sábado, 14 de julho de 2018

Biografia - Bernardino Machado


Bernardino Luís Machado Guimarães era em tudo (menos no ideário republicano) o oposto de Teófilo Braga: bonito, aprumado, rico, pai de família, vaidoso, cavalheiro, ambicioso. Tratava os seus piores inimigos por "meu queridíssimo amigo". 
             Nasceu no Rio de Janeiro em 28 de Março de 1851, filho de pai português António Luís Machado Guimarães e de mãe brasi-leira, Praxedes de Sousa Ribeiro Guimarães. A família regressou a Portugal em 1860 e vai viver para uma povoação do concelho de Vila Nova de Famalicão chamada Joanes. O pai receberá o título de 1º Barão de Joanes. Bernardino Machado tinha uma figura aprumada, sempre com o farto bigode e barba bem aparada, que no fim da vida, já muito velhinho, deixava crescer como uma "trepadeira selvagem." 
             Ao atingir a maioridade, em 1872, Bernardino Machado optou pela nacionali-dade portuguesa. Casou, em 1882, com Elzira Dantas, filha do Conselheiro Miguel Dantas Gonçalves Pereira, e teve dela 18 filhos. A mulher de Bernardino Machado viria a ser uma grande colaboradora em tudo e também na sua vida de estadista. Passou com ele as agruras de dois exílios e, durante a 1ª Grande Guerra, foi presidente da Cruzada da Mulheres Portuguesas, que apoiou activamente o Corpo Expedicionário Português em França. Duas filhas suas também participaram. Ela viria a escrever para os netos, em 1934, um livro de Contos. 
             Bernardino Machado foi sempre um lutador, sem deixar de ser galante, Caricatura de Bernardino Machadotirava o chapéu a toda a gente que o cumprimentava. Há inúme-ras caricaturas sobre este curioso hábito do 3º Presidente da 1ª Repúbli-ca, portuguesa como da sua numerosa prole, que inspirou inúmeros desenhos a Rafael Bordalo Pinheiro e a Francisco Valença, entre outros. 
             Em 1866 Bernardino Machado matriculou-se na faculdade de Matemá-tica, em Coimbra, e no ano seguinte em Filosofia, tendo-se doutorado com apenas vinte e oito anos nessas duas especialidades. Foi, pois, um aluno brilhante e depois professor. 
             Deputado do Partido Regene-rador entre 1882 e 1886 e Par do Reino em 1890, Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, desde Fevereiro a Dezembro de 1893, teve uma acção muito positiva na reformulação do ensino profissional e inovou os sectores da agricultura, comércio e indústria (escreveu mesmo "A Agricultura", em 1899). Desiludido com a Monarquia aderiu ao Partido Republicano Português, em 1903. É a partir desta fase que no seu Partido luta para que este "seja um partido republicano profundamente socialista". No ano seguinte chega ao Directório. 
             Implantada a República, na qual não participa directamente, será no Governo Provisório Ministro dos Negócios Estrangeiros, por sugestão de Afonso Costa, onde teve uma acção importante no reconhecimento da nova república por parte dos países estrangeiros. Renovou a aliança com a Inglaterra e organizou o primeiro Congresso de Turismo. Amigo do Presidente do Brasil levou a cabo acordos e elevou as Legações no Rio de Janeiro e Lisboa à categoria de Embaixadas, tendo sido o primeiro embaixador de Portugal no Brasil, em 1de Novembro de 1913. 
             Bernardino Machado, que aderira à Maçonaria, era já Grão-mestre em Julho de 1895. Primeiro Ministro em 1913, num período de lutas partidárias, vem a ser eleito Presidente da República em 6 de Agosto de 1915. 
             Durante a 1ª Grande Guerra defende a participação de Portugal no conflito. A Alemanha declarou guerra a Portugal em 9 de Março de 1916. Bernardino Machado tentou um acordo de tréguas (uma "União Sagrada") entre os três partidos perante o tão grave período da Guerra, mas sem total sucesso. Foi o general Norton de Matos quem organizou o Corpo Expedicionário cujos contingentes embarcaram para França em Janeiro de 1917. 
             O período em que Bernardino Machado foi Presidente da República foi de grande agitação social. Desde o início da Guerra, em 1914, que começaram a escassear produtos de primeira necessidade. Quase não havia farinha, nem carvão. Lisboa ficou sem eléctricos, sem luz e sem polícia nas ruas depois da 11 horas da noite. 
             O chefe do Governo era Afonso Costa. E é contra este político que se vão avolumando críticas e ódios. Na sua ausência (de Bernardino Machado), em Londres, um movimento revolucionário liderado por Sidónio Pais, acampou literalmente na Rotunda (hoje Rotunda do Marquês de Pombal) em 5 de Dezembro de 1917 para derrubar o Governo. A população esfomeada aproveitou para assaltar as lojas. Sidónio toma então conta do poder. Demite o Presidente e, quando Afonso Costa regressa do estrangeiro, é preso no Porto. Em Lisboa, a casa de Afonso Costa é saqueada e os móveis lançados à rua. Afonso Costa parte, com familiares, para um exílio de onde nunca mais voltou. 
             Sidónio Pais faz-se eleger Presidente da República, por sufrágio universal, em Abril de 1918 e à revelia da Constituição de 1911. Bernardino Machado recusou resignar à Presidência, mas foi detido no Palácio de Belém durante uns dias. Depois é-lhe imposto o exílio. Parte para França no Natal de 1917, acompanhado de parte da família, onde irá perder uma filha e onde não desiste de lutar pelo retorno à legitimidade da vida política Portuguesa. Regressará em 1919.
As eleições de Novembro de 1925 dão a vitória aos democratas. O Congresso elege , agora sim, Bernardino Machado. 
             Sobre a sua vida já muito se disse na primeira parte deste artigo. Joel Serrão retratou-o assim no "Dicionário da História de Portugal" (p. 867): "Político dos mais notáveis da 1ª República Portugue-sa, Bernardino Machado foi um cidadão exemplar no rigoroso cumprimento dos seus deveres e na defesa intransigente dos seus direitos". 
             Depois de um primeiro mandato na presidência, de 6 de Agosto de 1915 a 5 de Dezembro de 1917, Bernardino Machado experimentou um longo e forçado exílio, durante o qual recusou transmitir os poderes presidenciais aos vencedores da revolução sidonista de 5 de Dezembro de 1917. 
             Este seu segundo mandato foi curto. Apenas de 11 de Dezembro de 1925 ao eclodir do movimento do 28 de Maio de 1926. A situação financeira do País era bastante melhor do que durante o seu primeiro mandato, mas o clima político não era nada calmo. Houve neste período um problema com os tabacos, passando para o controlo do Estado. A 28 de Maio, em Braga, o general Gomes da Costa revolta-se "contra as quadrilhas partidárias" e em Lisboa foi organizada uma junta revolucionária chefiada por Mendes Cabeçadas, a quem Bernardino Machado acaba por entregar o poder, como explica em 1926: 
             "Quando transmiti os poderes presidenciais, fi-lo a um chefe de governo, de coração republicano, que eu sabia bem que se propunha restaurar o mais breve possível a ordem constitucional. Aos seus sucessores eu não os transmitiria". Bernardino Machado teve plena consciência de que a República estava em perigo. Mas era tarde de mais. 
             Jaime Cortesão elogia-o deste modo: "Ele não foi um manipanço vago e solene, de capacete amarrado na cabeça. A sua legendária chapelada, que se diria ir do palácio de Belém até ao fundo dos campos de Portugal, ficou como exemplo democrático do respeito do homem pelo homem".

Biografia retirada daqui

Vídeo - Bach: Orgão

Vídeo - Eu Maior


Em toda história da humanidade há uma questão que nos acompanha. A grande questão que é absolutamente abstrata mas ela é funda é: Por quê é que existe alguma coisa e não nada ? Quatro grandes foram os caminhos para tentar responder a essa angústia: a ciência, a arte, a filosofia e a religião. Essas quatro áreas se dedicaram a tentar explicar por quê é que nós existimos, por quê é que as coisas existem, com uma grande diferença, a ciência procurou trabalhar o como das coisas, isto é, o funcionamento. Enquanto que a filosofia, a arte e a religião foram em busca dos por quês. Ambos são necessários, não ao mesmo tempo e não do mesmo modo mas tanto o como quanto o por quê são necessários.

Manual - Seminário interdisciplinar


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EFA - STC - Resumo - A Marcha dos Pinguins - Sociedade, Tecnologia e Ciência

Manual sobre Tecnologias Ambientais


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Powerpoint - Informática Aplicada


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Vídeo - O Corpo Humano - Episódio 3 - Visão

Vídeo - O Homem e a Natureza – Episódio 2


Planícies

Pelo mundo as planícies são os principais pontos de encontro dos mamíferos da Terra mas pessoas também moram aqui, em grande quantidade e hoje as planícies estão etre os lugares mais ameaçados do mundo. Na minha jornada conhecerei visionários que estão revertendo essa tendência através de suas parcerias inspiradoras com os animais eles trazem a saúde de volta para as planícies.

Há uma nova convenção de preços para os livros escolares


A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e o Governo, através dos ministérios da Educação e da Economia, conversaram, negociaram, e chegaram a acordo para uma nova convenção de preços dos manuais escolares - que a partir do próximo ano letivo não só serão gratuitos para os alunos do 1.º Ciclo como também para os estudantes do 2.º Ciclo. Os alunos destes dois níveis de ensino, segundo o acordo agora estabelecido, beneficiarão de uma licença digital que lhes dará acesso gratuito a uma série de materiais digitais complementares aos manuais em papel. 

A APEL, em comunicado, garante que o acordo foi possível porque os “editores são parte da solução e não do problema”. “Mais uma vez, os editores colocaram os melhores interesses de alunos, famílias e comunidade educativa acima dos seus próprios, conscientes de que os livros e demais recursos didáticos que desenvolvem são determinantes para o sucesso de alunos e professores”, sustenta, lembrando que a disponibilização de licenças digitais, para os alunos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, “só é possível graças ao trabalho que os editores têm desenvolvido ao longo dos anos, com base, exclusivamente, em investimento próprio em tecnologia e recursos altamente qualificados”. 

O acordo foi longo e complexo e, neste momento, os editores lutam contra o tempo de forma “a diminuir os impactos no abastecimento do mercado para o próximo ano letivo”. O acordo vigorará durante quatro anos, os preços serão atualizados de acordo com a inflação, o que significa que não haverá um aumento real nos livros escolares. O que, segundo a APEL, “traz enormes dificuldades acrescidas para os editores, considerando, por um lado, o decréscimo progressivo do número de alunos e o subsequente decréscimo nas vendas, agravado pelo sistema de reutilização obrigatório; e por outro, a exigência de aumentar o investimento no digital para assegurar a disponibilização dos conteúdos digitais do 1.º ao 6.º anos, em complemento aos manuais em papel, sendo que os custos de desenvolvimento nesta área são mais elevados”. 

A APEL prevê um “inevitável e difícil processo de reestruturação” das empresas editoriais, “cujo impacto se fará sentir nesta importante indústria cultural”, até tendo em conta a crise do setor livreiro que se arrasta desde o início desta década. “Foi um processo longo e complexo que vai implicar a reestruturação de empresas, o que terá impacto ao nível dos trabalhadores, sendo que ainda não é possível precisar as consequências concretas”, referiu o porta-voz da APEL, em declarações à Lusa.

Os editores estão a tentar perceber como podem fazer o seu trabalho. O porta-voz da APEL adianta que criar um manual escolar exige um investimento de risco muito elevado que “só começa a ter retorno depois de quatro ou cinco anos de vigência”. Impacto acrescido numa altura em que o número de alunos diminui, o que significa menos livros vendidos. Um livro escolar demora, em média, ano e meio a ser concebido e conta com o trabalho de dezenas de pessoas: autores, designers, fotógrafos, ilustradores, paginadores, equipas de consultores científicos e pedagógicos. “A disponibilidade das licenças digitais vai exigir um esforço financeiro tremendo dos editores”, avisa a APEL. 

O ministro da Educação está satisfeito com as negociações.“Chegámos a acordo para que nos próximos quatro anos não exista aumento dos preços, somente aquele indexado à inflação, como normalmente acontece”, referiu Tiago Brandão Rodrigues, à margem da Skills Summit Porto 2018, que teve lugar no Porto. Por outro lado, o governante destacou o facto de o acordo incluir uma licença digital para crianças e jovens. “Na negociação foi também conseguido que todos os jovens e crianças do 1.º e 2.º Ciclo, que vão ter os manuais gratuitos no próximo ano letivo, beneficiem de uma licença digital que lhes vai dar acesso gratuito a um conjunto de materiais digitais que vão complementar o manual escolar físico.”

Powerpoint - Exercícios Dislexia / Disortografia


Powerpoint - Símbolos da Páscoa


Powerpoint - Química Dia a Dia

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Vídeo - O Hóquei em Patins em Portugal

Biografia - Adolfo Caminha

Adolfo Caminha (1867-1897) foi escritor brasileiro. Um dos principais representantes do naturalismo no Brasil. Sua obra, densa, trágica e pouco apreciada na época, é repleta de descrições de perversões e crimes. Adolfo Caminha (1867-1897 nasceu em Aracati, no Ceará, no dia 29 de maio de 1867. Ainda na infância se muda com a família para o Rio de Janeiro.
Em 1883 ingressa na Marinha de Guerra, chegando ao posto de segundo-tenente. Cinco anos mais tarde se transfere para Fortaleza, onde é obrigado a dar baixa, depois de sequestrar a esposa de um alferes, com a qual passa a viver. Trabalha como guarda-marinha e começa a escrever. Em 1893 publica "A Normalista", romance em que relata a história chocante de um incesto, em que Maria do Carmo, a normalista, é seduzida por João da Mata, seu padrinho.
Vai para os Estados Unidos e, das observações da viagem, escreve "No País dos Ianques" (1894). No ano seguinte provoca escândalo, mas firma sua reputação literária ao escrever "Bom Crioulo", obra na qual aborda a questão do homossexualismo. Colabora também com a imprensa carioca, em jornais como Gazeta de Notícias e Jornal do Comércio. Já tuberculoso, lança o último romance, "Tentação", em 1896. Adolfo Ferreira Caminha morreu no Rio de Janeiro, no dia 1 de janeiro de 1897. Obras de Adolfo Caminha Vôos Incertos, poesia, 1855-56 A Normalista, romance, 1892 Judith, conto, 1893 Lágrima de um Crente, conto, 1893 No País dos Ianques, crônica, 1894 Bom Crioulo, romance, 1895 Cartas Literárias, crítica, 1895 A Tentação, romance, 1896

Biografia retirada de e-biografias

Resumo - O essencial nas redacções


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Resumo - Comércio - Noção e Tipos



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Documento - "Le climat a-t-il changé au cours du 20ème siècle?"


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Powerpoint - Describe Sequences


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Conteúdo - John Locke e os Dois Tratados do Governo Civil


Obras essenciais do pensamento político europeu, estes tratados publicados anonimamente por John Locke em 1681 defendem a separação de poderes e a ideia de que existe um contrato social entre governantes e governados. Este contrato deveria respeitar os direitos naturais (direito de vida, liberdade, propriedade e resistência a tirania) e o seu incumprimento poderia justificar a revolta. Alguns historiadores consideram que o pensamento de Locke influenciou, de forma decisiva, a constituição norte-americana.
Os Dois Tratados do Governo Civil de John Locke transformam-no num dos primeiros e mais eficazes defensores da liberdade dos cidadãos, do estado democrático, da tolerância religiosa e da liberdade das igrejas.

Considerado um dos principais representantes do empirismo inglês, Locke nasceu em 29 de agosto de 1632, estudou na universidade de Oxford onde, após obter o grau de Mestre das Artes, foi professor. Influenciado por John Owen, chanceler da universidade, que defendia a tolerância para com as diferentes religiões, Locke colheu também inspiração das obras de Descartes, Thomas Hobbes e Gassendi.

Estudou medicina e foi um político activo e, graças à inconstância de poder que caracterizou a época, foi obrigado a exilar-se fora de Inglaterra.  A partir de 1675 viveu entre França, Inglaterra e Holanda tendo regressado definitivamente ao seu país em 1689 com uma sólida influência no novo regime liberal.

Nessa época Locke publicou grande parte da sua obra filosófica em que se destacam títulos como “Epístola da tolerância”, “Dois Tratados sobre o governo civil” e “Ensaio sobre o intelecto humano”. Morreu em 28 de outubro de 1704 no condado de Essex, Inglaterra.

“É um Clássico” é um programa da RTP2 em que o professor universitário António Caeiro comenta filosofia, filósofos e obras clássicas de forma informal. Veja neste episódio o seu comentário sobre John Locke e “Os Dois Tratados do Governo Civil”.