domingo, 21 de janeiro de 2018

Protocolo - "Os objectos e as superfícies contêm microrganismos"


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Não há renovação à vista, profissão continuará envelhecida


Estima-se que cerca de 30 mil professores se reformem nos próximos 15 anos e apenas 13 mil entrem no sistema. Nos próximos dois anos, ainda haverá contratação de docentes, depois disso é previsível que o acesso aos quadros volte a fechar. Isabel Flores, doutoranda em Políticas Públicas, faz contas e apresenta estimativas e cenários.

A profissão docente tende a permanecer envelhecida e a renovação dos quadros não se vai verificar. A quebra da natalidade tem um impacto expressivo no sistema de ensino e haverá uma diminuição do número de docentes necessários nas escolas, mesmo num cenário de manutenção do rácio aluno/professor. “Esta situação só poderá ser invertida se a procura aumentar, o que só poderá ocorrer com uma aposta na educação de adultos, elevando por esta via a taxa de frequência escolar. Após 2030 ainda não é possível fazer previsões, dado que os alunos ainda não nasceram, e é possível que a situação se altere, caso a taxa de natalidade aumente nos próximos anos”, refere Isabel Flores, doutoranda em Políticas Públicas no ISCTE e na Universidade Aberta, no seu texto “Professores: Uma Profissão sem Renovação à Vista”, publicado no mais recente relatório sobre o estado da educação do Conselho Nacional de Educação (CNE). 

Os dados disponíveis permitem fazer previsões. O número de professores no 3.º Ciclo e Secundário deverá passar de cerca de 74 mil em 2015 para pouco mais de 57 mil em 2030, menos 17 mil, o que representa uma queda de 22% no emprego nesta área, percentagem semelhante à diminuição do número de alunos. Estima-se que cerca de 30 mil professores se reformem nos próximos 15 anos e apenas 13 mil entrem no sistema. 

Nos próximos dois anos, ainda se prevê que haja contratação de professores. “Em 2017/2018 abriram cerca de 3000 vagas para professores do quadro, o que de alguma forma retrata esta previsão. Nos próximos dois anos poderá acontecer algo de similar para mais 6000 professores. É calculável que o acesso ao quadro voltará a estar fechado após este período, pois assistir-se-á a uma acentuada diminuição do número de alunos, reflexo de que as baixas taxas de natalidade da última década começam a refletir-se no 3.º Ciclo e Secundário”, adianta a autora do texto. 

Há mais estimativas no estudo de Isabel Flores. A contratação de novos professores não será necessária até perto de 2030, altura em que previsivelmente será justificável o ingresso de um total de mais 3000 professores. Nos próximos 10 a 15 anos, a população docente vai reformar-se em massa. Dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), relativos a 2016, mostram que o envelhecimento dos docentes do 3.º Ciclo e Secundário é acentuado – metade dos professores de Português têm mais de 50 anos e os professores com menos de 30 anos são absolutamente residuais no sistema. Trinta e cinco por cento dos professores de Matemática, Física/Química e Biologia/Geologia têm mais de 50 anos – esta percentagem é mais baixa em Educação Física, com 20% com mais de 50 anos. 

Ajustar oferta e procura 
“A atual estrutura etária dos professores poderá conduzir à rápida carência de professores nos diversos grupos de recrutamento nos próximos anos. Os grupos mais afetados serão os dos professores de Português e de Matemática”, revela a doutoranda. Se não forem feitas novas contratações, o número de professores de Português diminuirá de cerca de 9500 em 2015 para pouco mais de 5 000 em 2030 e para pouco mais de 3000 em 2035. As restantes disciplinas também sofrerão reduções, mas numa proporção menos acentuada. Por isso, na sua perspetiva, é fundamental traçar uma previsão a 15 anos de forma a adequar a oferta à procura no sistema de ensino. 

Ajustar procura e oferta é essencial. A dimensão do corpo docente deve estar adequada à quantidade de alunos. O número de alunos no 3.º Ciclo e Secundário sofrerá uma quebra acentuada dentro de dois anos, prevendo-se que a procura destes níveis de ensino se situe um pouco acima de 650 mil alunos em 2025, continuando a baixar para pouco mais de 550 mil em 2030. Feitas as contas, em relação a 2015, serão menos 150 mil alunos a frequentarem esses níveis de ensino, uma queda de 22%.

Neste momento, há cerca de um professor por cada 10 alunos no 3.º Ciclo e Secundário. Manter esse rácio dependerá da contratação de professores de forma faseada. “Assim, serão necessários mais cerca de 13 mil professores no sistema, a trabalhar em pleno até 2030: 9000 até 2020; apenas perto de 500 entre 2020 e 2025 e mais 3400 entre 2025 e 2030”. “O número total de professores no sistema irá, de qualquer forma, ser bastante inferior ao atual espelhando a diminuição da população em idade escolar, que é apenas parcialmente compensada pelo aumento da escolaridade até aos 18 anos”, repara. 

E o aumento do rácio alunos/professor pode ser feito de uma de três maneiras: reduzindo o horário dos alunos, aumentando o número de horas letivas de cada professor, ou aumentando o número de alunos por turma. Nesta última opção, o Ministério da Educação não terá de contratar novos docentes nos próximos 15 anos. Este cenário significaria uma acentuada diminuição no orçamento de Estado destinado à Educação. Em 2016, o ME dispunha de 5847,3 milhões de euros e a despesa com salários era responsável por 70% desse valor, em que a maior fatia é destinada aos professores. Se o número de professores diminuir em 40%, o orçamento de Estado poderá cair cerca de 20%, mesmo tendo em conta as atualizações salariais. Esta quebra poderá significar uma poupança na ordem de 1,2 milhões de euros.

Mesmo sem qualquer alteração na gestão de professores, horários e turmas, o orçamento de Estado com a Educação tenderá a emagrecer cerca de 10% nos próximos 15 anos, por via da diminuição do número de docentes em mais de 20%, que resultará do decréscimo do número de nascimentos, que tem estado estabilizado entre 80 mil e 85 mil crianças por ano desde 2013. 

Português, o maior problema 
Será na disciplina de Português que a necessidade será maior e mais urgente. O rácio alunos/professor em Português é de 78 no 3.º Ciclo e Secundário, o que significa que, em média, cada professor leciona três a quatro turmas. Os professores desta disciplina representam 13% de todos os professores do Secundário. Estima-se, portanto, que nos próximos 15 anos serão necessários cerca de mais 2100 professores de Português, e o maior número deve ser contratado até 2020, devido à previsível quantidade de reformas e numa altura em que a escola ainda não reflete a quebra de alunos. “No período seguinte não serão necessários mais professores e só voltará a ser essencial contratar no período 2025-2030. Aí prevê-se somente a entrada de 650 novos professores, o que representa pouco mais de 100 por ano.”

Matemática tem uma necessidade mais faseada e em menor quantidade, até porque nem todos os alunos do Secundário frequentam esta disciplina. O rácio alunos/professor em Matemática é de 92 e nos próximos 15 anos serão necessários mais cerca de 1300 professores, sendo o maior número contratado até 2020, ou seja, um pouco mais de 800. “No período seguinte serão necessários somente 100 professores e só voltará a haver potenciais contratações no período que vai de 2025 a 2030 e ainda assim apenas 300. Os 8000 professores de Matemática atualmente no sistema serão reduzidos para cerca de 6300”, avança Isabel Flores.

Em Física e em Química haverá necessidade de uma menor quantidade de professores, cerca de mil nos próximos 15 anos, a maior fatia terá de ser contratada até 2020. Os 5800 professores de Físico e Química atualmente no sistema serão reduzidos para cerca de 4500. Em Biologia e em Geologia, o cenário não será muito diferente, menos mil professores nos próximos 15 anos. Os atuais 5700 professores serão reduzidos para cerca de 4450. Em Educação Física, a necessidade será ainda menor. Pouco mais de 500 nos próximos 15 anos, sendo o período de maior contratação até 2020. No período seguinte somente meia centena acederá ao sistema e só voltará a ser necessário contratar, e apenas 150, no período entre 2025 e 2030. Os professores de Educação Física são, em 2015, os menos envelhecidos de entre os grupos analisados. Os 5550 professores atualmente no sistema serão reduzidos para cerca de 4300. 

Só 1,5% dos alunos querem ser professores 
Nos últimos anos, os alunos portugueses têm tido bons desempenhos nas avaliações internacionais, contra várias expectativas, nomeadamente um país com dificuldades financeiras que interferem na capacidade económica dos agregados familiares. Segundo Isabel Flores, o sucesso dos estudantes “deve-se em grande parte à qualidade dos professores e ao esforço evidenciado pelas escolas na superação das dificuldades impostas por meios socioeconómicos desfavoráveis”. 

A qualidade do sistema educativo também passa por uma progressiva renovação e rejuvenescimento do corpo docente, mas dados recentes revelam que Portugal é um dos países da OCDE em que menos alunos querem ser professores. A percentagem é bastante baixa, 1,5%, e é entre os alunos mais fracos que emerge essa vontade. “São muito poucos, os alunos que aos 15 anos querem ser professores, mas ainda assim são demasiados, uma vez que o sistema não terá capacidade para absorver 1500 novos professores que, por hipótese, se formem todos os anos”, observa.

“Pode ser expectável que daqui a 10 ou 15 anos os professores recém-formados sejam poucos e escolhidos de entre os alunos com percursos académicos de desempenho mais fraco. Os professores têm uma responsabilidade definitiva na qualidade dos sistemas de ensino, sendo que apenas bons professores são capazes do rigor e inovação tão necessários à modernização da educação e à adequada preparação das crianças e jovens”, refere.

O sistema deve ser capaz de atrair os melhores. Isabel Flores lembra que na Universidade de Lisboa, em 2016, o último colocado na primeira fase entrou com 10,1 no curso de Português, sendo a média de candidatura de todos os candidatos de 12,23. Foram colocados apenas 33 alunos na primeira fase e 13 na segunda, e só dois alunos ingressaram com média superior a 15. 

“Trata-se de uma situação preocupante na medida em que os alunos, que estão a ingressar em cursos que permitem o acesso à profissão docente, manifestam fragilidades ao nível científico que podem não garantir a qualidade exigível aos poucos professores que irão entrar nos quadros dentro de 15 anos”, refere a doutoranda.  

Estimativas feitas, cenários traçados, tudo indica que a médio prazo não haverá necessidade de formar novos professores, já que o acesso à profissão irá manter-se bastante restrito nos próximos anos. “No melhor dos cenários, a necessidade de professores far-se-á sentir essencialmente nos próximos dois a três anos, sendo que entre 2020 e 2030 será preciso efetuar muito poucas contratações. Em 2016, dos 30 mil professores inscritos para subsídio de desemprego cerca de 15 mil terão sido colocados em contratos temporários. Ainda assim, existem outros tantos que são excedentários e que, no melhor dos cenários, poderão ser integrados nos próximos dois anos, caso se pretenda manter o rácio alunos/professor em 10.”

Informação retirada daqui

Conteúdo - John Locke - Filosofia política


A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo consentido, pelos governados, da autoridade constituída e o respeito ao direito natural do ser humano - à vida, à liberdade e à propriedade. Influencia, portanto, as modernas revoluções liberais: Revolução Inglesa, Revolução Americana e a fase inicial da Revolução Francesa, oferecendo-lhes uma justificação da revolução e da forma do novo governo. Locke costuma ser incluído entre os empiristas britânicos, ao lado de David Hume e George Berkeley, principalmente por sua obra relativa a questões epistemológicas. Em ciência política, costuma ser classificado na escola do direito natural ou jusnaturalismo.

Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais - direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. A falha do Estado de Natureza levam à tal invasão da propriedade e, devido a tal, cria-se um contrato social para que haja transição do Estado de Natureza à Sociedade Política. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões. Locke ainda diz que se o governo viola ou deixa de garantir o direito dos indivíduos à propriedade o povo tem o direito a resistência ao governo tirano. O que define a tirania é o exercício do poder para além do direito, visando o interesse e não o bem público ou comum.

Outra constante na obra de Locke é do papel dos poderes na organização do Estado, sendo o legislativo o poder supremo, sobrepondo-se ao executivo e federativo. Assim, há no Estado um poder limitado, pois quando esses órgãos criados pelo consentimento do povo falha no atendimento dos fins a que foram concebidos perdem a razão de ser, dando aos cidadãos o direito de revolução. Locke apresenta ainda o trabalho como o fundamento originário da propriedade, tendo o seu valor corrompido com a introdução do ouro e do comércio, gerando a distribuição desproporcional das riquezas entre os homens.

O contrato social, embora não se trate de um contrato físico histórico, como acontece com qualquer contrato, consistiria na transferência de poder dos indivíduos carecidos de proteção para um conjunto de instituições artificiais e avantajada de meios para punir os que violam a obediência a essas mesmas instituições. De forma generalizada, o contrato social é a relação entre o povo e seu governante.

Há alguns pontos de contato entre o pensamento lockiano e hobbesiano. Primeiro na condição natural em que o homem vivia inicialmente e na sua passagem para organização social através do contrato social. Porém, distingue-se por caracterizar esse estado natural do homem como pacífico, sendo o homem nele plenamente livre. Enquanto Hobbes coloca o medo da morte violenta como fonte da organização dos homens, Locke impõe a defesa da propriedade como principal fonte de formação do Estado. Esta propriedade já existia anteriormente à formação do Estado.

Dedicou-se também à filosofia política. No Primeiro Tratado sobre o Governo Civil, critica a tradição que afirmava o direito divino dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente independente das questões divinas. No Segundo Tratado sobre o Governo Civil, expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada, onde ele caracteriza a propriedade privada como tudo a que você atribui um valor e tenha conquistado por direito. É algo legítimo e todo indivíduo tem direito a tais conquistas, e assim como Locke sugeriu, o Estado teria uma função primordial de proteger esses direitos.

Para Bernard Cottret, biógrafo de João Calvino, contrastando com a história trágica da brutal repressão aos protestantes na França no século XVI e a própria intolerância e zelo religioso radical de Calvino em Genebra, o nome de John Locke está intimamente associado à tolerância. Uma tolerância que os franceses aprenderam a valorizar apenas na década de 1680, quase às portas do Iluminismo. Como Voltaire afirmou, a tolerância é, para os franceses, um artigo de importação. Bernard Cottret afirma: A tolerância é o produto de um espaço geográfico específico, nomeadamente o noroeste da Europa. Ou seja: a Inglaterra e os Países Baixos. E ela é, no final, em especial, a obra de um homem - John Locke - a quem o século XVII dedica um culto permanente.

Dentre os escritos políticos, a obra mais influente de Locke foi Dois Tratados sobre o Governo (1689). O Primeiro Tratado é um ataque ao patriarcalismo, e o segundo introduz uma teoria da sociedade política ou sociedade civil baseada nos direitos naturais e no contrato social. Segundo Locke, todos são iguais, e a cada um deverá ser permitido agir livremente desde que não prejudique nenhum outro. Com este fundamento, deu continuidade à justificação clássica da propriedade privada, ao declarar que o mundo natural é a propriedade comum de todos, mas que qualquer indivíduo pode apropriar-se de uma parte dele, ao acrescentar seu trabalho aos recursos naturais. Este tratado também introduziu a chamada "cláusula lockeana ", que resume a teoria da propriedade-trabalho de John Locke: os indivíduos têm direito de se apropriar da terra em que trabalham desde isso não cause prejuízo aos demais. O direito de se apropriar privadamente de parte da terra comum a todos seria pois limitado pela consideração de que ainda houvesse bastante [terra] igualmente boa e mais do que aqueles ainda não providos pudessem usar.  Em outras palavras, que o indivíduo não pode simplesmente apropriar-se dos recursos naturais mas também tem que considerar o bem comum.

No âmbito das Relações Internacionais, Locke aponta que estas fazem parte do estado de natureza, mas isso não quer dizer que há uma falta de legalidade (deveres e direitos) entre as comunidades políticas no cenário internacional. Sendo assim, o poder de fazer guerra não é sem restrições, obedecendo às diretrizes da política interna, que trata dos interesses locais dos cidadãos, quanto à Lei Natural, caracterizada pela garantia da preservação da comunidade civil e da humanidade.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Notícia - O medronheiro como cultura sustentável


1. Características da espécie e área potencial de cultivo
O medronheiro ou ervedeiro, espontâneo em Portugal, pertence à espécie Arbutus unedo L. da família Ericaceae e distribui-se pela Bacia do Mediterrâneo, em quase todo o território da Península Ibérica e na parte sudoeste e noroeste da Irlanda.

O medronheiro apresenta porte arbustivo ou arbóreo (até 12 m), com folhas persistentes que se renovam maioritariamente durante a primavera. Esta espécie tem a particularidade da floração e da frutificação coincidirem na época outono-invernal.

As flores, de cor branca ou rosada, produzidas em panículas terminais pendentes, são polinizadas por insetos, maioritariamente abelhas. Os frutos são bagas com 10-20 mm de diâmetro e iniciam a maturação a partir de outubro, evoluindo a sua coloração do verde ao amarelo colhendo-se quando estão vermelhos.

As plantas espontâneas encontram-se em encostas e vales, sombrios ou soalheiros, fazendo parte de matos xerofílicos, bosques perenifólios, acompanhando azinheiras e sobreiros.

A sua abundância no terreno indica-nos a sua preferência pelo tipo de solo e de clima. No entanto, parece ser que o clima exerça maior influência na sua distribuição, pois vegeta em vários tipos de solo, bem drenados, com valores de pH desde o ácido ao alcalino, mas é mais frequente em solos de origem siliciosa.

A principal característica da espécie no que se refere às condições climáticas é a sua grande resistência à secura do solo e da atmosfera e às temperaturas elevadas na época estival.

A temperatura média anual deve ser superior a 12,5 ºC, sem geadas fortes, nem ventos frios. A precipitação anual deve situar-se entre os 500 e 1400 mm. A sua capacidade de resistir às condições climáticas prevalecentes na época estival deve-se sobretudo, às características morfológicas foliares e à estrutura do aparelho fotossintético no sentido de conservar um adequado teor hídrico nos tecidos.

A plantação de medronheiros para produção de fruto deve ter em conta as características ecológicas, evitando solos e locais que à partida se sabe que vão ser desfavoráveis à produção.

2. A investigação e a experimentação feitas pelo INIAV
Em Portugal, até há poucos anos, os medronheiros eram plantas espontâneas, tratadas como plantas florestais, das quais se colhiam os frutos para obter aguardente (medronheira). Devido à dificuldade em recolher os frutos e ao elevado custo desta operação e na perspetiva de fomentar o consumo de medronho em fresco ou o desenvolvimento de novos produtos à base do fruto, iniciaram-se plantações ordenadas desta espécie.

Os investigadores do INIAV têm vindo a desenvolver ações de investigação e experimentação, em parceria com outras entidades e universidades, no sentido de difundir pelos produtores, conhecimentos e as melhores práticas a adotar na cultura do medronheiro.

Informação retirada daqui

Notícia - Vila de Rei debate Agricultura Biológica


A Pinhal Maior – Associação para o Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul, em parceria com o Município de Vila de Rei e a equipa do CLDS 3G, organiza a 16 de fevereiro pelas 18h30, uma sessão de divulgação sobre a temática “Agricultura Biológica”.

A iniciativa, de entrada livre, vai ter lugar na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires e pretende mostrar as vantagens de desta forma de produção agrícola onde não são utilizados fertilizantes químicos ou pesticidas de síntese.

Os produtos de agricultura biológica destacam-se por ter um melhor sabor e valor nutritivo, contribuindo igualmente para conservar e melhorar a fertilidade do solo e a biodiversidade global dos ecossistemas agrícolas. 

Informação retirada daqui

Notícia - UE: 300 mil pessoas abandonaram em 2016 o setor agrícola


O emprego no setor agrícola tem vindo a descer apesar do aumento em geral, de acordo com os indicadores de contexto da Política Agrícola Comum para 2014-2020, que a Comissão Europeia publicou com os últimos dados disponíveis de 2016.

A economia europeia está a recuperar da crise de 2008 e o emprego global aumentou gradualmente até 66,6% em 2016, comparando com os 65,6% em 2015.

As tendências são semelhantes em todo o tipo de áreas, incluindo as rurais, urbanas, suburbanas e cidades.

Assim, o emprego na agricultura diminuiu ligeiramente em 2016 com um total de 8,9 milhões de pessoas empregadas nesse setor em comparação com 9,2 milhões em 2015.

Este setor representa 3,9% do emprego total em 2016, contra do 4,2% em 2015.

Dos 28 estados-membros, a Roménia, Grécia e Polónia têm a maior proporção de trabalhadores agrícolas do total de emprego com, respetivamente, 22,5; 11,9 e 10% em 2016.

Ao mesmo tempo, o rendimento agrícola começou a reduzir ligeiramente depois de recuperar da crise e alcançar um novo máximo em 2013.

Em termos de rendimento agrícola, ou seja, remuneração de todos os fatores de produção, nomeadamente, terra, capital e trabalho, tendo como o valor da produção menos os custos variáveis, a depreciação e os impostos sobre a produção, mais os subsídios à produção, os rendimentos foram de 144,709 milhões de euros em 2016, um ligeiro aumento em comparação com 2015, mas menos seis por cento que em 2013.

Informação retirada daqui

Notícia - A groselha


A Bagas de Portugal C.R.L. é uma cooperativa de produtores de pequenos frutos. Fundada em janeiro de 2016, tem a sua sede em Sever do Vouga, muito embora os seus cooperadores sejam oriundos de todo o Portugal continental. Esta cooperativa pauta a sua ação pela intervenção em todas as fases de produção, do planeamento à comercialização/ transformação.

Só neste pressuposto é possível dar a conhecer uma opinião produtor/ comercializador, na qual se abordam os dois lados que comunicam frequentemente com um só objetivo: produzir fruta de qualidade.

As plantas de groselha atingem entre 1 e 2 m de altura, podem produzir 3-4 kg por planta, mas só uma parte dessa produção é considerada apta para a comercialização em fresco.

Da experiência com os nossos produtores de groselha, verificamos que esse valor pode chegar aos 50%. A colocação de redes de proteção anti-pássaros também contribui para baixar a temperatura no pomar. Sabemos que temperaturas superiores a 30° danificam as folhas e, consequentemente prejudicam a produção, tanto em qualidade como em quantidade.

A comercialização assenta na qualidade e quantidade da fruta produzida e na estratégia de mercado. Antes de mais, é preciso produzir cachos de groselha com mais bagos, de melhor calibre e o mais cedo possível. É ainda essencial articular o transporte do campo até à prateleira do supermercado, para que se consiga manter a qualidade produzida em campo.

Como não produzimos quantidades muito elevadas de fruta e pretendemos a comercialização no exterior, temos de escolher os mercados preferenciais e quais os nossos parceiros.

Temos, também, de diferenciar a nossa fruta através da sua precocidade, da produção com cobertura e a produção em método biológico, garantindo melhor preço unitário e mais garantia de escoamento.

Formação dos produtores para que consigam o aumento do calibre através de métodos culturais: poda e fertilização adequada. É também importante combater pragas como os pássaros pois retiram alguns bagos do cacho, prejudicando o produto final.

Cobertura dos pomares que antecipa as datas de produção e combate fenómenos meteorológicos como o excesso de água e granizo, entre outros. Higiene dos pomares. Controlar os hospedeiros para determinadas doenças através da plantação, tal como na vinha, de roseiras que antecipam os sintomas do aparecimento de determinadas doenças, o que nos permite um combate preventivo mais eficaz.

Método de produção biológico. É mais exigente na qualificação dos produtores e tem uma menor produção por planta, mas permite maior retorno económico desde que haja um bom planeamento do pomar, da poda e operações culturais, o que permitirá melhorar a sanidade do pomar e aumentar o calibre e o grau Brix.

Informação retirada daqui

Notícia - Saúde no século XXI: uma revolução na alimentação impõe-se


O homem atual é, em termos genéticos (99,9%), praticamente idêntico ao homem primitivo (caçador e recoletor) e, como tal, a sua fisiologia, nomeadamente o seu metabolismo, é a mesma.

O homem primitivo, caçador e recolector de alimentos, alimentava-se, como omnívoro, de produtos animais (carne de caça, pescado, ovos) e de produtos vegetais (folhas, raízes, frutas da estação). Há cerca de dez mil anos, quando começou a dedicar-se à agricultura (revolução agrária), com o “cultivo de plantas e domesticação de animais”, iniciou o consumo de novos alimentos, como cereais, leguminosas e leite de outras espécies animais, possivelmente desconhecidos ou raramente consumidos até então.

Tratou-se possivelmente da primeira grande revolução alimentar: dieta agrária. Os cereais e as leguminosas passaram a ser alimentos básicos e, mesmo presentemente, para a maioria dos médicos e nutricionistas, são considerados alimentos de elevado valor nutricional, nomeadamente quando completos/integrais (boa fonte de energia, proteína, fibra, vitaminas minerais, fitoquímicos) ao contrário da opinião dos investigadores da relativamente recente escola da dieta paleolítica, que defendem que os alimentos a consumir deverão estar de acordo com as características programadas no genoma (ADN) de origem do homem primitivo.

Assim, talvez, não será por pura coincidência que atualmente muito mais pessoas do que se pensa são “sensíveis” ao “glúten” (tipo de proteína resultante da associação de duas outras proteínas (gliadina e glutenina) presente nos cereais (trigo, aveia, cevada…) e dai possivelmente a justificação da presença nos rótulos das embalagens de certos produtos alimentares da designação “ausência de glúten” para pessoas com doença celíaca (doença alérgica traduzida por uma má absorção de nutrientes por lesão ao nível do intestino delgado, com todas as suas consequências).

Há cientistas que acreditam que o glúten dos cereais afeta a saúde das pessoas, mesmo sem sintomas típicos da doença celíaca. Uma segunda família de proteínas dos cereais e leguminosas, as lectinas, podem também afetar negativamente os intestinos, lesando as vilosidades intestinais, interferindo na reabsorção de nutrientes (anti-nutrientes). A possível participação na artrite reumatóide e em certas doenças auto imunes torna ainda mais complexa a problemática do consumo dos cereais e leguminosas que são genericamente aceites como alimentos de excelência, nomeadamente o cereal trigo quando integral. Uma outra substância que está presente em quantidades elevadas nos cereais e leguminosas é o ácido fítico que “adere” aos minerais, cálcio, ferro, zinco e magnésio presentes nas sementes, tornando-os não absorvíveis…

Como se depreende, a matéria é altamente complexa e discutível, mas o facto é que existe…

No campo do leite, o problema não será muito diferente. O leite materno é o melhor e único alimento completo para bebés nos primeiros meses de vida e o não aproveitamento desse dom da natureza paga-se caro.

A frequência com que a amamentação é mínima (escassos dias) devido aos mais variados motivos, destacando-se a má informação, é de lamentar.

O marketing feito nos últimos anos à volta do leite como alimento de excelência para a prevenção da osteoporose (doença associada à falta de cálcio nos ossos predispondo a fraturas) é lastimável.

Acontece que o homem é o único mamífero que consome leite depois de desmamado e, nos animais como a vaca, o hipopótamo, o elefante, enfim, todos mamíferos, mas herbívoros, os ossos suportam centenas e milhares de quilos.

Curiosamente, países com maior ingestão de cálcio de origem láctea tendem a ter mais, não menos, fraturas da anca (E.U.A, Nova Zelândia, Suécia…) e mais comentários poderiam ser feitos sobre a matéria. A intolerância à lactose do leite é um problema que afeta cerca de 70 a 75% da população mundial, principalmente a de origem asiática e africana, que é incapaz de digerir o leite por carência do enzima digestivo láctase, que, fisiologicamente, após o desmame ou pouco depois, deixa de ser fabricado pelo organismo.

O facto de o leite e os laticínios serem produtos agradáveis e aceites como um bom alimento para muitas pessoas é uma coisa, mas afirmar que o seu consumo deverá ser incrementado como preventivo da osteoporose já é outra.

A produção de leite de vaca é, nas últimas décadas, uma atividade empresarial da agricultura, assente basicamente no modelo de produção intensivo-industrial e, como tal, está inserida numa economia de mercado.

O leite que se bebe é uma mistura de largos milhares de litros de explorações diversas e sabe-se que a presença de anti-infeciosos (antibióticos para tratamento de infeções das glândulas mamárias) é frequente, para não se falar da hormona de crescimento utilizada como estimulante de uma maior produção, como se depreende da leitura nas embalagens de certas marcas no E.U.A. (este leite não contém hormona de crescimento).

No campo das carnes o problema também é complexo. A carne de outrora era basicamente proveniente de animais de pastoreio, pouco gorda, equilibrada em ácidos gordos polinsaturados ómega 6 e 3, oriunda dos pastos e com ausência de substâncias tóxicas de origem ambiental.

Nas décadas recentes, a integração das empresas agrícolas na economia de mercado “obrigou” a que a produção de carnes, por exemplo a de bovino, seja feita pelo modo de produção intensivo, em que uma boa parte da engorda é na maioria das vezes feita contra natura, isto é: os animais estão confinados e alimentados frequentemente com rações à base do cereal milho e subprodutos da industrialização (bagaços de soja…), alimentos não consumidos pelos seus homólogos “selvagens” e cada vez mais de origem transgénica e sob a influência de hormonas anabolizantes - sintéticas ou não - antibióticos, etc.

Como consequência, o teor em gordura saturada das carnes da produção animal intensiva é muito superior ao das carnes de animais de pastoreio contendo uma percentagem muito mais elevada de ácidos gordos ómega 6 em relação aos ómega 3, com destaque para o ácido araquidónico (ácido gordo ómega 6 fabricado no organismo animal a partir de ómega 6 alimentar) e a muito provável presença de hormonas anabolizantes e anti-infeciosos.

O ácido alfa-linolénico, (molécula” mãe” da família dos ácidos gordos ómega 3, presente nas folhas verdes, nas nozes, na pera abacate, nos peixes gordos) e o ácido linoleico, (molécula ”mãe” da família dos ácidos gordos ómega 6, presentes no pasto, milho, soja, amendoim e respetivos óleos), são ácidos gordos essenciais (o organismo não é capaz de os fabricar) em que uma das suas funções é a de constituírem respetivamente as matérias primas de construção de substâncias anti-inflamatórias e pró-inflamatórias do organismo.

Informação retirada daqui

Protocolo - "Os objectivos e as superfícies contêm muitos microrganismos"


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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Vídeo - Alimentação Saudável

Vídeo - Funcionamento do Sistema Digestivo

Vídeo - Funções dos Nutrientes

Vídeo - Dieta Saudável

Protocolo - "Quais os efeitos dos microrganismos nos alimentos?" - A conservação dos frutos


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Protocolo - "Como chegam os microrganismos aos alimentos?"


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Protocolo - "Quais os efeitos dos microrganismos nos alimentos?" - A conservação do iogurte


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Teste de Avaliação - Alimentação



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Protocolo - "Fazer queijo em casa de uma forma rápida, fácil e segura"


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Powerpoint - A Alimentação do Bebé


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Ficha de Trabalho - 6ºAno


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