domingo, 15 de outubro de 2017

Curiosidade - Anatomia Humana




Os seres humanos são animais membros da ordem dos mamíferos, subfilo dos vertebrados e do filo dos cordados. À semelhança de todos os cordados, o corpo humano apresenta em determinado momento do desenvolvimento simetria bilateral, corda dorsal, fendas branquiais e e um tubo neural. Nos seres humanos, as duas primeiras características estão presentes apenas durante a fase embrionária. 

À medida que o embrião se desenvolve, a corda dorsal dá lugar à coluna vertebral característica dos vertebrados, as fendas branquiais desaparecem completamente e o tubo neural dá lugar à espinal medula. À semelhança dos restantes mamíferos, o corpo humano apresenta como características proeminentes a presença de pelos, glândulas mamárias e sistema sensorial bastante desenvolvido. No entanto, apresenta também algumas diferenças significativas. 

É o único mamífero com postura bípede, o que modificou o plano corporal, e o cérebro é de longe o mais desenvolvido em todo o reino animal. O corpo humano adulto possui mais de 75 biliões de células. Cada célula é capaz de crescer, de metabolizar, de responder a estímulos e de se reproduzir, embora haja algumas exceções. Existem mais de 200 tipos diferentes de células no corpo humano que, em conjunto com a matriz extracelular, foram os quatro principais tipos de tecido: epitelial, muscular, nervoso e conjuntivo. 

Por sua vez, os tecidos formam órgãos individuais e cada órgão pode apresentar vários tipos de tecido. 

O tecido epitelial reveste a superfície do corpo, os órgãos internos, cavidades e passagens. Os tecidos musculares são contrácteis e constituem os músculos, enquanto que os tecidos nervosos constituem o sistema nervoso. 

O tecido conjuntivo liga as várias estruturas anatómicas entre si e é constituído por células bastante espaçadas. 

O corpo humano é constituído por nove sistemas orgânicos principais. 

O sistema tegumentar é constituído pela pele que reveste o corpo e as diversas estruturas a ela associadas, como os pelos, as unhas ou as glândulas sebáceas, e tem a função de proteger os outros órgãos. 

O sistema locomotor compreende os músculos esqueléticos e os ossos do esqueleto e tem função locomotora e de proteção dos órgãos internos. 

O sistema respiratório é constituído pelos pulmões, músculos da respiração e respetivas passagens e tem a função de extrair oxigénio do ar, fundamental para o metabolismo, devolvendo dióxido de carbono. 

O sistema circulatório ou cardiovascular é constituído pelo coração, vasos sanguíneos e sangue. O coração impulsiona a circulação do sangue, o qual tem a função de transportar oxigénio, nutrientes, células imunitárias, hormonas e resíduos entre as células das diversas partes do corpo. 

O sistema digestivo é constituído pela boca, esófago, estômago e intestinos e tem a função de processar os alimentos em nutrientes aproveitáveis pelo corpo, que são depois absorvidos pelo sangue ou pela linfa e os resíduos expulsos na forma de matéria fecal. 

O sistema excretor é constituído pelos rins, bexiga e respetivos canais e tem a função de remover os compostos de nitrogénio tóxicos da corrente sanguínea. 

O sistema endócrino é constituído pelos tecidos e glândulas que produzem hormonas, as quais atuam como uma rede de comunicações entre os vários sistemas. 

O sistema reprodutor, feminino ou masculino dependendo do sexo, é constituído pelos órgãos sexuais e permite a reprodução e a continuidade da espécie.

Manual - Documentos de Ampliação


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Programa - Biologia e Geologia - Novos programas do 10º ano - Programa da componente de Geologia


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Camaleão

Programa - Biologia e Geologia - Programa da Disciplina


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Biografia - Darwin

Powerpoint - A Medida do Tempo e a História da Terra



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Powerpoint - A medida do tempo e a História da Terra


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Powerpoint - A Medida do Tempo Geológico e a Idade da Terra


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Exercício - A Medida do Tempo, Idade da Terra


Integrada no tema introdutório à componente de Geologia, do programa de Biologia e Geologia (ano I), a abordagem aos métodos de datação e à idade da Terra, afigura-se importante para a compreensão do objecto da Geologia, da complexidade do trabalho dos geólogos e da necessidade de diferentes métodos e instrumentos de trabalho para o estudo da Terra. Eis alguns comentários de imagens integradas numa aplicação para quadros interactivos sobre a idade da Terra.
Exercício 1

O exercício seguinte permite explorar o Princípio da Sobreposição dos Estratos e as dinâmicas a que as rochas sedimentares estão sujeitas, nomeadamente a alternância entre ciclos de erosão e de sedimentação. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após indicação das localizações mais correctas...


Exercício 2

O exercício seguinte permite explorar o Princípio da Identidade Paleontológica e os métodos de datação relativa. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
 


Exercício 3

Este exercício permite a exploração dos métodos de datação absoluta, nomeadamente a datação radiométrica. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução.

Escrito por José Salsa

Exercício - A Medida do Tempo, Idade da Terra





Imagens de exercícios, extraídas da aplicação para QI "MEDIDA DO TEMPO, IDADE DA TERRA" 

Integrada no tema introdutório à componente de Geologia, do programa de Biologia e Geologia (ano I), a abordagem aos métodos de datação e à idade da Terra, afigura-se importante para a compreensão do objecto da Geologia, da complexidade do trabalho dos geólogos e da necessidade de diferentes métodos e instrumentos de trabalho para o estudo da Terra. Eis alguns comentários de imagens integradas numa aplicação para quadros interactivos sobre a idade da Terra.

Exercício 1

O exercício seguinte permite explorar o Princípio da Sobreposição dos Estratos e as dinâmicas a que as rochas sedimentares estão sujeitas, nomeadamente a alternância entre ciclos de erosão e de sedimentação. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após indicação das localizações mais correctas...


Exercício 2

O exercício seguinte permite explorar o Princípio da Identidade Paleontológica e os métodos de datação relativa. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução, após deslocação dos termos para as posições correctas...
 


Exercício 3

Este exercício permite a exploração dos métodos de datação absoluta, nomeadamente a datação radiométrica. As imagens seguintes mostram o exercício e a sua resolução.

Escrito por José Salsa

Conteúdo - Gottfried Wilhelm Leibniz - O Argumento Ontológico de Leibniz - post demonstrationem


Com a demonstração da afirmatividade e da compatibilidade entre atributos afirmativos não-analisáveis, Leibniz prova que é possível conceber um ser perfeito dotado de todos os atributos afirmativos sem incorrer em contradição; tal ser é Deus pela sua própria definição, e uma vez que Deus possui todas as qualidades, não lhe pode faltar a existência, logo está provada a existência de Deus a partir de sua própria definição.

Imagem - Dieta Mediterrânica - Roda dos Alimentos Mediterrânica


Desenhos para colorir - Primavera


sábado, 14 de outubro de 2017

Conteúdo - Autismo - Autismo e outras perturbações da Infância (Vídeo)


(Clique na Imagem)

"Autismo e outras perturbações da Infância" é o tema do Causa Pública desta 3ª feira. 

Especialista e Associações estão preocupados com o elevado número de casos de autismo no arquipélago dos Açores, por comparação com o continente. Para abordar a questão Víctor Alves convida o pediatra Nuno Lobo Antunes e Luísa Mendes, mãe de uma criança poertadora de autismo.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

EFA - STC - Exercício - Meios de Transporte e o Homem: uma Breve História - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Desde os primeiros tempos da sua existência que o homem reconheceu a necessidade de se deslocar entre variados lugares. O uso do próprio corpo como força electromotriz limitava a capacidade humana de se deslocar de um local para outro e de transportar os seus bens com facilidade. Com a evolução natural, necessitou de meios que lhe permitissem deslocar-se entre dois lugares cada vez com maior rapidez.

É por volta de 3000 anos antes de Cristo que temos os primeiros registros do advento da roda. Graças a este invento, o homem foi capaz de criar meios que lhe permitissem o acesso entre pontos muitas vezes distantes com tracção animal.

No mar, as primeiras embarcações eram movidas apenas pela força humana (remos), mas por volta do ano 3.000 a.C. embarcações dotadas de mastro com vela quadrada começaram a parecer no Egipto. Ao longo do tempo, a navegação a vela foi evoluindo e, para travessias maiores, os remos foram abandonados.

Durante muito tempo, a força muscular e o vento constituíram o principal meio de propulsão das embarcações terrestres e marítimas. Mas as distâncias muitas vezes excessivas levaram a que a mente humana não parasse por aqui. Assim, o homem viu-se na necessidade natural de evoluir, e é graças à revolução industrial que surgem os primeiros engenhos com motores a vapor.

O aparecimento da máquina a vapor originou uma revolução nos transportes (barcos e locomotivas a vapor e mais tarde os caminhos de ferro). Em 1711 o francês Nicolas-Joseph Cugnot criou um veículo de três rodas movido a vapor, que seria um antecedente rudimentar dos automóveis modernos. Desde a invenção de Cugnot, muitos foram os esforços ao longo do século XIX para melhorar as linhas e o desempenho deste tipo de veículos. Todos esses projectos baseavam-se no uso de caldeiras a vapor como fonte de propulsão. Contudo, a pouca segurança, autonomia e a reduzida potência dos veículos a vapor levou ao desenvolvimento de novos sistemas de propulsão.

No final do século XIX uma nova e decisiva descoberta iria acontecer: o motor de combustão interna (motor de explosão). O aparecimento do automóvel coincide, praticamente, com a descoberta do motor de combustão interna

Podemos dizer que o motor de explosão interna se desenvolveu a partir da máquina a vapor. O autor deste invento, o belga Etienne Lenoir, conseguia assim um motor que, apesar de consumir grandes quantidades de gás, ser lento e pouco potente, passou a ser produzido em série, tornando-se o primeiro motor de combustão interna a fazer, de facto, concorrência à máquinas a vapor. Só vinte e cinco anos mais tarde (1885) surgia o motor a gasolina. O mérito da criação do automóvel propriamente dito, com motor a gasolina, foi creditado aos engenheiros alemães Carl Benz e Gottlieb Daimler. Ambos construíram, o primeiro em 1885 e o segundo em 1886, veículos que hoje são considerados os primeiros automóveis, mais tarde aperfeiçoados.

O motor diesel aparece, pela primeira vez, em 1890, na Grã-Bretanha, cinco anos após a descoberta do motor a gasolina. O seu inventor, Herbert Stuart, viu, dois anos depois, a sua máquina ser aperfeiçoada pelo engenheiro mecânico alemão Rudolf Diesel, passando a ser o motor deste o primeiro a ter ampla utilização.

Actualmente, além de transportes terrestres e marítimos cada vez mais rápidos e cómodos, todos os dias milhares de aviões cruzam os céus, permitindo que passageiros e mercadorias percorram enormes distâncias. O desenvolvimento tecnológico permitiu uma melhoria nas acessibilidades, diminuindo a distância-tempo e a distância-custo. Esta é uma característica fundamental do nosso tempo, contribuindo para mudanças profundas que aumentaram em grande escala as possibilidades de mobilidade e tornaram os meios de transporte acessíveis a um crescente número de pessoas.


Actividade I:

1- Com base no texto que acabou de ler identifique os meios de propulsão utilizados ao longo do tempo;

Manual - Criação de uma folha


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Biografia - Nicolas Sadi Canot


(1796 - 1832) Físico e engenheiro francês nascido e morto em Paris, considerado o fundador da ciência da termodinâmica. Filho mais velho de uma importante figura da Terceira República Francesa, o grande matemático Lazare Carnot, tio dos irmãos Sadi Carnot (1837-1894), presidente da França (1887-1894), e de Adolphe Carnot, químico da Académie des Sciences (1895). Estudou na Escola Politécnica e (1827) assumiu o posto de capitão de engenharia no Exército francês. Trocou a carreira militar para se dedicar às pesquisas científicas.

Considerado o fundador da ciência da termodinâmica, a partir de sua famosa tese Réflexions sur la puissance motrice du feu et sur les machines propres à développer cette puissance (1824), demonstrando que o rendimento teórico máximo de qualquer máquina térmica não depende das propriedades dos fluidos e sim das temperaturas dos corpos entre os quais se processa em última instância a transferência de calor - o princípio de Carnot ou segunda lei da termodinâmica, que constituiria mais tarde a base da termodinâmica. Embora básica para o progresso da termodinâmica, sua obra permaneceu ignorada por seus contemporâneos durante cerca de dez anos, até que Émile Clapeyron a divulgou no Journal de l'École Polytechnique.

Notícia - A maior cobra do mundo foi descoberta na Colômbia e pode dar importantes pistas sobre o clima

Tão grande como um autocarro e tão pesada como um pequeno carro. Esta é a descrição no comunicado que anuncia o achado recordista que hoje merece destaque na revista Nature. É a maior cobra do mundo

É sul-americana, pesava 1,140 quilogramas e media 13 metros desde o nariz até à ponta da cauda. Viveu na Colômbia há já cerca de 60 milhões de anos. Uma equipa de cientistas recuperou os restos daquela que será a maior cobra que terá existido à face da terra e relata os pormenores do achado na edição da Nature. Os seus descobridores chamaram-lhe Titanoboa cerrejonensis e acreditam que o tamanho animal pré-histórico pode fornecer pistas importantes sobre o clima e a evolução dos ecossistemas.

“O tamanho é surpreendente. Mas a nossa equipa quis dar um passo em frente e questionou: que temperatura a Terra teria de ter para que um corpo deste tamanho conseguisse sobreviver?”, refere David Polly, geólogo da Indiana University Bloomington, num comunicado que anuncia a descoberta. O especialista é o responsável pela estimativa do tamanho do animal, que fez a partir da análise de uma da vértebras do fóssil. David Polly é apenas um dos elementos da vasta equipa de especialistas que se dedicou ao estudo destes monstruosos restos mortais encontrados na mina de carvão de Cerrejon, no norte da Colômbia.

O paleontólogo Jason Head, da University of Toronto-Mississauga e que é o principal autor do artigo publicado na Nature, juntou os dados recolhidos para chegar à conclusão que a temperatura na região onde a cobra viveu há aproximadamente 60 milhões de anos oscilava entre os 30 a 34 graus celsius (86 a 93 Fahrenheit). A estimativa revela um clima tropical mais quente no passado, mais cerca de cinco graus que o máximo verificado actualmente nesta região. “O ponto chave nesta descoberta é funcionar como ponto de partida para reconstruções climáticas muito precisas. Vai ajudar a perceber como os ecossistemas respondem às mudanças climáticas e a entender melhor o que acontece quando as temperaturas aumentam e diminuem. É, obviamente, um conhecimento muito relevante no actual momento de mudanças climáticas”, afirma Head.

“Estes dados desafiam as teses que dizem que a vegetação tropical vivia muito perto de um clima óptimo e tem implicações profundas na compreensão do efeitos que o actual aquecimento global tem nas plantas tropicais”, nota ainda Carols Jaramillo, especialista no Smitihsonian Tropical Research Institute

“Os ecossistemas tropicais na América do Sul eram muito diferentes há 60 milhões de anos”, conclui Jonathan Bloch, paleontólogo da University of Florida e Florida Museum of Natural History, acrescentando: “Era uma floresta tropical, como hoje, mas era ainda mais quente e estes animais de sangue-frio eram todos substancialmente maiores. O resultado foi, entre outras coisas, a maior cobra que o mundo já viu... e, esperamos, a maior que alguma vez verá”. A Titanoboa foi classificada como uma cobra não venenosa, numa categoria onde também se encontram as boas ou as anacondas.


Andrea Cunha Freitas

Biografia - Friedrich Herman von Schomberg

n: 16 de Dezembro de 1615 em Heidelberg, Palatinado (Alemanha)
m: 1 de Julho de 1690, na Batalha do Boyne (Irlanda)

Schomberg é o paradigma do soldado mercenário do século XVII. Filho do Marechal do Palácio de Frederico V, Eleitor Palatino, e de Ana, filha do 5.º Lord Dudley, serviu no exército holandês de Frederico Henrique de Orange em 1633. No ano seguinte transferiu-se para o exército sueco comandado por Bernardo de Saxe-Weimar, e em 1635 foi  para o exército francês, tendo comprado uma companhia num regimento alemão. Em 1639, voltou ao exército holandês onde tinha adquirido o posto de coronel, tendo entretanto sucedido nas propriedades da família e casado. Em 1650 estava ao serviço do Cardeal Mazarino durante as guerras civis da Fronda em França, sendo-lhe dado o posto de Marechal de Campo em Outubro de 1652, sendo tenente general três anos mais tarde. Ao serviço do exército francês participou, com o Marechal Turenne, na Guerra contra a Espanha e o Príncipe de Condé.
Devido à assinatura em 1659 da Paz dos Pirinéus entre a França e a Espanha, veio para Portugal.

Em 24 de Agosto de 1660, assinou o contrato para servir como mestre-de-campo General do Alentejo, e comandante das tropas estrangeiras em Portugal, tendo chegado a Lisboa no dia 13 de Novembro seguinte. Tinha-se demorado devido a ter ido à Alemanha, para se despedir da mulher, e a Inglaterra para discutir o apoio militar a dar pela Inglaterra a Portugal, no seguimento das conversações que iriam dar à assinatura do tratado de paz e aliança entre Carlos II de Inglaterra e D. Afonso VI de Portugal, de 23 de Junho de 1661 . Esteve em Lisboa até Janeiro de 1661, após o qual se dirigiu para o Alentejo, em inspecção das praças de guerra da província.

Participou em todas as campanhas e batalhas importantes que se realizaram no Alentejo de 1661 a 1668, nunca exercendo de jure, o comando do exército no Alentejo, para o qual tinha sido contratado.

Segundo Hagner, traduzido do alemão pelo general Dumouriez, o seu contributo para o desenvolvimento da arte da guerra em Portugal, foi o ensinar o exército a acampar em formação de combate, o que fazia com que as saídas dos campos fossem muito mais rápidas. Introduziu também a organização regimental francesa, com efectivos mais reduzidos, o que levou ao desdobramento dos antigos terços criados logo a seguir à Restauração, que teve que ser posta em prática devido à compatibilização com a táctica utilizada pelas forças militares aliadas de Portugal, vindas de Inglaterra e França. E claro, ajudou a introduzir a moda francesa, com utilização da casaca em vez do gibão, à la Schomberg como ficou conhecida em Portugal.

Regressou a França em 1668 tendo-se naturalizado francês. Em 1673 foi enviado a Inglaterra para ajudar Carlos II a organizar um exército de invasão da Holanda, mas regressou rapidamente a França para aconselhar Luís XIV no cerco da cidade de Maastricht em Junho desse mesmo ano. Em 1675, devido à morte de Turenne tornou-se um dos oito Marechais de França, sendo já duque. Em 1685, devido à revocação do Édito de Nantes, que tinha dado a liberdade religiosa aos protestantes, teve de abandonar a França. Veio residir para Portugal, indo mais tarde servir Frederico Guilherme de Brandemburgo, o "Grande Eleitor."  Em 1688 foi emprestado, comandando um corpo de tropas "prussiano", a Guilherme de Orange e, em Novembro, foi nomeado 2.º comandante do exército que invadiu a Inglaterra, a pedido do Parlamento inglês, e destronou Jaime II. Naturalizado inglês em Agosto de 1689, foi-lhe dado o título de Duque de Schomberg entre outros, sendo nomeado Comandante-em-Chefe do Exército inglês que invadiu a Irlanda, que se tinha levantado em defesa de Jaime II. Morreu na célebre batalha do Boyne.

Fontes:
Général Dumuriez,
Campagnes du Maréchal de Schomberg,
depuis l'année 1662 jusqu'en 1668,
Londres, Cox, Fils et Baylis, 1807.

John Childs, 
«Marshal Schomberg. A Patriot for whom ?», 
History Today, volume 38, July 1988, pags. 46-52