carecem de cientificidade; no terceiro estágio, a compreensão da realidade se dá em termos de leis empíricas de “sucessão e semelhança” entre os fenómenos.
Para Comte, a plena realização desse terceiro estágio histórico, em que o pensamento científico suplantaria todos os demais, representaria a aquisição da felicidade e da perfeição. Também no campo do desenvolvimento histórico, Marx e Engels davam uma nova formulação ao socialismo. Eles fazem uma releitura materialista da dialética de Hegel no intuito de analisar e condenar o sistema capitalista.
Desenvolvem a teoria da mais-valia, segundo a qual o lucro dos capitalistas dependeria inevitavelmente da exploração do proletariado. Sustentam que o estado, as formas político-institucionais e as concepções ideológicas formavam uma superestrutura construída sobre a base das relações de produção e que as contradições resultantes entre essa base económica e a superestrutura levariam as sociedades inevitavelmente à revolução e ao socialismo. No campo da ética, os filósofos ingleses Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) elaboram os princípios fundamentais do utilitarismo.
Para eles, o valor ético não é algo intrínseco à ação realizada; esse valor deve ser mensurado conforme as consequências da ação, pois a ação eticamente recomendável é aquela que maximiza o bem-estar na coletividade. Talvez a teoria que maior impacto filosófico provocou no século XIX não tenha sido elaborada por um filósofo.
Ao propor sua teoria da evolução das espécies por seleção natural, Charles Darwin (1809-1882) estabeleceu as bases de uma concepção de mundo profundamente revolucionária. O filósofo que melhor percebeu as sérias implicações da teoria de Darwin para todos os campos de estudo foi Herbert Spencer (1820-1903). Em várias publicações, Spencer elaborou uma filosofia evolucionista que aplicava os princípios da teoria da evolução aos mais variados assuntos, especialmente à psicologia, ética e sociologia.
Também no século XIX surgem filósofos que colocam em questão a primazia da razão e ressaltam os elementos voluntaristas e emotivos do ser humano e de suas concepções de mundo e sociedade. Entre esses destacam-se Arthur Schopenhauer (1788-1860), Søren Kierkgaard (1813-1855) e Friedrich Nietzsche (1844-1900). Tomando como ponto de partida a filosofia kantiana, Schopenhauer defende que o mundo dos fenômenos – o mundo que representamos em ideias e que julgamos compreender – não passa de uma ilusão e que a força motriz por trás de todos os nossos atos e ideias é uma vontade cega, indomável e irracional. Kierkgaard condena todas as grandes elaborações sistemáticas, universalizantes e abstratas da filosofia. Considerado um precursor do existencialismo, Kierkgaard enfatiza que as questões prementes da vida humana só podem ser superadas por uma atitude religiosa; essa atitude, no entanto, demanda uma escolha individual e passional contra todas as evidências, até mesmo contra a razão.
Nietzsche, por sua vez, anuncia que “Deus está morto”; e declara, portanto, a falência de todas as concepções éticas, políticas e culturais que se assentam na doutrina cristã. Em substituição aos antigos valores, Nietzsche prescreve um projeto de vida voluntarista aos mais nobres, mais capazes, mais criativos - em suma, àqueles em que fosse mais forte a vontade de potência.
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Notícia - Aumentam os pedidos das autoridades portuguesas ao Google, Facebook e Microsoft
Com o aumento dos crimes cometidos pela Internet, aumentam também os pedidos de informação feitos pelas autoridades portuguesas às multinacionais tecnológicas. O objectivo é tipicamente obter dados sobre a identidade do utilizador ou sobre o conteúdo das contas nas redes sociais e noutros serviços online.
Entre Janeiro e Julho do ano passado (o período mais recente para o qual há dados), o Facebook, o Google e a Microsoft receberam, no total, 2035 pedidos de informação por parte das autoridades portuguesas. Trata-se de um aumento de 23% face ao mesmo período de 2015 e é mais do dobro do registado no último semestre de 2013, altura em que Portugal passou a pedir directamente a informação, sem ter de passar pelos canais internacionais. Os números, que são revelados periodicamente pelas próprias empresas, constam do recém-divulgado relatório de actividades do Gabinete do Cibercrime.
Aquelas três empresas são responsáveis por uma multiplicidade de serviços online. O Facebook, para além da rede social, é também dono do Instagram (uma plataforma de partilha de fotografias) e do WhatsApp (uma ferramenta de mensagens). O Google tem, entre outros, o Gmail e o YouTube. A Microsoft disponibiliza online serviços de email, de armazenamento de ficheiros e ferramentas de trabalho.
Um pedido feito pelas autoridades pode dizer respeito a mais do que uma conta. Mas as empresas tendem a ser cautelosas, uma vez que o fornecimento de informação pode traduzir-se em danos de imagem junto dos utilizadores, e muitos pedidos acabam por não produzir resultados, em parte devido a questões formais.
A este respeito, o relatório reconhece haver "margem para melhorar a eficácia nos procedimentos", mas nota que os resultados têm vindo a progredir. "Quanto à Google, a eficácia tem sido crescente, de semestre para semestre. No que respeita à Microsoft, a eficácia mantém-se em níveis muito bons. Já quanto aos pedidos ao Facebook, que têm sofrido um grande incremento (sendo, sobretudo, formulados por magistrados de secções não especializadas), esta operadora não tem fornecido dados em muitos dos pedidos que lhe são dirigidos." Os números de 2016 mostram que o Facebook forneceu dados em 49% dos pedidos (o que inclui três pedidos de emergência). O Google cedeu informação em 63% dos casos e a Microsoft, em 71%.
O Gabinete do Cibercrime refere ter abordado o Facebook. A multinacional, através da subsidiária irlandesa, justificou que as recusas de informação “correspondem em geral a casos em que os pedidos são formulados de forma errada ou deficiente”.
O relatório não faz referências ao Twitter, uma rede social que é muito mais pequena que o Facebook. De acordo com os números da própria empresa, as autoridades portuguesas fizeram nos primeiros seis meses do ano passado apenas três pedidos, nenhum dos quais resultou no fornecimento de dados.
Informação retirada daqui
Biografia - Marquesa de Alorna
Marquesa de Alorna, a 4ª desse título, nome de baptismo de Leonor de Almeida Lorena e Lencastre. Escritora, nasceu em Lisboa durante o reinado do rei D. José. Neta dos marqueses de Távora, e filha de D. João de Almeida Portugal, 2º marquês de Alorna e 4º conde de Assumar e de Dª Maria de Lorena, filha dos marqueses de Távora, suspeitos do atentado ao rei. Dos presumíveis implicados uns foram executados e Leonor, com a mãe e irmã encarceradas no convento de S. Félix em Chelas. Foi aqui que, desde pequena, a futura marquesa começou a ler e a instruir-se não desprezando a leitura de Bossuet, Fénelon, Boileau, Corneille e Racine, bem como Voltaire, d'Alembert, Diderot e o inglês Locke. Começou cedo a escrever poesia. Teve como mestre de latim Filinto Elísio (padre Francisco Manuel do Nascimento) e aprendeu Filosofia e Ciências Naturais. Tomou, como era uso no tempo, o nome literário de Alcipe. Leonor de Almeida Portugal saiu da prisão quando subiu ao trono D. Maria I. Tinha então vinte anos. Casou, em 1779 com o conde de Oeynhausen e em 1780 foram viver para a Viena de Áustria. Enviuvou, com 43 anos, em 1793 e ficou com seis filhos pequenos para cuidar. Regressou a Portugal e foi perseguida por Pina Manique, dadas as suas ideias liberais. Exilou-se em Londres entre 1804 e 1814. Foi escrevendo poemas que acompanhavam as angustiosas mudanças políticas no país, desde as invasões francesas à partida da família real para o Brasil. Esteve contra Napoleão o que não aconteceu com muitos fidalgos portugueses, incluindo a filha que foi amante de Junot. Herdou o título de marquesa, pela morte do irmão. D. Leonor de Almeida deixou seis volumes de "Obras Poéticas" com temas diversos, sendo de referir a importância das cartas particulares. Foi também tradutora de Lamartine, Pope, Ossian, Goldsmith, Young, entre outros. Alexandre Herculano fez-lhe o elogio fúnebre, considerando-a a "madame de Staël portuguesa."
Biografia retirada de O Leme
Biografia retirada de O Leme
Biografia - Cabral (José Bernardo da Silva Cabral, 1.º conde de)
n. 27 de julho de 1801.
f. 25 de março de 1869.
Fidalgo da Casa Real, pelo alvará de 21 de dezembro de 1843, bacharel formado em cânones pela Universidade de Coimbra, antigo juiz, ministro e secretário de Estado, deputado em diversas legislaturas, par do Reino, conselheiro de Estado efectivo, membro do Tribunal do Tesouro Público, presidente da comissão consultiva dos negócios relativos ao registro predial; comendador da ordem de N. Sr.ª da Conceição, por decreto de 21 de maio de 1840, grã-cruz de Carlos III, de Espanha, etc.
Nasceu em Fornos de Algodres a 27 de julho de 1801; faleceu no Paço do Lumiar a 25 de março de 1869. Era filho de António Bernardo da Silva Cabral, do conselho da rainha D. Maria II, comendador da Ordem de N. Sr.ª da Conceição, deputado, proprietário em Fornos de Algodres, e de sua mulher, D. Francisca Vitória Rebelo da Costa Corte Real, filha de Pedro Luís da Costa e de sua mulher D. Maria da Apresentação da Costa Rebelo.
Estudou na terra da sua naturalidade gramática Latina e filosofia com um padre da Congregação do Oratório, indo depois para Coimbra cursar o resto dos preparatórios. Matriculou-se na universidade em 1816, recebeu o grau de bacharel em 1821, e concluiu a formatura em junho de 1822. Voltou depois a Fornos de Algodres, onde concorreu para se organizar a Guarda Nacional. Entrando na política, tomou parte na revolta conhecida na história pela Vilafrancada, em 1823, mostrando logo grande energia e coragem, sendo a Guarda Nacional do seu comando o último a dissolver-se naqueles contornos. Dedicando-se então à advocacia, fez tirocínio durante dois anos em Senhorim com o jurisconsulto Joaquim de Almeida Novais, indo depois estabelecer-se em Linhares, passando mais tarde para o Porto, em 1826. Nesta cidade adquiriu grande fama como advogado, sendo sempre procurado para a defesa das causas mais importantes, especialmente em assuntos comerciais. Chegou a tal ponto a sua fama, que, apesar das Ordenações e leis determinarem que nenhum advogado fosse aos auditórios da relação do Porto sem prévia habilitação, o chanceler que servia de governador neste tribunal, concedeu-lhe, em maio de 1827, que advogasse. Silva Cabral aderiu à revolta liberal de 16 de maio de 1828, a qual, tendo-se frustrado, o obrigou a homiziar-se, podendo aparecer em público só no fim de vinte e cinco meses, por ter sido despronunciado por alçada. Assim que D. Pedro entrou no Porto, em 10 de julho de 1832, Silva Cabral foi oferecer-lhe os seus serviços, e sendo despachado juiz de fora de Viana, não chegou a tomar posse deste lugar por causa dos miguelistas, que começaram a apertar o cerco do Porto. Foi então nomeado em Novembro desse ano auditor da primeira divisão do exército libertador, passando em fevereiro de 1833 a juiz do crime do bairro de Santa Catarina, cargo a que ele ajuntou no mês seguinte o de superintendente das barreiras e chefe de toda a policia preventiva. Quando saiu do ministério o ministro da justiça Joaquim António de Magalhães, Silva Cabral pediu a exoneração dos cargos que exercia, e alistou-se no batalhão dos empregados públicos, tomando parte nas acções de 5 e 25 de julho de 1833. O duque da Terceira, depois de percorrer o Alentejo, sempre vitorioso, veio estabelecer o governo constitucional em Lisboa em 24 do referido mês de julho, tendo dado na véspera, na Cova da Piedade, a batalha em que morreu Teles Jordão. Animado com esta vitória, D. Pedro IV não tardou a vir também para Lisboa, onde entrou triunfantemente, e Silva Cabral, logo em agosto seguinte, partiu para esta cidade, por ter sido nomeado em 23 deste mês corregedor do crime do bairro do Rossio, cargo a que andava então anexo o de superintendente dos dízimos e impostos da freguesia de S. Nicolau. Nesta situação prestou muitos e valiosos serviços, e, terminada a campanha, voltou a exercer a advocacia no Porto, conservando-se estranho à politica, até que, realizando-se a revolução de setembro em 1836, foi convidado por uma comissão de cartistas para auxiliar este partido nas eleições de 1838. Exercendo então o cargo de secretário do centro cartista, trabalhou activamente contra o governo, e, recusando o diploma que os eleitores do Porto lhe ofereciam, veio afinal tomar assento na câmara dos deputados como representante do círculo de Guimarães, era 1840, conquistando logo um dos primeiros lugares como orador, pela sua palavra enérgica e vibrante. Começou então a tomar parte muito activa na política. Na revolta popular de 11 de agosto de 1840, colocando-se ao lado de seu irmão António Bernardo da Costa Cabral, ministro da justiça, e mais tarde conde e marquês de Tomar, tratou energicamente de debelar aquele movimento revolucionário. Em 1 de janeiro de 1841 foi nomeado curador geral dos órfãos no Porto, e concorreu muito para a restauração da Carta proclamada naquela cidade em janeiro de 1842; quando a junta, formada nessa ocasião, partiu para a capital, ficou Silva Cabral encarregado da segurança do Porto e das províncias do norte. Enquanto a junta se demorou em Coimbra, constando-lhe que se tratava de anular o movimento revolucionário, embarcou para Lisboa imediatamente, e, chegando antes da junta, removeu todos os obstáculos que se opunham aquela proclamação. Por decreto de 9 de março de 1842 foi nomeado membro do Supremo Tribunal de Justiça, e partiu para o Porto afim de preparar as eleições a favor do partido cartista, sendo então deputado por essa cidade e pela de Braga. Voltou de novo ao Porto; como governador civil, em janeiro de 1843, quando ali rebentaram uns motins populares, e conseguiu restabelecer a tranquilidade; em 1844 teve transferência no mesmo cargo para o distrito de Lisboa, e na revolta que se deu em Torres Novas, sufocou também o movimento revolucionário que se devia realizar na capital, podendo evitar que a ordem pública fosse alterada. Como governador civil adoptou então muitas e importantes medidas sobre salubridade publica, estatística, jogo, etc. Adoecendo seu irmão em maio de 1845, ficou-o substituindo nas pastas dos ministérios do Reino e da Justiça, sendo em 24 de Julho nomeado ministro efectivo da Justiça, e Negócios Eclesiásticos. Então decretou o regulamento das cadeias e os projectos da reforma judiciária. Organizando-se o Conselho de Estado, Silva Cabral foi nomeado conselheiro extraordinário na secção administrativa, por decreto de 11 de agosto do referido ano de 1845, passando a efectivo, por decreto de 26 de fevereiro de 1846. Quando em março seguinte se manifestaram os primeiros sintomas da revolta popular contra o governo do conde de Tomar, revolta conhecida por Maria da Fonte, a rainha D. Maria II enviou-o como seu lugar-tenente às provincial do norte, por carta régia de 21 de abril. Nesta comissão houve-se com a sua costumada energia e actividade. Caindo o ministério, de que fazia parte, pediu um ano de licença e saiu de Lisboa. Demorou-se algum tempo em Paris, e em consequência dos sucessos políticos que se seguiram, foi neste intervalo demitido do cargo de conselheiro de Estado. Chegou a Lisboa a 19 de abril de 1847, e logo recebeu uma portaria, em que o mandavam sair do reino no prazo de vinte e quatro horas, intimação a que não obedeceu; sendo pouco depois demitido o ministério, a portaria ficou sem efeito, Silva Cabral foi restituído ao cargo de conselheiro de Estado, e nas eleições seguintes saiu deputado por Vila Real, Porto e Lisboa. Vendo que os acontecimentos políticos tomavam uma feição diversa, passou à oposição, conservando-se sempre fiel aos seus princípios. Fundou o jornal O Estandarte, em que, apregoando a doutrina de ampla liberdade e de bem entendida economia, combateu no parlamento e na imprensa os dois ministérios que se organizaram até 1851. Rebentando neste ano o movimento da Regeneração, Silva Cabral não hostilizou a nova ordem de coisas; apesar de não ser eleito deputado nessa época, continuou na imprensa aconselhando o governo a que seguisse os princípios e regras que ele sempre tinha defendido. Notando, porém, que o ministério regenerador, presidido pelo marechal duque de Saldanha, se afastava destas máximas, que no seu pensar deviam servir de norma a todos os governos liberais, tornou se silencioso,. recolhendo-se à vida doméstica, exercendo unicamente o cargo de conselheiro de Estado. Depois da queda do ministério Saldanha voltou à política. Fundou o jornal Rei e Ordem, onde proclamou a urgente necessidade de reformas e de economias. Tornou à câmara dos deputados nas legislaturas de 1860, 1861 e 1864, sendo eleito pelo círculo de Odemira. Em 23 de fevereiro de 1867 foi nomeado par do Reino, tomando posse na respectiva câmara na sessão do dia 29, e por decreto de 24 de outubro, e carta de 7 de novembro do referido ano de 1867, agraciado como título de conde de Cabral em duas vidas. Pouco tempo, porém, sobreviveu a estas distinções, porque a morte o surpreendeu. O conde de Cabral casou no Porto a 19 de fevereiro de 1828, com D. Maria Emília Pereira da Silva, filha de Miguel António de Azevedo Pereira da Silva.
A sua biografia vem publicada nos Contemporâneos, escrita pelo falecido escritor Osório de Vasconcelos, e na Revista contemporânea, de Eduardo de Faria, n.º 7, ano de 1855. Além de muitos artigos insertos no Estandarte e no Rei e Ordem, e de muitos discursos incluídos nos Diários das camaras; publicou: Discurso sobre a desamortização dos bens da igreja, pronunciado pelo deputado. . . na sessão de 2 de agosto de 1860, Lisboa, 1860.
O seu brasão de armas consta dum escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, em campo de prata um leão de púrpura, armado de azul; na segunda as armas dos Cabrais, em campo de prata, duas cabras vermelhas, passantes, armadas de negro.
Biografia retirada daqui
Biografia - Jacobus Henricus van't Hoff
(1852 - 1911) Químico holandês, nascido em Rotterdam, fundador da estereoquímica. Estudou matemática, filosofia e ciências naturais, enquanto praticava esportes e dedicava-se à música e à poesia. Aos quinze anos matriculou-se no Hoogere Burgershool, onde foi atraído para o mundo da química. Entrou para a Escola Politécnica de Delft (1869) e depois estudou em Leiden. Em seguida, foi para Bonn e depois, com Kekulé, para Paris trabalhar no Laboratório de Wurtz e terminou sua tese de doutorado na Universidade de Utrech. Com o francês Joseph Achille Le Bel, criou a estereoquímica (1874). Tornou-se conferencista em física (1876) na Escola de Veterinária de Utrecht e iniciou sua carreira de professor universitário 1877) na Universidade de Amsterdã, onde ensinou química, mineralogia e geologia e consagrou-se como pesquisador.
Formulou os fundamentos da cinética química (1884) e a partir dos estudos de Wilhelm Pfeffer, formulou a teoria da osmose, no livro Estudos sobre a dinâmica quântica (1886).
Foi ensinar química em Leipzig (1887) transferindo-se, posteriormente, para a Universidade de Berlim (1896) a convite da Academia de Ciências da Prússia, ficando ali por cerca de dez anos (1896-1906), onde publicou vários artigos e os livros Lições de química teórica e físico-química e Fundamentos de Química. Ganhou o Prêmio Nobel de Química (1901) pelos enunciados das leis da dinâmica química e da pressão osmótica.
Professores de 1º e 2º Ciclo
Centro de estudos na zona de Labruge, Vila do Conde, procura professores para apoio ao estudo. Procuramos interessados nas áreas de 1º ciclo e 2º ciclo.
O horário são todas as tardes das 15h00 às 19h30.
Agradecemos o envio do CV para pedagogico@refugiodosnumeros.com
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Subscrever:
Comentários (Atom)








